sábado, abril 16, 2005

Precisamos de uma MP para proibir o Verissimo de falar sobre economia?

Eu acho que não. Basta ler e trazer ao leitor - submetido aos erros dele - a luz da razão.

O Leo não colocou o post aqui, mas no blog dele. Aí vai a reprodução.

Verissimo



Eu realmente gosto muito do LFVerissimo. Mas quando ele resolve falar de Economia, babaus. Olhem trechos da coluna de hoje:

A analogia doméstica


Quando querem tornar as coisas mais fáceis para nós os leigos (leia-se os burros) compreender- iiiiiiiiiiiiiii mos, os economistas costumam recorrer à analogia doméstica. Um país é como uma família que não pode gastar mais do que ganha, dizem. Um país, como uma família, precisa ser realista no seu orçamento e responsável nos seus gastos. Senão um país, como uma família, vai à bancarrota.

(...)
Existe o mesmo perigo de ficarmos imaginando a família modelo dos economistas e esquecermos a sua lição. O pai (Egídio) é um exemplo de controle e sobriedade, como os economistas no poder gostam. No passado se excedeu, gastou mais do que podia e foi obrigado a fazer um empréstimo. Mas está pagando o seu empréstimo responsavelmente, como os economistas no poder recomendam. Mesmo porque precisa manter o crédito para conseguir empréstimos para pagar o seu empréstimo. Mas já que estamos no terreno do reducionismo didático, me ocorre uma situação familiar supersimples: um dia o seu Egídio é obrigado a escolher entre alimentar os seus filhos e pagar a sua dívida. Qual o exemplo que ele deve dar para a nação? Está certo, melodrama não. Mas se vamos recorrer a exemplos simplistas, então sejamos simplistas até o fim. A escolha diante da nação é exatamente a escolha do nosso pai de família imaginário.

O que Verissmo esqueceu de contar é que o tal Egídio só compra besteira, se endivida para entrar em negocios fracassados, bate os filhos, bebe cachaça e constuma dar dinheiro para os seus amigos ricos. (Além disso, dizem que ele explora seus filhos. Cobra uns 35% de tudo que eles ganham e não oferece nada em troca. Assim, os garotos vão mesmo continuar passando fome).