domingo, março 23, 2003

A inveja, ah...a inveja...

Leeat Yariv é professor da UCLA, a universidade norte-americana favorita em cada par de Ernanis e Claudios Shikidas que existem em Belo Horizonte. Sua página é esta e sua linha de pesquisa tem tudo a ver com as coisas que Kahneman (um dos Nobel de 2002) estuda.

No artigo citado abaixo, Yariv e seus co-autores tratam de um tema que é muito comum entre alguns de meus amigos: a comparação social. Por exemplo, tenho alguns amigos que fazem isto o tempo todo: "ah, fulano tem um emprego melhor que o meu", "fulana se veste melhor do que eu", etc. Como queremos fazer ciência, queremos achar regularidade nesta "comparação". Assim, será que existe um viés em, ao se fazer a comparação, em você concluir que está sempre pior do que os outros? Ou não? Para os autores, o uso desta comparação pode se tornar algo auto-destrutivo. De certa forma, parece que o dito popular a inveja mata é corroborado pelos estudos de Yariv e seus co-autores (com as ressalvas usuais).

Particularmente, interesso-me por este assunto porque tenho vontade de entender melhor a rigidez que parece existir no mercado político, quando se fala do suposto efeito mitigador que a competição política teria sobre a (des)informação espalhada pelos competidores.

Detalhes?

1. Donald Wittman, "O mito do fracasso da democracia", Bertrand Editores (para meu argumento final)
2. “Frequent Social Comparisons, Self-Esteem, and Negative Emotions and Behaviors: The Dark Side of Social Comparisons,” 2003, joint with Judith White, Ellen Langer, and Johnny Welch.