sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Planejamento Central do Onanismo ou "por que os comunistas chineses devem ter famílias imensas"

"Quando fomos a Singapura, para um congresso na área sexual, vimos o trabalho de um médico, que também era membro do partido Comunista Chinês, onde ele atacava com intensa virulência a masturbação. Responsabilizava-a, entre outras coisas, por causar impotência, deixar as pessoas atoleimadas, e, o que pareceu ser o grande motivo, desviar a atenção das pessoas das grandes tarefas que o partido esperava delas, além de tornarem-se mais independentes e menos voltadas a atender às ordens do coletivo (o grifo é nosso [dos autores do trecho]). O trabalho, em nível científico, era um desastre, sem metodologia alguma. Era como se dissesse, na China, de cada 100 mortos, 99 são chineses, portanto os chineses são mais frágeis que os outros". [Carlos Eduardo Carrion & Lúcia Pesca, "O Sexo como o sexo é", Editora Sulina, 1998, 3a ed, p.20]

Riu bastante, né leitor(a)? Mas a justificativa do coletivo sobre o indivíduo é comum em mentes autoritárias. Veja, por exemplo, o título desta matéria de um famoso político brasileiro. E ele não está só. A mentalidade autoritária existe em todo lugar.

Economia é sobre incentivos. Se você quer gente produzindo muito e se esta gente não comanda sua própria vida, então você tem mais é de proibir a masturbação. Mas, como sabemos, o povo ainda reage....nem que seja tendo filhos.

Agora entendo porque a população chinesa cresce razoavelmente e porque o governo se preocupa em diminuir este crescimento. Primeiro, há o problema da má distribuição da população. Mas, claro, há também o problema da produtividade. Num regime de partido único e de economia baseada em produção, um chinês lendo Playboy no banheiro é equivalente a umas duas fitas métricas para exportação a menos.

Credo! :D