quinta-feira, setembro 04, 2003

Análise Conjuntural: depois vem mais, gente

Neste endereço, nosso primeiro número do boletim de análise de conjuntura. Trabalheira por: Ari, Marcus e Cláudio, todos do IBMEC.

quarta-feira, setembro 03, 2003

A Economia Política do Provão

Pessoalmente não gosto muito do Provão. Isso não me impede de ver no mesmo um incentivo interessante. Conversando com o Ari hoje, ele levantou um ponto que, penso, é correto: o fim do provão facilita a pressão política do MEC sobre as universidades ou, se você quiser, facilita o uso da corrupção como critério para alocar monopólios (ou outros favores).

O ponto que Ari levantou é simples: o provão tinha, na verdade, uma composição tripla. Você tem 2/3 de avaliação recaindo sobre a instituição e 1/3 sobre o desempenho dos alunos.

Ao retirar o 1/3 final, o governo sinaliza que não se importa com o desempenho destes últimos em sua avaliação. Fica somente o vago critério de "avaliar a instituição". O que significa isto se você não sabe como se sai um aluno numa prova?

Isto equivale à Microsoft extingüir as famosas provas de certificação sem colocar nada em seu lugar. Qual a garantia que você teria de que o técnico de computação formado na universidade A ou B é bom em, digamos, VisualBasic, se ele não passa por um processo de certificação?

Bem, no caso do MEC eu vejo um problema mais grave. Desde a época do regime revolucionário (1964-85) até a era democrática (1986 em diante), que todo aluno universitário ouve denúncias de práticas de corrupção no movimento estudantil. Quantas histórias não existem sobre estudantes profissionais?

O fim do Provão atende a que interesses deste jogo de Economia Política?

Ex-ministro Paulo Renato prevê volta das influências políticas
Capital Social do Mal: Religião e Terrorismo

Se bem me lembro, o Monasterio me disse, um dia, que capital social é um conceito complicado. Por que? Porque eu posso unir forças com você para matar um terceiro. O capital social, tem horas, lembra-me muito o conceito de retornos de escala externos à firma, do Alfred Marshall. Enfim, de qualquer forma, uma análise do terrorismo e da religião, seja ela católica, muçulmana ou outra qualquer, encontra-se aqui, nesta boa entrevista da Reason.

Fica aquela questão: ateus radicais também são perigosos? Óbvio. Quantos criadores de vírus de perfil nerd-ateu você conhece? Um bocado. O que nos remete a outra questão: extremismos geram crescimento econômico? Creio que Stédile não teria a mesma resposta que eu. Nem o Bin Laden.
Discussões bastante futuristas

Discussões assaz futuristas nesta matéria.

Trechos:

In a session on "BioPolitics and the Concept of Human Nature," Alin Fumurescu, a political scientist from the University of Missouri, discussed "The Neuroendocrinology of the Pleasure-Pain Calculus." According to Fumurescu, the nerve pathways for transmitting sensations of pain and pleasure are largely identical, like two sides of the same coin. He believes that this biological find in some way undermines utilitarianism, in which the avoidance of pain and the pursuit of pleasure are seen as the goal of moral action. Instead, Fumurescu argues, the neurobiology confirms an insight about pain and pleasure made by Plato in Gorgias, in which the pain of thirst is satisfied by the pleasure of drinking. (Actually, the point Socrates was making in Gorgias is that pleasure is not equal to the good, and pain is not the same as evil.)

Fumurescu also noted in passing that, contrary to folklore, research shows women are more sensitive to pain than men.
Trocando de sistema de comentários

Como os comentários não voltam...mudei o servidor dos mesmos.

terça-feira, setembro 02, 2003

Inveja do amigo

Uneyoshi foi meu colega no PPGE. A gente chama ele de Une. Como se faz para ter inveja dele? Basta clicar aqui.

Ainda publico um texto assim....risos.

segunda-feira, setembro 01, 2003

Popeye encontra Coase

Desde Ronald Coase que economistas deram um pequeno intervalo antes de citar exemplos de bens públicos. Embora Stiglitz insista, em seu livro de setor público, na foto de um farol marítimo na capa, Coase mostrou que estes eram fornecidos pelo setor privado na Inglaterra, em algum lugar (não tão remoto) do passado.

Bem, este texto aí embaixo prossegue com o estudo da navegação. O ponto é verificar, historicamente, a existência de bens públicos no setor.

A principal lição é: nem sempre a intervenção do governo se dá, como diz a teoria tradicional, por causa da necessidade de se fornecer bens públicos.

Private Provision of Public Goods: Theoretical Issues and Some Examples from Maritime History.

p.s. o provedor de comentários está com problemas. Prometem consertá-lo até, digamos, terça-feira. Até lá, bem, paciência...

domingo, agosto 31, 2003

Foguetes

Finalmente uma tentativa de botar o pé no chão nesta discussão recheada de folclore nacionalista: o programa espacial brasileiro.

Alguém já disse que não existe almoço grátis...e alguém já disse que vantagens comparativas é algo bom de se considerar....

Bem, eis aí algo para se discutir com mais números do que os 21 do acidente. (abaixo, os dados da matéria)


Fonte: O Estado de São Paulo