terça-feira, agosto 12, 2003

Doação de órgãos: será que a tecnologia nos salvará?

Há anos meu lado humano do economista acadêmico (não, não é piada) me levou a estudar doação de órgãos para transplantes. Numa das leituras, descobri os xenotransplantes, mas nunca desejei tanto que os mesmos fossem rapidamente desenvolvidos como quando li esta notícia.

Obviamente, há uma bela descrição - bela, mas triste - sobre os incentivos e os conflitos de interesses na política de alocação de órgãos dos EUA. Nunca precisei de receber órgãos, recuso-me a ser obrigado a doar (mas sou voluntário com prazer), e, por algum motivo, este tema sempre me persegue. É um fascinante - e preocupante - problema de alocação no qual o objetivo de maximização de utilidade nunca foi tão importante: salvar, mesmo, vidas.

De qualquer forma, no mundo da pesquisa científica, para dizer a verdade, descobrimos que fantasmas nos perseguem sempre: o dos temas aos quais nunca demos um prosseguimento sistematizado em forma de pesquisa. Mas, um dia, eu escrevo sobre isto.