sexta-feira, agosto 27, 2004

Quanto custa a sua "ética na política"?

Se você é um sujeito que acha que sua decisão deve se submeter à regra da maioria (algo como: "Isaac, cala a boca e vai para o chuveiro de gás que o chefe foi eleito democraticamente!"), então você provavelmente troca seu discurso de "ética na política" por "poder político".

Ora, quando um Gaspari ou um Villas-Bôas Correa publicam um artigo mostrando como a outrora ética de um partido contra a reeleição do (malvado, feio e gordo) FHC (recheado de debates intelectuais que Sérgio Motta chamava denominava "masturbação intelectual") se transforma quando o mesmo partido está no poder, não é difícil se perguntar sobre o porquê de tanta vontade de dizer: "liberdade de imprensa? Isto é relativo".

E as eleições estão chegando. Os jornalistas que ganharam cargos oficiais estão caladinhos. Os jornais que vivem de verbas publicitárias do Estado também estão quietinhos. Os empresários, clientes do BNDES e similares estão bem quietos. E os jovens, bem, estes estão fazendo corpo mole para ler dois capítulos de livro para a prova.

Quem diria...