sexta-feira, agosto 27, 2004

Sexo pago

Como a internet facilita o contato entre consumidores e ofertantes de sexo pago? Pergunte à Bruna Surfistinha. Ela está aqui, em matéria do Nomínimo.

Trecho: Bruna Surfistinha acorda todo dia por volta das 11h e estuda as apostilas do supletivo. Começou faz um mês, espera terminar rápido o segundo grau. Então, almoça. Gabi, sua companheira de apartamento, cozinha bem, comida caseira, arroz e feijão, carne ou frango, coisa simples. Por volta das 14h, segue para o flat que aluga à parte. Às vezes, trabalha até meia-noite. Costuma cobrar 150 reais por hora e meia, tem em média cinco clientes por dia, é normal que sinta nojo pelo menos de um deles. Aí o toque lhe é desagradável. Usa sempre camisinha, faz exames a cada três meses. A maioria são homens entre 30 e 45 anos, casados. Às vezes aparecem rapazes mais novos, em geral muito tímidos ou muito feios. Ou gordos. Muitos japoneses. "Solteiro bonito pega quem quiser na balada", explica, a gíria paulista lhe é natural. Não é raro que goze.

Como é que o governo federal incentiva este tipo de vida? Fácil. Basta ver a legislação tributária. Pena que eu não seja tão sexy assim. Agora vamos lá. Nós, senhores homens e safados, sabemos que sábados e domingos são dias em que as "Brunas" são mais requisitadas. Logo, a elasticidade-preço não é igual à da semana. Por que elas não cobram um preço maior no final de semana?

Meu palpite: elas preferem ignorar isto para manter a reputação de boas comerciantes de sexo já que ganham bem nos sábados e domingos (sem falar nos ricaços que pagam R$ 150,00 + extras (vinho, almoço, hotel grátis, final de semana na chácara, etc).

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