quarta-feira, julho 23, 2003

A Economia Política da Libéria

Neste artigo, a Primeira Leitura compara a Libéria com o Brasil. Independente da posição política que se possa ter quanto ao governo (de ambos), pode-se ver claramente porque o prof. Andrei Shleifer escolheu grabbing hands para denominar a mão (bem visível) do Estado, em contraste à mão invisível do mercado.

"Os governos que se sucederam a partir da relativa estabilidade vivida até o fim da década de 70 nada mais fizeram do que vocalizar a reivindicação de grupos, de setores, de partes da sociedade — muitos deles na certeza de que faziam reparação social. Os governantes eram correias de transmissão de grupos de pressão, e não porta-vozes de uma legalidade que, nas democracias, sempre resulta num consenso em permanente questionamento. Olhemos para a Libéria. Olhemos para a Libéria."

O trecho acima ilustra algo que muita gente não vê, quando estuda Economia Política: a importância das idéias para o atraso/desenvolvimento econômico. Grupos de interesse gastam, a cada ano, uma boa parte da sua grana em divulgação de idéias. E não é a toa. E nem porque sejam "malvados". Afinal, massacres, na história da humanidade, nem sempre começam com uma sacanagem. Há muito de visão de mundo (algo messiânica, em alguns casos) envolvida.

Sobre a relação entre idéias e desenvolvimento econômico....bem, eu breve eu cito um exemplo. Mas dê uma googlada, ok?