Presidente usa herança maldita: fiscais do Sarney
Ontem conversava com um colega acadêmico que está que não pode ouvir o nome do presidente da república: votou nele.
Não tiro sua razão, claro. Mas para irritá-lo mais ainda, eu deveria lhe enviar esta notícia. Em resumo, ela diz que nosso presidente usa a herança política quando quer, seja ela maldita ou não. O discurso é o mesmo, socialista, que agrada suas bases: seja contra o capitalismo. Derrube-o pela greve. Etc.
Mas é de uma irresponsabilidade que lembra o governo Sarney para o qual tudo se resolvia com duas ferramentas (de engenheiros sociais?): (i) congelamento de preços e (ii) vontade popular.
Claro que há interesses aí. Veja um trecho: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu um boicote aos empréstimos fornecidos por bancos e administradoras de cartão de crédito. A medida seria uma forma de forçar a queda dos juros.
Lula já criticou em outros momentos os juros adotados pelas instituições financeiras. O presidente fez ontem um discurso na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras, em Brasília.
Ou seja, ele vai até uma cooperativa (concorrente dos bancos e das operadoras de cartões) e faz um discurso que poderia bem ter sido feito por um lobista pró-cooperativa, clamando por ação popular para fazer o que ele deveria estar fazendo, já que você, leitor, foi quem o elegeu, e não o contrário.
Acho que o presidente não foi informado ainda de que as taxas de juros não estão altas à toa. Há, tudo bem, a tese do cartel de bancos. Entretanto, nenhum estudo técnico sério conseguiu mostrar que a dívida do governo é totalmente desprezível neste contexto.
Eu, como cidadão, proponho que você, eleitor, também faça um boicote. Quando o governo anunciar mais um aumento de impostos, recuse-se a pagar. Afinal, se todos fizerem isto, não haverá recursos para cobrir os (novos e antigos) gastos do governo com o Ministério da Pesca, das Cidades, etc. Também proponho que você, eleitor, resista à tentação e não compre títulos da dívida pública. Assim, fechamos outra porta para a irresponsabilidade fiscal. Finalmente, o governo terá de cortar gastos. No longo prazo, o montante de gastos será menor e o governo precisará se endividar menos, logo, a taxa de juros sofrerá menos pressão do governo.
Bem, você perguntará, e os "malditos banqueiros"? Ora, a solução é simples, faça também, eleitor, manifestações pró-bancos no sentido de aumentar a concorrência entre eles. Faça lobby para que mais bancos venham para o Brasil. Assim os banqueiros terão diminuído seu poder de oligopólio (ou de monopólio). Tal como quer o presidente.
Será que faltou algo?
Ontem conversava com um colega acadêmico que está que não pode ouvir o nome do presidente da república: votou nele.
Não tiro sua razão, claro. Mas para irritá-lo mais ainda, eu deveria lhe enviar esta notícia. Em resumo, ela diz que nosso presidente usa a herança política quando quer, seja ela maldita ou não. O discurso é o mesmo, socialista, que agrada suas bases: seja contra o capitalismo. Derrube-o pela greve. Etc.
Mas é de uma irresponsabilidade que lembra o governo Sarney para o qual tudo se resolvia com duas ferramentas (de engenheiros sociais?): (i) congelamento de preços e (ii) vontade popular.
Claro que há interesses aí. Veja um trecho: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu um boicote aos empréstimos fornecidos por bancos e administradoras de cartão de crédito. A medida seria uma forma de forçar a queda dos juros.
Lula já criticou em outros momentos os juros adotados pelas instituições financeiras. O presidente fez ontem um discurso na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras, em Brasília.
Ou seja, ele vai até uma cooperativa (concorrente dos bancos e das operadoras de cartões) e faz um discurso que poderia bem ter sido feito por um lobista pró-cooperativa, clamando por ação popular para fazer o que ele deveria estar fazendo, já que você, leitor, foi quem o elegeu, e não o contrário.
Acho que o presidente não foi informado ainda de que as taxas de juros não estão altas à toa. Há, tudo bem, a tese do cartel de bancos. Entretanto, nenhum estudo técnico sério conseguiu mostrar que a dívida do governo é totalmente desprezível neste contexto.
Eu, como cidadão, proponho que você, eleitor, também faça um boicote. Quando o governo anunciar mais um aumento de impostos, recuse-se a pagar. Afinal, se todos fizerem isto, não haverá recursos para cobrir os (novos e antigos) gastos do governo com o Ministério da Pesca, das Cidades, etc. Também proponho que você, eleitor, resista à tentação e não compre títulos da dívida pública. Assim, fechamos outra porta para a irresponsabilidade fiscal. Finalmente, o governo terá de cortar gastos. No longo prazo, o montante de gastos será menor e o governo precisará se endividar menos, logo, a taxa de juros sofrerá menos pressão do governo.
Bem, você perguntará, e os "malditos banqueiros"? Ora, a solução é simples, faça também, eleitor, manifestações pró-bancos no sentido de aumentar a concorrência entre eles. Faça lobby para que mais bancos venham para o Brasil. Assim os banqueiros terão diminuído seu poder de oligopólio (ou de monopólio). Tal como quer o presidente.
Será que faltou algo?
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