Um lembrete importante
De minha graduação tenho boas e más lembranças. Uma delas é que o famoso "custo de oportunidade" só apareceu em minha formação lá pelo segundo ano.
Levei tempo para decifrar a importância do conceito. Claro, vários colegas inteligentes deram conta do recado antes de mim. Mas, para mim, nas tardes passadas na biblioteca, P1/P2 = Umg1/Umg2 era algo que só me dava dor de cabeça sobre o sinal (o famoso "menos" que some..ou não) e os problemas do chatíssimo (para mim) livro do Ferguson.
Foi difícil entender a amplitude desta singela igualdade. Creio que alguns poucos professores da graduação me deram boas pistas sobre qual das estradas tinha os tijolinhos dourados. Mas, eu, como bom burrão, só percebi isso claramente depois de algumas leituras no mestrado.
E a vergonha de assumir isso? Camaradas (ops, companheiros, ops, colegas), isso foi difícil. Mas, como já disse alguém, a ignorância assumida é melhor do que a arrogância. E lá fui eu pelo mundo afora entender o mundo com a Economia...
Falei isso tudo porque, hoje, um aluno levantou uma questão tradicional sobre os rótulos que os economistas costumam usar para se referirem aos inimigos: keynesiano, neoclássico, marxista, etc.
Trata-se de uma discussão cuja relevância só parece ter a dimensão que tem neste país. Se posso ajudar a esclarecer as coisas, eu diria o seguinte (como disse uma vez Milton Friedman num debate sobre os austríacos): não existe economia austríaca e não-austríaca, existe boa e má economia.
Claro que esta resposta é boa para impressionar as meninas (bem, eu nunca tive sorte com esta, mas, quem sabe...), mas deixa em aberto uma questão mais chata: o que é "boa economia"? Bem, neste ponto eu me alio a Walter Williams.
Walter Williams talvez seja mais profícuo em debates públicos e jornais do que na Academia (basta olhar sua produção acadêmica). Para dizer a verdade, foi assim que o conheci: lendo alguma coluna dele em um dia de sol na web.
Mas ele tem um bom ponto sobre a boa e a má economia. Para ele, um mau economista é aquele que te diz que existe almoço grátis. O bom economista é o que te diz que isso é bobagem.
E aqui voltamos ao problema inicial: o custo de oportunidade. Se há um rótulo para economistas, talvez este seja o único aceitável. O resto é verborragia, bicho.
Não é apenas no amor que os conceitos dão voltas na cabeça da gente e caem amadurecidos depois de muito tempo em nosso coração. Também assim o é em Economia. Eta vida danada....
De minha graduação tenho boas e más lembranças. Uma delas é que o famoso "custo de oportunidade" só apareceu em minha formação lá pelo segundo ano.
Levei tempo para decifrar a importância do conceito. Claro, vários colegas inteligentes deram conta do recado antes de mim. Mas, para mim, nas tardes passadas na biblioteca, P1/P2 = Umg1/Umg2 era algo que só me dava dor de cabeça sobre o sinal (o famoso "menos" que some..ou não) e os problemas do chatíssimo (para mim) livro do Ferguson.
Foi difícil entender a amplitude desta singela igualdade. Creio que alguns poucos professores da graduação me deram boas pistas sobre qual das estradas tinha os tijolinhos dourados. Mas, eu, como bom burrão, só percebi isso claramente depois de algumas leituras no mestrado.
E a vergonha de assumir isso? Camaradas (ops, companheiros, ops, colegas), isso foi difícil. Mas, como já disse alguém, a ignorância assumida é melhor do que a arrogância. E lá fui eu pelo mundo afora entender o mundo com a Economia...
Falei isso tudo porque, hoje, um aluno levantou uma questão tradicional sobre os rótulos que os economistas costumam usar para se referirem aos inimigos: keynesiano, neoclássico, marxista, etc.
Trata-se de uma discussão cuja relevância só parece ter a dimensão que tem neste país. Se posso ajudar a esclarecer as coisas, eu diria o seguinte (como disse uma vez Milton Friedman num debate sobre os austríacos): não existe economia austríaca e não-austríaca, existe boa e má economia.
Claro que esta resposta é boa para impressionar as meninas (bem, eu nunca tive sorte com esta, mas, quem sabe...), mas deixa em aberto uma questão mais chata: o que é "boa economia"? Bem, neste ponto eu me alio a Walter Williams.
Walter Williams talvez seja mais profícuo em debates públicos e jornais do que na Academia (basta olhar sua produção acadêmica). Para dizer a verdade, foi assim que o conheci: lendo alguma coluna dele em um dia de sol na web.
Mas ele tem um bom ponto sobre a boa e a má economia. Para ele, um mau economista é aquele que te diz que existe almoço grátis. O bom economista é o que te diz que isso é bobagem.
E aqui voltamos ao problema inicial: o custo de oportunidade. Se há um rótulo para economistas, talvez este seja o único aceitável. O resto é verborragia, bicho.
Não é apenas no amor que os conceitos dão voltas na cabeça da gente e caem amadurecidos depois de muito tempo em nosso coração. Também assim o é em Economia. Eta vida danada....
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