Câmbio e a balança comercial
O saldo da balança comercial depende de três fatores básicos: (i) o preço relativo das exportações e das importações, (ii) a renda mundial e (iii) o arcabouço institucional.
Se o aluno de economia quiser, pode, através do IPEADATA (link fixo ao lado), coletar dados de câmbio real e balança comercial. Achando a renda mundial (ou usando a criatividade da modelagem econométrica), melhor ainda. Mas e o arcabouço institucional?
Meu palpite - de que ele é importante - foi confirmado hoje, ao ler o excelente "O Estado de São Paulo". Você precisa assinar para ler toda a matéria, mas olhe o que diz um dos analistas mais famosos em comércio exterior do Brasil.
'Está na falta de uma reforma na legislação a fim de torná-la compatível com o regime de câmbio flutuante, eliminando o clássico viés de apreciação (da moeda nacional) que perdura desde as moratórias dos anos 80. Desde então, o objetivo da legislação tem sido antecipar o quanto possível e de forma compulsória a entrada de dólares decorrentes das exportações.' E Giannetti explica: 'O exportador é obrigado a entregar os dólares que recebeu num prazo que só agora foi ampliado para 210 dias. Ao mesmo tempo, o governo cria obstáculos para a saída de dólares. Quer retê-los ao máximo. A conseqüência é que temos um mercado imperfeito com prejuízos para os exportadores por conta da apreciação do câmbio.'
Se Giannetti (Roberto, não o Eduardo) está certo, o problema consiste em um mercado cujo funcionamento foi distorcido pela legislação. As perguntas interessantes são: (i) se a legislação atrapalha o mercado, porque ela perdura?;(ii) quem ganha e quem perde com esta legislação e, finalmente, (iii) qual a origem desta legislação?
Palpites?
O saldo da balança comercial depende de três fatores básicos: (i) o preço relativo das exportações e das importações, (ii) a renda mundial e (iii) o arcabouço institucional.
Se o aluno de economia quiser, pode, através do IPEADATA (link fixo ao lado), coletar dados de câmbio real e balança comercial. Achando a renda mundial (ou usando a criatividade da modelagem econométrica), melhor ainda. Mas e o arcabouço institucional?
Meu palpite - de que ele é importante - foi confirmado hoje, ao ler o excelente "O Estado de São Paulo". Você precisa assinar para ler toda a matéria, mas olhe o que diz um dos analistas mais famosos em comércio exterior do Brasil.
'Está na falta de uma reforma na legislação a fim de torná-la compatível com o regime de câmbio flutuante, eliminando o clássico viés de apreciação (da moeda nacional) que perdura desde as moratórias dos anos 80. Desde então, o objetivo da legislação tem sido antecipar o quanto possível e de forma compulsória a entrada de dólares decorrentes das exportações.' E Giannetti explica: 'O exportador é obrigado a entregar os dólares que recebeu num prazo que só agora foi ampliado para 210 dias. Ao mesmo tempo, o governo cria obstáculos para a saída de dólares. Quer retê-los ao máximo. A conseqüência é que temos um mercado imperfeito com prejuízos para os exportadores por conta da apreciação do câmbio.'
Se Giannetti (Roberto, não o Eduardo) está certo, o problema consiste em um mercado cujo funcionamento foi distorcido pela legislação. As perguntas interessantes são: (i) se a legislação atrapalha o mercado, porque ela perdura?;(ii) quem ganha e quem perde com esta legislação e, finalmente, (iii) qual a origem desta legislação?
Palpites?
<< Home