terça-feira, maio 11, 2004

Eu, meu ego, myself e Irene (Irene?)

Hoje recebi um excelente elogio. Disseram-me que tenho uma ironia refinada. Discordei do "refinado" pois fiquei me imaginando todo pomposo e intelectualóide, discutindo Foucalt, Sartre e alguma receita de um daqueles pratos franceses que a gente olha, come e ainda passa fome.

Mas a parte da "ironia" eu gostei. Claro, no meu caso, beira ao sarcasmo (absoluto). Acho que faz parte da minha auto-crítica pessoal. De tão auto-crítico, às vezes eu tenho de rir um pouco.

Teorias de buteco? Com cer(v)teza. Mas, creia-me, leitor, é bom saber que meu humor ainda não morreu. É aquela coisa: perco o amigo, mas não perco a piada. Numa das colunas do finado e-zine 700km (ou numa auto-entrevista que fiz logo após ser aprovado nos exames de qualificação do doutorado, em 2001), eu lembro de ter resumido da melhor forma meu pensamento sobre o tema (profundo isto, não? uau! vou pedir diploma de filósofo de bar...): "o melhor da vida são os outros. Afinal, se não existissem os outros, de quem eu iria rir?"

Mas eu admito: devo muito também ao Estado Brasileiro. Sem suas políticas sociais, eu não teria muito material para rir da vida (ou chorar...).