quarta-feira, maio 14, 2003

Quebrando monopólios espaciais com a tecnologia

Ok, uma igreja inflável não faz parte dos meus sonhos.

Mas, admita, é uma boa idéia. Qual a idéia do inventor? Divulgar sua religião de forma mais flexível. Agora, deixe-me viajar um pouco, amigo(a) leitor(a).

Fico imaginando o Brasil, com sua Igreja Católica cheia de burocracias chatas e com um efetivo sistema de monopólios espaciais em casamentos ("ou você casa na paróquia da região X, ou na da região Y"). Imagine o meu amigo André (de Bento Gonçalves) e sua esposa Simone (de Encantado, ambos no RS).

Ano passado eles se casaram, após uma burocracia danada. E se casaram em Encantado, mas com todo um arranjo burocrático entre a sede da Igreja (Porto Alegre) e Encantado. Acho que, resumindo, foi isto.

Imagine se eles tivessem um desejo, um sonho, de se casarem em Gramado, mas com o padre de Encantado. Poderiam?

Com as instituições atuais da Igreja Católica - corrija-me se estiver errado - a resposta é não. Os padres têm efetivo monopólio sobre suas paróquias.

Agora, uma igreja inflável desta, se se dissemina pelo mundo, teria de fazer a indústria da fé (uma definição econômica para uma Igreja, sem desconsiderar seu papel sociológico/psicológico sobre a vida das pessoas, ok?) repensar toda sua administração.

Uau! Como o mundo pode ser interessante!