Paz
Muita propaganda política tem sido feita acerca da paz. Em tempos outros, o pessoal da antiga "oposição" diria que esta propaganda sobre "paz mundial" seria apenas uma forma de distrair a atenção dos brasileiros dos reais problemas do país.
Entretanto, há um silêncio ensurdecedor. O mesmo pessoal da antiga "oposição" acredita que isto se deve ao amadurecimento da sociedade (para mim isto é uma forma de dizer que a sociedade só amadurece quando eu estou no poder....).
Curiosamente, este artigo aponta uma causalidade interessante entre as ações militares dos EUA e da coalizão (que, erroneamente, diz-se apenas anglo-americana) e as guerras no mundo.
Para o analista, houve uma queda no número de conflitos no mundo (algo que quero checar no Heildeberg Institute) após o início da ação militar dos EUA.
O argumento lembra muito os tradicionais argumentos da era da Guerra Fria, vale dizer, a existência de um forte poder militar inibe a ação de eventuais concorrentes fracos (na Guerra Fria eram dois poderes, e a gente não ouvia mesmo falar de outros concorrentes exceto a eterna potência do século X_ _, a China).
Se o autor está correto, então há uma falha de percepção nos argumentos do dia-a-dia sobre paz. Basicamente, a falha é não notar que o pacificador, paradoxalmente, pode ser aquele com maior poder de agressão.
Um belo dilema. Raymond Aron gostaria disso...
Feliz 2004!
Muita propaganda política tem sido feita acerca da paz. Em tempos outros, o pessoal da antiga "oposição" diria que esta propaganda sobre "paz mundial" seria apenas uma forma de distrair a atenção dos brasileiros dos reais problemas do país.
Entretanto, há um silêncio ensurdecedor. O mesmo pessoal da antiga "oposição" acredita que isto se deve ao amadurecimento da sociedade (para mim isto é uma forma de dizer que a sociedade só amadurece quando eu estou no poder....).
Curiosamente, este artigo aponta uma causalidade interessante entre as ações militares dos EUA e da coalizão (que, erroneamente, diz-se apenas anglo-americana) e as guerras no mundo.
Para o analista, houve uma queda no número de conflitos no mundo (algo que quero checar no Heildeberg Institute) após o início da ação militar dos EUA.
O argumento lembra muito os tradicionais argumentos da era da Guerra Fria, vale dizer, a existência de um forte poder militar inibe a ação de eventuais concorrentes fracos (na Guerra Fria eram dois poderes, e a gente não ouvia mesmo falar de outros concorrentes exceto a eterna potência do século X_ _, a China).
Se o autor está correto, então há uma falha de percepção nos argumentos do dia-a-dia sobre paz. Basicamente, a falha é não notar que o pacificador, paradoxalmente, pode ser aquele com maior poder de agressão.
Um belo dilema. Raymond Aron gostaria disso...
Feliz 2004!
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