Motel, motel e motel - II
A mais famosa trilogia deste blog: Motel, motel e motel não é trilogia por causa da repetição do substantivo. Conforme prometi, bati a foto da promoção (ver posts abaixo). Bem, agora este post se mistura um pouco, em termos estilísticos, com minhas mini-crônicas conhecidas por um (seleto) público.
Como havia dito anteriormente, vi que descer do ônibus, tirar a foto da promoção-exemplo de discriminação de preços, e pegar outro ônibus envolvia um custo muito baixo em relação ao prazer de mostrar aos alunos a discriminação de preços na prática (vale dizer, o benefício total auferido por mim teria a maior distância possível do custo total, olé!).
Assim, hoje, pela manhã, peguei o ônibus e, ao chegar no ponto, no ponto estratégico, aquele do motel, hesitei. Entretanto, a vontade foi maior, enfim, desci. Levantei os olhos e vi aquela faixa imensa, doce na boca de economista....limpei a baba imaginária e, para minha sorte, encontrei um telefone público. Apoiei-me, abri a mala, peguei a máquina. Bati a foto. Ah...a foto...
Logo que terminei, vi que saiu alguém do motel. Acho que eram duas funcionárias (prefiro acreditar nisto). Fiquei imaginando no que elas estariam pensando mas resolvi esquecer: mais uma história para contar para os netos das minhas cunhadas (depois que elas tiverem filhos, claro!). Resolvi pegar um ônibus de outra linha, que me faria um trajeto alternativo provavelmente mais curto e que, afinal, eu conhecia bem.
Fui ao ponto. O ônibus demorou. Rapaz, como aquilo demorou! Mas veio. E veio cheio. Entrei e mostrei ao trocador a minha nota de R$ 5.00. Pois o cara não tinha troco. E, melhor ainda, ele me deixou passar sem pagar, já que não havia como arrumar os R$ 3.55 em tempo hábil, antes do meu desembarque.
Desci do ônibus feliz. Por que? Vejamos:
(i) Bati a foto pitoresca;
(ii) A foto pitoresca ilustra um exemplo teórico (coisa que aluno parece querer supor que não tem relação alguma com a realidade);
(iii)Extraí excedente para mim! Não paguei o segundo ônibus porque o trocador assim o quis, não por um comportamento imbecil da minha parte e, claro,
(iii.a) Estes R$ 1.45 já haviam sido considerados como custos irrecuperáveis por mim. Eu tinha de pagá-los mesmo. Entretanto, não precisei de tirar um único centavo do bolso. Genial!
Moral da história: O custo só se torna irrecuperável no ato. Antes, você pode até achar que ele o é, mas há sempre a possibilidade de algo inesperado. He, he, he.
E, obviamente, a foto estará aqui, à noite. Espero que não tenha ficado ruim. Senão... :D :D
A mais famosa trilogia deste blog: Motel, motel e motel não é trilogia por causa da repetição do substantivo. Conforme prometi, bati a foto da promoção (ver posts abaixo). Bem, agora este post se mistura um pouco, em termos estilísticos, com minhas mini-crônicas conhecidas por um (seleto) público.
Como havia dito anteriormente, vi que descer do ônibus, tirar a foto da promoção-exemplo de discriminação de preços, e pegar outro ônibus envolvia um custo muito baixo em relação ao prazer de mostrar aos alunos a discriminação de preços na prática (vale dizer, o benefício total auferido por mim teria a maior distância possível do custo total, olé!).
Assim, hoje, pela manhã, peguei o ônibus e, ao chegar no ponto, no ponto estratégico, aquele do motel, hesitei. Entretanto, a vontade foi maior, enfim, desci. Levantei os olhos e vi aquela faixa imensa, doce na boca de economista....limpei a baba imaginária e, para minha sorte, encontrei um telefone público. Apoiei-me, abri a mala, peguei a máquina. Bati a foto. Ah...a foto...
Logo que terminei, vi que saiu alguém do motel. Acho que eram duas funcionárias (prefiro acreditar nisto). Fiquei imaginando no que elas estariam pensando mas resolvi esquecer: mais uma história para contar para os netos das minhas cunhadas (depois que elas tiverem filhos, claro!). Resolvi pegar um ônibus de outra linha, que me faria um trajeto alternativo provavelmente mais curto e que, afinal, eu conhecia bem.
Fui ao ponto. O ônibus demorou. Rapaz, como aquilo demorou! Mas veio. E veio cheio. Entrei e mostrei ao trocador a minha nota de R$ 5.00. Pois o cara não tinha troco. E, melhor ainda, ele me deixou passar sem pagar, já que não havia como arrumar os R$ 3.55 em tempo hábil, antes do meu desembarque.
Desci do ônibus feliz. Por que? Vejamos:
(i) Bati a foto pitoresca;
(ii) A foto pitoresca ilustra um exemplo teórico (coisa que aluno parece querer supor que não tem relação alguma com a realidade);
(iii)Extraí excedente para mim! Não paguei o segundo ônibus porque o trocador assim o quis, não por um comportamento imbecil da minha parte e, claro,
(iii.a) Estes R$ 1.45 já haviam sido considerados como custos irrecuperáveis por mim. Eu tinha de pagá-los mesmo. Entretanto, não precisei de tirar um único centavo do bolso. Genial!
Moral da história: O custo só se torna irrecuperável no ato. Antes, você pode até achar que ele o é, mas há sempre a possibilidade de algo inesperado. He, he, he.
E, obviamente, a foto estará aqui, à noite. Espero que não tenha ficado ruim. Senão... :D :D
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