segunda-feira, janeiro 31, 2005

Se fosse o FHC seria censura

Cansei - mesmo - de receber spams na era FHC com insinuações, lendas urbanas e um monte de piadas de mau gosto contra o ex-presidente. Depois da ameaça de André Singer na campanha de 2002, não apenas este tipo de tática parou. Não recebo nem piadinha sobre o presidente.

De certa forma, o que é engraçado e que nos fóruns de discussão eu era bombardeado por manifestações furiosas de militantes do atual ocupante da Granja do Torto, quase nunca educadas.

Entretanto, de alguns anos para cá, é um silêncio o que observo. Não posso negar: é um descanso.

Mas não me agrada a idéia de um descanso baseado numa assimetria de informação gerada por quem pretende dirimi-la com Conselhões de Jornalistas ou Regulações sobre a Cultura. Claro, refiro-me à tal medida sobre os dados do IBGE que já está ficando maldosamente conhecida como "Lei da Mordaça". Duvido que seja uma mordaça, mas me lembra muito menino pequeno brigando com colegas de escola: na hora em que os dados lhe desementem, ele tenta calar a boca dos outros ou dizer que só ele conhece os dados.

Até o momento, os meus velhos colegas petistas não abriram a boca para dizer um "a" sobre o caso Lubeca, Waldomiro, a tentativa de censura à imprensa, o apoio partidário composto de Sarneys e cia, o aumento da carga tributária, a autoritária reforma univeritária, etc.

Interessante como as pessoas não têm o mesmo vigor em dizer: "eu errei" tanto quanto dizem "você está errado".

Para o bem de todos, espero que esta medida sobre o IBGE seja revista sob reflexões menos autoritárias. Se não com estes políticos, sob outros. Enfim, 2006 está chegando...