sábado, julho 09, 2005

Cueca e mala - curtas off-topic

1. A história do amigo do Genoíno, homem forte do PT, de levar reais na mala e dólares na cueca faz a gente pensar: será que estes políticos nunca ouviram falar de carteira? Ou a roubalheira é tanta que eles têm medo de andar com carteiras?

2. O spam que o presidente recebe com frequência: "você está sendo traído".

3. A pergunta que não quer calar: a cueca do companheiro era estrelhada? :-)
Agora não tem mais desculpa...até criança aprende vantagens comparativas e bens de uso comum

O The Institute for Humane Studies fez uma ótima página, chamada Liberty Arcade, na qual ensina alguns conceitos básicos de economia.

Realmente vale a visita.
Lei de Responsabilidade Fiscal

Eis um artigo do qual Ari certamente gostaria.
Microeconomia

Um curso de graduação minimamente sério em Microeconomia teria aulas seguindo estes tópicos.

Consulte 99% dos bons cursos no mundo, caso tenha dúvidas.

p.s. o mais diferente que encontrará será algo como isto aqui.
Criançada safada...:-)

Muita gente acha que economia é uma ciência sombria (errado!) e que criança não tem lugar em nossos pensamentos. Nada poderia ser mais incorreto (mas amplamente divulgado por motivos que acabo de citar no post imediatamente anterior a este).

Para você se divertir, confira estes dois links com idéias de Bryan Caplan.

1. EconLog, Imperfect Information and the Generation Gap

2. Evolutionary Psych and the Generation Gap

Claro, a primeira vez que um menino entrou na cabeça dos economistas, eu acho, foi quando elaboraram o famoso Rottens Kid Theorem.
Avisos que muitos ignoram UPDATED

1. É difícil conseguir alfabetização em qualquer forma de conhecimentos intelectualmente respeitáveis. Ela exige aplicação, inteligência e ensino, e poucas pessoas são plenamente alfabetizadas em qualquer assunto.

2. A economia encerra uma simplicidade falsa porque suas normas são discutidas numa linguagem cujas palavras são conhecidas de todos os leigos instruídos. Se todas as discussões de economia fossem feitas algebricamente - a maneira como são predominantemente conduzidas nas revistas econômicas profissionais - seria mais difícil ser enganado e levado a acreditar que se entende toleravelmente uma análise da qual não se entende absolutamente nada.

3. As pessoas são veleitárias, para não dizer românticas, em seus desejos e preferem muito mais soluções fáceis e diretas para seus problemas. Se há operários têxteis desempregados, então que se proíba a importação de têxteis de Hong Kong. Se há discriminação contra trabalhadores negros, que se passe uma lei obrigando os brancos a serem daltônicos. É este pensamento desiderativo que torna o público tão susceptível à propaganda de reformadores analfabetos e interesses especiais egoístas

Tudo isto está em Stigler, "O Intelectual e o Mercado" (p.98), infelizmente esgotado e não mais reeditado (enquanto um monte de livros ruins de economia ganham reedições e reedições...). Na época, estava com tradução sofrível (mas não tão ruim quanto muita coisa que me cai às mãos), pela Jorge Zahar Editor.

E o tema do parágrafo acima, para mim, continua válido como nunca: analfabetismo econômico é tão alto no Brasil que, usando um argumento maldoso, nem uma pesquisa de opinião sobre o que o povo pensa e o que pensam os economistas foi feita. Pelo menos, não que eu saiba.

Agora, temos de ter cuidado porque com o tamanho (de ovo de codorna) desta nossa "Academia", há pouca discussão, competição e, sim, muita panelinha. Duvida? Vá a uns dois ou três congressos de economia e veja o quanto o debatedor se interessa em discutir cientificamente o artigo apresentado ou apenas fazer pregação religiosa (ou zombar do apresentador)...

E, como diria o grupo Monthy Phyton, "agora a segunda parte da piada".

Gordon Tullock, em seu "Progress in Economics", um artigo do seu "On the trail of Homo Economicus", expressa uma visão menos otimista da matemática do que Stigler no tópico 2 acima (aposto que o Phillipe está lendo isto agora...:-)). Tullock fala de seu temor (por que deveríamos temer o mesmo que ele é algo que não me é claro) sobre o uso da matemática em economia. Abre aspas...

It seems to me that on this principal we should have no objection whatsoever to mathematical economists pursuing their interests, although we might feel that the amount of resources being invested in it is too large. The problem that I see is that mathematical economics is showing signs of crowding out the other approaches (p.213).

Será que Tullock falou algo que faça sentido aqui? Afinal, e se as outras abordagens deslocam (crowd out) o espaço da matemática na economia? Isto não seria um problema? E, melhor ainda, porque é que deveria haver um problema se uma abordagem ocupa 51% do espaço (como definir isto?) da ciência econômica? Não é um problema também?

Enfim, para mim, nesta crítica, Tullock não diz muito. Na minha opinião, Stigler ainda está melhor...
Alguém havia pedido mais provas e menos barulho?

Bem, se isto não é fumaça, então, sim, não há fogo. Sim, sim, sem registro, a mesma notícia está aqui.

Lamentável, não?

quinta-feira, julho 07, 2005

Mercado de órgãos para transplantes...novamente

Desta vez, na (totalmente remodelada) página de Gary Becker.
Liderança fraca

Se isto é liderança, então algo está errado.

quarta-feira, julho 06, 2005

Humor

Desde que esta galáxia surgiu, vastas civilizações cresceram e desapareceram, cresceram e desapareceram, cresceram e desapareceram tantas vezes que é muito tentador pensar que a vida na Galáxia deve ser (a) similar a um enjôo marítimo, espacial, temporal, histórico ou similar e (b) imbecil. [Douglas Adams, A Vida, o Universo e Tudo Mais (terceiro livro da trilogia de quatro livros da série "O Guia do Mochileiro das Galáxias", cap.5]
Imagine se fosse o CMN discutindo meta de inflação!

A reunião de ontem sobre déficit nominal zero é um bom exemplo de como seriam as reuniões do CMN na visão dos que acham que "quanto mais gente, melhor".

i. Teve umas 20 pessoas
ii. Não chegaram a uma conclusão
iii. Não se decidiu nada.

Aliás, para quem comprou o discurso de alguns demissionários (ex-comissários, na linguagem do Gaspari), eis aqui a lista de presentes/convidados para a reunião.

A nata da burguesia, das elites e da classe empresarial-patronal-opressora-capitalista:

Paulo Skaf, Benjamin Steinbruch, João Guilherme Ometto, Antônio Ermírio de Moraes (não compareceu), Fernando Botelho, Ivoncy Ioschpe, Josué Gomes da Silva (filho de José Alencar), Jorge Gerdau, Marcio Cypriano, Pedro Moreira Sales, Rogelio Golfarb, Aloizio Mercadante, Delcídio Amaral, Tasso Jeressaiti, Rodolpho Tourinho, Renan Calheiros e Severino Cavalcanti.

O problema de batistas e contrabandistas (Bruce Yandle) se mantém. Uma outra visão crítica do evento é esta.

Para quem ouviu as críticas sobre a aliança PSDB-PFL por oito anos, não deixa de ser muito engraçado ver que a "salvação do PT" é Delfim Netto, personagem sempre citado com malevolência por 10 entre 10 professores de economia (heterodoxos?)...

terça-feira, julho 05, 2005

Como derrubar Fidel Castro (antes que ele caia de velho)

Há anos que economistas liberais defendem medidas como esta.

Entretanto, há que se pensar sobre a efetividade da liberdade econômica sobre a liberalização de regimes políticos. Esta causalidade, como já disse antes, não é tão clara embora, sim, eu também quisesse ter uma resposta mais fundamentada e positiva.

segunda-feira, julho 04, 2005

Viva a globalização

Eu não tenho nada contra a globalização. Aliás, algumas vezes eu imagino como seria o mundo empresarial brasileiro se tivéssemos mais chineses no Brasil tal como, aparentemente, está acontecendo nos EUA nos dias de hoje.

Imagine mais ainda. Imagine se você tivesse centrais sindicais chinesas concorrendo com a CUT e a FIESP! Isto sim, seria engraçado.
O papel do Estado na economia

Como sempre dizem, nunca houve uma economia totalmente liberal. Correto. E aqui está o exemplo brasileiro de uma economia com um Estado bastante presente.

domingo, julho 03, 2005

Tomates verdes fritos...com economia

Somente hoje o Elio Gaspari veio falar do "Freakonomics", livro de sucesso nos EUA. Gaspari elogia a linguagem de fácil acesso que os autores usam. Claro, economistas nem sempre são muito elucidativos quando abrem a boca.

Mas Gaspari é injusto. Há anos, Steven Landsburg publicou seu "The Armchair Economist" que deu origem a sua coluna na Slate, online. E este blog, claro, já fala de Freakonomics e também de Landsburg há muiiiiito tempo.

A propósito, eis um bom artigo do Landsburg: Vine Is Money - Why those fancy tomatoes cost so much. By Steven E. Landsburg.