sábado, abril 16, 2005
Outra boa leitura (melhor que Verissimo)
Trecho: Recientemente dicté una conferencia en una universidad privada. Al finalizar me preguntó un estudiante qué podría hacer él para mejorar el país. Traía una camiseta con el retrato del Che Guevara. Comprendí que era un joven inquieto, de buenas intenciones, pero que se había contaminado con la educación izquierdista que se enseña en las escuelas públicas y en algunas privadas. Así que, con tono retador, le dije a quemarropa: "¡Usted hágase obscenamente millonario, con eso ayuda a todos!". La cara se le puso roja, no sé si de vergüenza o porque se sintió ofendido.
Gostou? Leia o resto que é bom.
Trecho: Recientemente dicté una conferencia en una universidad privada. Al finalizar me preguntó un estudiante qué podría hacer él para mejorar el país. Traía una camiseta con el retrato del Che Guevara. Comprendí que era un joven inquieto, de buenas intenciones, pero que se había contaminado con la educación izquierdista que se enseña en las escuelas públicas y en algunas privadas. Así que, con tono retador, le dije a quemarropa: "¡Usted hágase obscenamente millonario, con eso ayuda a todos!". La cara se le puso roja, no sé si de vergüenza o porque se sintió ofendido.
Gostou? Leia o resto que é bom.
Mais uma prova de que privatização salva
A dica é do Leo. Claro que outro mundo é possível. Um no qual a água seja privatizada, de boa qualidade e com diminuição de mortalidade infantil entre os pobres.
Mas este mundo não foi proposto no Fórum "Queremos Chávez ditador no Brasil também"...
SSRN-Water for Life: The Impact of the Privatization of Water Services on Child Mortality by Sebastian Galiani, Paul Gertler, Ernesto Schargrodsky
A dica é do Leo. Claro que outro mundo é possível. Um no qual a água seja privatizada, de boa qualidade e com diminuição de mortalidade infantil entre os pobres.
Mas este mundo não foi proposto no Fórum "Queremos Chávez ditador no Brasil também"...
SSRN-Water for Life: The Impact of the Privatization of Water Services on Child Mortality by Sebastian Galiani, Paul Gertler, Ernesto Schargrodsky
Precisamos de uma MP para proibir o Verissimo de falar sobre economia?
Eu acho que não. Basta ler e trazer ao leitor - submetido aos erros dele - a luz da razão.
O Leo não colocou o post aqui, mas no blog dele. Aí vai a reprodução.
Verissimo
Eu realmente gosto muito do LFVerissimo. Mas quando ele resolve falar de Economia, babaus. Olhem trechos da coluna de hoje:
A analogia doméstica
Quando querem tornar as coisas mais fáceis para nós os leigos (leia-se os burros) compreender- iiiiiiiiiiiiiii mos, os economistas costumam recorrer à analogia doméstica. Um país é como uma família que não pode gastar mais do que ganha, dizem. Um país, como uma família, precisa ser realista no seu orçamento e responsável nos seus gastos. Senão um país, como uma família, vai à bancarrota.
(...)
Existe o mesmo perigo de ficarmos imaginando a família modelo dos economistas e esquecermos a sua lição. O pai (Egídio) é um exemplo de controle e sobriedade, como os economistas no poder gostam. No passado se excedeu, gastou mais do que podia e foi obrigado a fazer um empréstimo. Mas está pagando o seu empréstimo responsavelmente, como os economistas no poder recomendam. Mesmo porque precisa manter o crédito para conseguir empréstimos para pagar o seu empréstimo. Mas já que estamos no terreno do reducionismo didático, me ocorre uma situação familiar supersimples: um dia o seu Egídio é obrigado a escolher entre alimentar os seus filhos e pagar a sua dívida. Qual o exemplo que ele deve dar para a nação? Está certo, melodrama não. Mas se vamos recorrer a exemplos simplistas, então sejamos simplistas até o fim. A escolha diante da nação é exatamente a escolha do nosso pai de família imaginário.
O que Verissmo esqueceu de contar é que o tal Egídio só compra besteira, se endivida para entrar em negocios fracassados, bate os filhos, bebe cachaça e constuma dar dinheiro para os seus amigos ricos. (Além disso, dizem que ele explora seus filhos. Cobra uns 35% de tudo que eles ganham e não oferece nada em troca. Assim, os garotos vão mesmo continuar passando fome).
Eu acho que não. Basta ler e trazer ao leitor - submetido aos erros dele - a luz da razão.
O Leo não colocou o post aqui, mas no blog dele. Aí vai a reprodução.
Verissimo
Eu realmente gosto muito do LFVerissimo. Mas quando ele resolve falar de Economia, babaus. Olhem trechos da coluna de hoje:
A analogia doméstica
Quando querem tornar as coisas mais fáceis para nós os leigos (leia-se os burros) compreender- iiiiiiiiiiiiiii mos, os economistas costumam recorrer à analogia doméstica. Um país é como uma família que não pode gastar mais do que ganha, dizem. Um país, como uma família, precisa ser realista no seu orçamento e responsável nos seus gastos. Senão um país, como uma família, vai à bancarrota.
(...)
Existe o mesmo perigo de ficarmos imaginando a família modelo dos economistas e esquecermos a sua lição. O pai (Egídio) é um exemplo de controle e sobriedade, como os economistas no poder gostam. No passado se excedeu, gastou mais do que podia e foi obrigado a fazer um empréstimo. Mas está pagando o seu empréstimo responsavelmente, como os economistas no poder recomendam. Mesmo porque precisa manter o crédito para conseguir empréstimos para pagar o seu empréstimo. Mas já que estamos no terreno do reducionismo didático, me ocorre uma situação familiar supersimples: um dia o seu Egídio é obrigado a escolher entre alimentar os seus filhos e pagar a sua dívida. Qual o exemplo que ele deve dar para a nação? Está certo, melodrama não. Mas se vamos recorrer a exemplos simplistas, então sejamos simplistas até o fim. A escolha diante da nação é exatamente a escolha do nosso pai de família imaginário.
O que Verissmo esqueceu de contar é que o tal Egídio só compra besteira, se endivida para entrar em negocios fracassados, bate os filhos, bebe cachaça e constuma dar dinheiro para os seus amigos ricos. (Além disso, dizem que ele explora seus filhos. Cobra uns 35% de tudo que eles ganham e não oferece nada em troca. Assim, os garotos vão mesmo continuar passando fome).
quinta-feira, abril 14, 2005
Agora é oficial: quem gosta de Chavez é proto-ditador (Instituições importam - somente? - para dummies - ?)
As notícias da Venezuela não deixam mais margens para dúvidas. Se o povo do Forum Social Mundial - ex-teólogos inclusos - expressaram sua admiração quase irracional por Chavez, é hora de vir a público dizerem o que pensam dos últimos acontecimentos.
Um outro mundo é possível, mas o preço são vidas humanas. Mas o que são alguns milhões hoje quando muito mais serão salvos por um governo forte e popular? Clique no trecho para ler o texto inteiro.
Trecho: A concepção, claro, está errada. Numa democracia, um governo é eleito pela maioria para zelar pela ordem institucional. Elegemos a pessoa (ou o partido) que julgamos mais capaz de fazer esse gerenciamento. E as mudanças só podem se operar segundo regras previamente estabelecidas nessa própria ordem institucional, cláusulas pétreas — e todas as constituições democráticas do mundo têm as suas, com nomes diversos — que nem a maioria esmagadora muda. Revoluções, claro, sustam o processo. Mas Chávez não fez a sua. Ele vai é golpeando o modelo aos poucos. Lá vem fúria, mas escrevo: sim, o PT tentou e tenta fazer isso por aqui. Até agora, tem dado com os burros n’água. Minha hipótese, que acho quente, é a de que vai deixar a revelação de sua natureza — ou a recuperação dela — para um eventual segundo mandato.
As notícias da Venezuela não deixam mais margens para dúvidas. Se o povo do Forum Social Mundial - ex-teólogos inclusos - expressaram sua admiração quase irracional por Chavez, é hora de vir a público dizerem o que pensam dos últimos acontecimentos.
Um outro mundo é possível, mas o preço são vidas humanas. Mas o que são alguns milhões hoje quando muito mais serão salvos por um governo forte e popular? Clique no trecho para ler o texto inteiro.
Trecho: A concepção, claro, está errada. Numa democracia, um governo é eleito pela maioria para zelar pela ordem institucional. Elegemos a pessoa (ou o partido) que julgamos mais capaz de fazer esse gerenciamento. E as mudanças só podem se operar segundo regras previamente estabelecidas nessa própria ordem institucional, cláusulas pétreas — e todas as constituições democráticas do mundo têm as suas, com nomes diversos — que nem a maioria esmagadora muda. Revoluções, claro, sustam o processo. Mas Chávez não fez a sua. Ele vai é golpeando o modelo aos poucos. Lá vem fúria, mas escrevo: sim, o PT tentou e tenta fazer isso por aqui. Até agora, tem dado com os burros n’água. Minha hipótese, que acho quente, é a de que vai deixar a revelação de sua natureza — ou a recuperação dela — para um eventual segundo mandato.
quarta-feira, abril 13, 2005
Doação de órgãos para transplantes, consenso presumido e a UTI do ministro da saúde: o que isso tem a ver?
Como você, leitor mais antigo, sabe, venho estudando o tema da alocação de órgãos cadavéricos humanos para fins de transplantes há muito tempo. Juntamente com o Ari (um dos inexplicavelmente ausentes colunistas deste blog), fizemos um artigo bastante didático sobre o tema que foi publicado no "Estudos do CEPE" da UNISC. O "working paper" está no CEAEE (http://www.ceaee.ibmecmg.br/).
Naquela época, eu me preocupava com o fato de que consenso presumido, na verdade, poderia ser uma forma de engenharia social cruel: tira-se a liberdade do indivíduo de escolher se doa ou não seu órgão e se coloca no lugar desta liberdade perdida a compulsoriedade governamental. Pensava mais ainda: será que o cálculo econômico se dá num vácuo institucional? Afinal, maximização por maximização, um comandante de um campo de concentração poderia fazer o mesmo (ou melhor) com muito mais gente.
Agora, em véspera de eleição, a questão retorna, de outra forma. Trata-se do que já está sendo chamado por alguns de Pobrecídio. Trata-se da polêmica decisão tomada (e rapidamente cancelada) do ministro da saúde de mudar as regras da UTI em hospitais (creio que apenas) públicos. Dados os devidos descontos para a retórica oposicionista, a questão é real, importante e interessante.
Meu co-autor, o Ari, falou algo a respeito. Por telefone. Confesso que não entendi nada do que ele disse. Aí vieram as provas para corrigir e, então, o debate foi interrompido. Mas, elaborando meu ponto melhor, a questão passa por você maximizar fora de um arcabouço institucional (aí vale matar judeus se isto maximizar algum fluxo descontado de utilidade de um nazista) ou dentro de um arcabouço institucional.
No segundo caso, a pergunta relevante é: que tipo de instituição é a mais adequada? Instituições servem à alguém e instituições ruins (em termos de favorecer uma minoria em detrimento do restante da população) não existem sem motivo. Isto quer dizer que é necessário ter um critério para se escolher instituições. Usando Hayek e centenas de obras que descrevem as vantagens da menor intromissão estatal em nossas vidas (descentralização, respeito à lei, coisas que estão em Capitalismo e Liberdade - do Friedman - um monte de artigos do CATO Journal, AER, Journal of Political Economy, O Caminho da Servidão - do Hayek - etc), então podemos passar à maximização.
Em resumo: escolhida a instituição legal mais adequada à prosperidade econômica (e, portanto, social), passemos às políticas públicas e a maximizar seus benefícios sob custos e restrições institucionais dadas e inalteráveis (em grande medida). Não é diferente de se amarrar a voracidade tributária de um governo com uma corrente chamada: constituição fiscal.
Eis meu ponto de vista.
Como você, leitor mais antigo, sabe, venho estudando o tema da alocação de órgãos cadavéricos humanos para fins de transplantes há muito tempo. Juntamente com o Ari (um dos inexplicavelmente ausentes colunistas deste blog), fizemos um artigo bastante didático sobre o tema que foi publicado no "Estudos do CEPE" da UNISC. O "working paper" está no CEAEE (http://www.ceaee.ibmecmg.br/).
Naquela época, eu me preocupava com o fato de que consenso presumido, na verdade, poderia ser uma forma de engenharia social cruel: tira-se a liberdade do indivíduo de escolher se doa ou não seu órgão e se coloca no lugar desta liberdade perdida a compulsoriedade governamental. Pensava mais ainda: será que o cálculo econômico se dá num vácuo institucional? Afinal, maximização por maximização, um comandante de um campo de concentração poderia fazer o mesmo (ou melhor) com muito mais gente.
Agora, em véspera de eleição, a questão retorna, de outra forma. Trata-se do que já está sendo chamado por alguns de Pobrecídio. Trata-se da polêmica decisão tomada (e rapidamente cancelada) do ministro da saúde de mudar as regras da UTI em hospitais (creio que apenas) públicos. Dados os devidos descontos para a retórica oposicionista, a questão é real, importante e interessante.
Meu co-autor, o Ari, falou algo a respeito. Por telefone. Confesso que não entendi nada do que ele disse. Aí vieram as provas para corrigir e, então, o debate foi interrompido. Mas, elaborando meu ponto melhor, a questão passa por você maximizar fora de um arcabouço institucional (aí vale matar judeus se isto maximizar algum fluxo descontado de utilidade de um nazista) ou dentro de um arcabouço institucional.
No segundo caso, a pergunta relevante é: que tipo de instituição é a mais adequada? Instituições servem à alguém e instituições ruins (em termos de favorecer uma minoria em detrimento do restante da população) não existem sem motivo. Isto quer dizer que é necessário ter um critério para se escolher instituições. Usando Hayek e centenas de obras que descrevem as vantagens da menor intromissão estatal em nossas vidas (descentralização, respeito à lei, coisas que estão em Capitalismo e Liberdade - do Friedman - um monte de artigos do CATO Journal, AER, Journal of Political Economy, O Caminho da Servidão - do Hayek - etc), então podemos passar à maximização.
Em resumo: escolhida a instituição legal mais adequada à prosperidade econômica (e, portanto, social), passemos às políticas públicas e a maximizar seus benefícios sob custos e restrições institucionais dadas e inalteráveis (em grande medida). Não é diferente de se amarrar a voracidade tributária de um governo com uma corrente chamada: constituição fiscal.
Eis meu ponto de vista.
terça-feira, abril 12, 2005
Viés lá é igual ao do Brasil?
Pergunta para os universitários: o que se verifica no trecho citado abaixo tem similaridade com o que se vê na academia brasileira? (vale a pena ler a matéria de Cathy Young de onde tirei o trecho)
Reason: The Idle Fool Is Whipt At School: Liberal bias in the ivory tower: "Yet another study has come out documenting what most conservatives consider to be blindingly obvious: the leftward tilt of the American professoriate. The latest report, by political scientist Stanley Rothman of Smith College, communications professor S. Robert Lichter of George Mason University, and Canadian polling expert Neil Nevitte, published in the Berkeley Electronic Press' journal Forum, paints a stark picture of a politically skewed academy. Nearly three quarters of the professors in a 1999 survey of college faculty identified themselves as left/liberal, only 15 percent as right/conservative; 50 percent were Democrats and 11 percent Republicans."
Pergunta para os universitários: o que se verifica no trecho citado abaixo tem similaridade com o que se vê na academia brasileira? (vale a pena ler a matéria de Cathy Young de onde tirei o trecho)
Reason: The Idle Fool Is Whipt At School: Liberal bias in the ivory tower: "Yet another study has come out documenting what most conservatives consider to be blindingly obvious: the leftward tilt of the American professoriate. The latest report, by political scientist Stanley Rothman of Smith College, communications professor S. Robert Lichter of George Mason University, and Canadian polling expert Neil Nevitte, published in the Berkeley Electronic Press' journal Forum, paints a stark picture of a politically skewed academy. Nearly three quarters of the professors in a 1999 survey of college faculty identified themselves as left/liberal, only 15 percent as right/conservative; 50 percent were Democrats and 11 percent Republicans."
A Economia dos Políticos Brasileiros com Interesses do Mundo dos "Artistas"
Bom depoimento do Ipojuca Pontes, ex-ministro da Cultura (da era Collor sim, tal como Renan Calheiros, aliado do PT, era líder do governo Collor no Congresso, para não falar de outras danças políticas...).
Primeira Leitura : Leia : Quando o Estado é sempre o problema e jamais a solução??
Deixe seu preconceito de lado (Marta Suplicy já aceitou o apoio do Maluf e os militantes fingiram que não viram, relaxa, leitor...) e reflita sobre o que diz Ipojuca. Vale a pena arejar a mente nestes dias de Brasil sombrio...
Bom depoimento do Ipojuca Pontes, ex-ministro da Cultura (da era Collor sim, tal como Renan Calheiros, aliado do PT, era líder do governo Collor no Congresso, para não falar de outras danças políticas...).
Primeira Leitura : Leia : Quando o Estado é sempre o problema e jamais a solução??
Deixe seu preconceito de lado (Marta Suplicy já aceitou o apoio do Maluf e os militantes fingiram que não viram, relaxa, leitor...) e reflita sobre o que diz Ipojuca. Vale a pena arejar a mente nestes dias de Brasil sombrio...
Food for (my) brain
Precisa dizer mais? Aí vai o link: Neolibertarian.Net - The Neolibertarian Blogosphere
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segunda-feira, abril 11, 2005
A Economia Política dos Cubanos de Miami
Belo artigo: AFF's Doublethink :: The Castro Generation.
Confira!
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