No-Ponzi Game ou "seria isto uma mera coincidência"?
“Ponzi's Scheme”, ou “O Golpe de Ponzi”, do jornalista Mitchell Zuckoff, conta a vida do finório que eletrizou 30 mil pequenos investidores em 1920. Tomou-lhes 9,6 milhões de dólares, algo como 200 milhões em dinheiro de hoje. Ele oferecia 50% de juros em 90 dias (boa idéia para o Copom) e sustentava que podia bancar essa conta porque jogava na variação cambial de vales postais. Era mentira. Ele simplesmente rodava uma bicicleta, tomando dinheiro de novos investidores para pagar aos antigos. A farra durou sete meses.
O governo americano foi em cima de Ponzi e tomou-lhe a casa, os móveis e a roupa do corpo. Deixou-o por 14 anos na cadeia, costurando cuecas.
Greta Garbo não terminou no Irajá, mas Carlo Ponzi acabou na Rua Engenho Novo, 118, apto 102. Ele chegou ao Rio de Janeiro em 1939 como funcionário da companhia aérea italiana Latti. Perdeu o emprego, deu aulas de inglês e manteve uma pensão. Tentou tomar uma carona no populismo cambial do governo Dutra criando uma importadora de canetas, relógios e rádios. Nada deu certo.
Ponzi morreu em 1949, aposentado pela Viúva brasileira. Recebia 70 dólares mensais do Instituto de Aposentadoria do Comerciários, o IAPC. Estava quase cego e terminou seus dias num hospital público do Rio, possivelmente o São Francisco de Assis.
Em tempo: parece que o cronista Verissimo está falando de economia no O Globo novamente. Vi apenas a chamada, mas temo pelo conteúdo. Das últimas vezes que li Verissimo, o grau de desinformação foi elevado. Desta vez eu tomei a decisão de não ler. Deixo a outros leitores deste blog o exercício da leitura da coluna deste senhor.
“Ponzi's Scheme”, ou “O Golpe de Ponzi”, do jornalista Mitchell Zuckoff, conta a vida do finório que eletrizou 30 mil pequenos investidores em 1920. Tomou-lhes 9,6 milhões de dólares, algo como 200 milhões em dinheiro de hoje. Ele oferecia 50% de juros em 90 dias (boa idéia para o Copom) e sustentava que podia bancar essa conta porque jogava na variação cambial de vales postais. Era mentira. Ele simplesmente rodava uma bicicleta, tomando dinheiro de novos investidores para pagar aos antigos. A farra durou sete meses.
O governo americano foi em cima de Ponzi e tomou-lhe a casa, os móveis e a roupa do corpo. Deixou-o por 14 anos na cadeia, costurando cuecas.
Greta Garbo não terminou no Irajá, mas Carlo Ponzi acabou na Rua Engenho Novo, 118, apto 102. Ele chegou ao Rio de Janeiro em 1939 como funcionário da companhia aérea italiana Latti. Perdeu o emprego, deu aulas de inglês e manteve uma pensão. Tentou tomar uma carona no populismo cambial do governo Dutra criando uma importadora de canetas, relógios e rádios. Nada deu certo.
Ponzi morreu em 1949, aposentado pela Viúva brasileira. Recebia 70 dólares mensais do Instituto de Aposentadoria do Comerciários, o IAPC. Estava quase cego e terminou seus dias num hospital público do Rio, possivelmente o São Francisco de Assis.
Em tempo: parece que o cronista Verissimo está falando de economia no O Globo novamente. Vi apenas a chamada, mas temo pelo conteúdo. Das últimas vezes que li Verissimo, o grau de desinformação foi elevado. Desta vez eu tomei a decisão de não ler. Deixo a outros leitores deste blog o exercício da leitura da coluna deste senhor.
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