terça-feira, março 04, 2003

Globalização, globeleza e co-movimentos no carnaval

Muita gente esclarecida - mestres e doutores em sociologia, física, medicina, etc - entende o que significa a sigla FMI mas nem sempre percebe o papel do FMI no mercado mundial. Basta lembrar que se não fosse o FMI, não teríamos uma medida (isto mesmo, simples assim) de déficit público no Brasil.

Legal, né?

Mas nem só de ensinar aos pedintes de empréstimos que os mesmos devem ter uma medida de sua dívida de forma tecniamente correta vive o FMI. Ele tem também um departamento de pesquisa que publica vários artigos para discussão.

Os alunos de Economia que ouvem falar de ciclos econômicos poderiam perguntar o seguinte: "professor, como ficam os ciclos econômicos de diferentes países se o grau de integração de suas economias entre si aumenta?"

Embora eu nunca tenha pensado neste problema, é uma questão legítima e interessante. Acho até que dá tema de monografia, pensando em questões sobre um futuro (e, creio, cada vez mais distante) Mercosul...

Bem, se você quer entender mais sobre como ficam os ciclos econômicos de países que passam por esta situação, confira o texto abaixo:


Title: How Does Globalization Affect the Synchronization of Business Cycles?

Author/Editor: Kose, Ayhan ; Prasad, Eswar S. ; Terrones Silva, Marco E. ; Western Hemisphere Department ; Asia and Pacific Department ; Research Department

Summary: This paper examines the impact of rising trade and financial integration on international business cycle comovement among a large group of industrial and developing countries. The results provide at best limited support for the conventional wisdom that globalization has increased the degree of synchronization of business cycles. The evidence that trade and financial integration enhance global spillovers of macroeconomic fluctuations is stronger for industrial countries. One striking result is that, on average, cross-country consumption correlations have not increased in the 1990s, precisely when financial integration would have been expected to result in better risk-sharing opportunities, especially for developing countries.