Por que o ensino sofre?
Alunos ficam mais preguiçosos no pensar porque lhes dão videogames? Discordo. Acho que o problema surge quando ele percebe que os professores não querem lhes ensinar nada, mas apenas usá-los como massa de manobra política.
Eis aí um tema fascinante. É a tecnologia que atrapalha o ensino ou é o descompromisso do professor com a ciência que é o problema? O filósofo Alberto Oliva tem algumas opiniões sobre o último tópico.
Trecho: Chama a atenção o fato de que no Brasil faz-se justamente o contrário. A desconsideração aos fatos é gritante e o relativismo avança a cada dia dentro e fora da academia. Acredita-se cada vez mais que a realidade é mero resultado do que dizemos sobre ela. Com isso, ninguém precisa ter um pingo de humildade diante daquilo que diz conhecer. O conhecimento é livre criação que não precisa prestar contas à realidade. Já o ativismo político no Brasil é só aparente. O pensamento militante não se preocupa minimamente em desenvolver uma pedagogia da autonomia e da iniciativa. Os professores preferem ser repetidores de mantras ideológicos que entorpecem a consciência gelatinosa das crianças e adolescentes. Raros assumem a postura socrática de tentar ensinar a pensar submetendo tudo permanentemente a escrutínio crítico. A maioria prefere petrificar conteúdos a ensinar o aprendiz a se movimentar no terreno minado das frágeis e provisórias conjecturas.
Alunos ficam mais preguiçosos no pensar porque lhes dão videogames? Discordo. Acho que o problema surge quando ele percebe que os professores não querem lhes ensinar nada, mas apenas usá-los como massa de manobra política.
Eis aí um tema fascinante. É a tecnologia que atrapalha o ensino ou é o descompromisso do professor com a ciência que é o problema? O filósofo Alberto Oliva tem algumas opiniões sobre o último tópico.
Trecho: Chama a atenção o fato de que no Brasil faz-se justamente o contrário. A desconsideração aos fatos é gritante e o relativismo avança a cada dia dentro e fora da academia. Acredita-se cada vez mais que a realidade é mero resultado do que dizemos sobre ela. Com isso, ninguém precisa ter um pingo de humildade diante daquilo que diz conhecer. O conhecimento é livre criação que não precisa prestar contas à realidade. Já o ativismo político no Brasil é só aparente. O pensamento militante não se preocupa minimamente em desenvolver uma pedagogia da autonomia e da iniciativa. Os professores preferem ser repetidores de mantras ideológicos que entorpecem a consciência gelatinosa das crianças e adolescentes. Raros assumem a postura socrática de tentar ensinar a pensar submetendo tudo permanentemente a escrutínio crítico. A maioria prefere petrificar conteúdos a ensinar o aprendiz a se movimentar no terreno minado das frágeis e provisórias conjecturas.
<< Home