sábado, janeiro 03, 2004

Minha mensagem ao presidente Bush

President Bush,

I have to say that I don't agree with the legal measures adopted by my government concerning the pictures and fingerprints of US visitors in my country.

The motivation behind the measures is justified by the historical path of president Luis Inacio Lula da Silva and his associates, but I don't share their views about globalization, economics, history, etc.

If they say that it's similar to US measures against terrorism, don't believe them. I doubt my country's intelligence services could find one terrorist in my country. After all, they don't agree about the definition of "terrorism"...

Best Wishes

Claudio Djissey Shikida


Brazil starts finger-printing US visitors

sexta-feira, janeiro 02, 2004

O juiz nazista

Interessante polêmica sobre um juiz brasileiro pode ser encontrada neste excelente blog: The Volokh Conspiracy.
O Ocidente decadente?

Não tem nada a ver com este blog, mas é um excelente artigo. Vai gerar discordância entre nossos leitores, sem falar do "eixo do bem" que governa este blog. Quem me conhece, contudo, sabe que concordo com o articulista.

Tá, eu sei que Rumsfeld já apertou a mão de Saddam. Mas eu também já vi o atual presidente do Brasil apertar a mão de um ex-presidente (Sarney)...tente se lembrar, ao ler o artigo, que governos democráticos mudam. Em outras palavras, faça o exercício de abstração de forma correta. Não fique pensando em: "o governo americano sempre apoiou (ou não) fulano". Afinal, a administração Clinton é bem diferente da administração Bush.

Aí vai: The Western Disease - The strange syndrome of our guilt and their shame.
Poder do marketing

A matéria abaixo é um bom exemplo de que democracia funciona. Em seu "O mito do fracasso da democracia", Donald Wittman se recusa a aceitar os argumentos tradicionais de Escolha Pública nos quais imperfeições do sistema político prevalecem a despeito da racionalidade dos agentes.

Em outras palavras, Wittman se pergunta sobre o porquê de economistas assumirem que consumidores racionais em mercados ao mesmo tempo em que os assumem como bastante limitados em política.

Um dos pontos que ele destaca é o de que a democracia incentiva a ação de todos os grupos de interesse, inclusive os de oposição.

A matéria abaixo, que desmistifica dois erros grosseiros do governo federal, repassados à sociedade como sucessos, não seria possível num país não-democrático: é a ação dos interesses da oposição em ação.

A questão seguinte, entretanto, é saber se os consumidores querem acreditar nisto. Há evidências empíricas (e também interpretações teóricas) que, no caso do Brasil, bem poderiam dizer que os eleitores têm um certo desejo de se iludir.

1. A matéria citada

Primeira Leitura : entenda : Governo, comunicação e truculência

2. Mais leituras

Algumas hipóteses sobre as crenças viesadas que temos estão nesta página.

On voter incentives to become informed.

terça-feira, dezembro 30, 2003

Cultura

Cultura importa para o desenvolvimento econômico? Parece que sim. Mas, que cultura? Como importa? Estas são perguntas difíceis de se responder, principalmente em países que foram colônias de outros, pelo menos desde os séculos XV e XVI.

Neste artigo, Alvaro Vargas Llosa mostra que a cultura latino-americana não é simplesmente um reflexo de uma tradição estatista: há sinais de individualismo por toda nossa história (ainda bem!).

Algo para se pensar muito. Principalmente para quem se preocupa em como demonstrar o efeito da cultura no desenvolvimento econômico...

segunda-feira, dezembro 29, 2003

Paz

Muita propaganda política tem sido feita acerca da paz. Em tempos outros, o pessoal da antiga "oposição" diria que esta propaganda sobre "paz mundial" seria apenas uma forma de distrair a atenção dos brasileiros dos reais problemas do país.

Entretanto, há um silêncio ensurdecedor. O mesmo pessoal da antiga "oposição" acredita que isto se deve ao amadurecimento da sociedade (para mim isto é uma forma de dizer que a sociedade só amadurece quando eu estou no poder....).

Curiosamente, este artigo aponta uma causalidade interessante entre as ações militares dos EUA e da coalizão (que, erroneamente, diz-se apenas anglo-americana) e as guerras no mundo.

Para o analista, houve uma queda no número de conflitos no mundo (algo que quero checar no Heildeberg Institute) após o início da ação militar dos EUA.

O argumento lembra muito os tradicionais argumentos da era da Guerra Fria, vale dizer, a existência de um forte poder militar inibe a ação de eventuais concorrentes fracos (na Guerra Fria eram dois poderes, e a gente não ouvia mesmo falar de outros concorrentes exceto a eterna potência do século X_ _, a China).

Se o autor está correto, então há uma falha de percepção nos argumentos do dia-a-dia sobre paz. Basicamente, a falha é não notar que o pacificador, paradoxalmente, pode ser aquele com maior poder de agressão.

Um belo dilema. Raymond Aron gostaria disso...

Feliz 2004!
O viés da mídia...e da Justiça

Interessante artigo sobre a - cada vez mais patente - mania maniqueista de boa parte da imprensa brasileira, bem como da perigosa relação que pode existir entre a Justiça e certos cidadãos.

Primeira Leitura : entenda : Lições de Roraima: a quase desmoralização

Uma lição, creio, de Economia Política aplicada.