sexta-feira, maio 23, 2003

Ahá!

Ari, a esposa Patrícia (cujo nome sempre esqueço...), eu e o espírito do Enitz (vai ser furão assim lá em Brumadinho!), ontem, no Black Jack. Resultados:

1. Três economistas juntos podem falar mal de muita gente.
2. Brumadinho deve ser o paraíso na Terra: o Marcus foge prá lá sempre que pode.
3. Enitz furou ontem.

De 2 e 3, pela lógica do aluno que não estuda senão antes da prova, concluo que Enitz mora em Brumadinho.

Ah....o lugar? Bom, mas com preço salgado. Que bem de Giffen que nada....

p.s. Este blog não era para ser assim, intimista, pessoal ou personalista. Mas é a síndrome de quem lê Dr. Slump e assiste Excel Saga (e já gostava de ler livros sobre Anarco-capitalismo e Caos): você fica mais anárquico. Prometo me conter...cumprirei? Perguntem ao Oráculo de Delfos que agora eu tenho de sair. Falou!

quinta-feira, maio 22, 2003

Complicações

Após metade do dia tentando colocar um aviso importante para os alunos, o pessoal da informática me informa: não pode usar acentos (ótimo, eu não gosto deles mesmo), nem caracteres especiais (aqueles que, injustamente, ganharam este qualificativo sem qualquer justificativa...afinal, não vejo nada de especial em "#", "/" ou "(").

Chatice!
Mentes Brilhantes...Robert Tollison

Quando comecei a me interessar por Public Choice, este termo só existia em português nos - então inéditos - trabalhos do prof. Jorge Vianna Monteiro. Eram livros solitários ignorados por gente do mainstream ("isto é política, não é economia") e do estranho mundo heterodoxo brasileiro ("isso não é ciência social, é matemática e economia aplicada a um problema muito mais complexo, dialético, blá, blá, blá).

Naquele tempo conheci James M. Buchanan (ei, eu o cumprimentei! Wow!!! Amazing!!!) e li muitos artigos de um cara que considero o mais profícuo na área: Robert D. Tollison. Quando fundarmos a Public Choice Society do Brasil (este era um sonho meu e do Giacomo, cheguei a trocar 5 ou 6 palavras com dr. Tollison a respeito), ele será meu convidado!

Mas, esquecendo meu turismo de uma semana pela George Mason University em 1999, acho que o leitor (e a leitora) gostaria de saber mais sobre Tollison e seus trabalhos. Aí vou eu:

1. A página dele
2. Um paper interessante dele (bom para inspirar monografias...) aqui
3. E outro paper bacana aqui.

Ah...e ninguém fica inteligente com preguiça de ler ou mesquinharia de gastar tinta de impressão ou, claro, se se entrega ao medo irracional de ler em inglês. Deixa de preguiça, mané! Comece logo a trabalhar para comprar sua quota para o clube dos economistas inteligentes!
Futebol

Qual a lógica econômica do problema do futebol brasileiro?

Ok, temos vários pontos polêmicos, mas esta semana a vedete é o crowding out da regulação governamental que, em essência, diz que se eu tropeçar na geral, o clube é o responsável.

Certo que Coase poderia não resolver isso (embora eu possa imaginar um acordo entre torcidas organizadas e direções de clubes sem muito problema), mas...precisava chegar a este nível de regulação?

Direito e Economia têm muito em comum, mas....palpites?

Links:

1. O tal boicote: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/esportes/2003/05/21/joresp20030521001.html

2. Teorema de Coase (Daniel Ferreira - este é craque!)
http://www2.fgv.br/professor/dferreira/TOCaula1.pdf

3. Sportometrics
http://www.sportometrics.com/index.shtml
http://sixmile.clemson.edu/324/2002/report%204.pdf

Diálogo imaginário

- "Ihh...Cláudio, economia não tem nada a ver com esportes....larga disso".

- "Você acha mesmo isso? Então pense na chamada da matéria do JB acima: Paralisação deve gerar multas de até R$ 54 milhões e ações por danos morais contra TV Globo, clubes, Clube dos 13 e CBF . Ainda acha que a economia não é afetada por um boicote destes?"

quarta-feira, maio 21, 2003

Mulheres Apaixonadas...por Economistas



É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que achar uma mulher apaixonada por um economista.

Complemento: que direi do conjunto (vazio) de mulheres apaixonadas por Economia...

p.s. nada como um momento pop para relaxar após corrigir algumas provas....
Open Source...mesmo?

Siga o trecho abaixo para mais uma discussão sobre direitos de propriedade.

TCS: Tech - Is the Penguin Contaminated?
Open-source proponents claim that their products, like Linux, are more flexible and less "buggy" than proprietary systems like SCO's Unix or Microsoft's Windows. While this claim is arguable, the controversy over intellectual property highlights a serious concern. Since open-source products can be modified by anyone, how does the community make sure that their products don't contain, by accident or purpose, someone else's intellectual property?

Some activists argue that the open-source community can police itself with multiple programmers on the lookout for unauthorized code. But if the responsibility doesn't actually lie with designated individuals, it's easy to see how that idea could quickly go awry
Nada a ver!

Só para fugir do assunto - e voltar ao meu outro assunto predileto (além da Sabrina Parlatore, ou do BBB) - aí vai um bom comentário que nada tem a ver com Economia, mas sim com o genial Anime Excel Saga:

What good will my opinions be for this anime? This anime probably won't appeal to everyone. If you're looking for a solid plot line with great character development, then you've come to the wrong place. If you're lookin to kick back, relax, and watch some nice light hearted comedy, then this is the anime for you. Overall, I thought this anime was great. Even though the story took a backseat in this anime, that wasn't the point. Excel Saga successfully managed to be the craziest, most outrageous anime I have seen so far. I can't really think of any downsides. I think the music for the most part wasn't too great. I never really noticed the music in the background. It might also be that Excel talked so freaking much that there was no time to pay attention to the music (must frantically read subs!). However, this doesn't include the opening or the ending which I thought were great and nicely done. I think what I liked most about this anime was just the pure randomness of it. Nothing, and I mean nothing, is predictable in this anime. Just from the beginning of the first episode, you see Excel going home from school wildly yelling out "Across" without any regard for her surroundings, and the next thing you know, she's rammed by a bus and killed. Who would've guessed it? On top of that, Pedro has to be one of the funniest characters in anime. His simple "NOOOO~~!!!" can bring out so many laughs. Speaking of Pedro, his accent when he speaks Japanese is just plain awesome. I can't describe it. Of course, you gotta love it when the characters try to talk in English. Excel said some pretty interesting English phrases in there. There's just too much to talk about. Every episode has so many new and unexpected things. You just gotta see it to believe it.

terça-feira, maio 20, 2003

Infância

Há muitos anos este que vos escreve passou bons momentos jogando bola com a perna engessada neste colégio.

Semana que vem, estará lá, de novo, mas para falar do excelente IBMEC.

Stay tunned!

domingo, maio 18, 2003

Bobagens

Existe o filme perfeito? O mundo está ficando mais violento? É a necrofilia ilegal no Reino Unido? E, claro, o que é blogeoisie?

Cultura (inútil?) e divertida na BBC. Clique aqui para ler.
A função do Judiciário

Em 1995, Richard Epstein publicou um livro com proposições sobre o papel da Lei num mundo cada vez mais complexo. Sem falar muito sobre o que ele propôs, o nome do livro é: Simple Rules for a Complex World.

Claro que lei é lei, independente da cultura. A prova são os saques em Bagdá, que, apesar da cultura radicalmente distinta da nossa, mostrou-se similar em resultados quando o incentivo é: "não há mais lei e nem quem te puna por transgressões".

Hoje, no "O Estado de São Paulo", a seção "Nacional", tem uma boa série de matérias a respeito do nosso sistema legal. Não que diga muita novidade - o que é, em si, aterrador, não? - mas vale a atenção do(a) leitor(a).
Humor

Ele publicou um clássico (cheio de erros, mas vital para a compreensão da nossa história) e morreu esta semana. Justa homenagem do Elio Gaspari em sua coluna hoje:

1) Resposta de Faoro a um general que lhe ofereceu números de telefones especiais, para a eventualidade de ele sofrer alguma ameaça. (Militares desordeiros tinham seqüestrado o bispo de Nova Iguaçu abandonando-o despido e pintado de vermelho numa beira de estrada):

“General, a minha segurança pessoal é um problema do aparelho de segurança do Estado. Não acho certo aceitar o privilégio de telefones especiais.”



2) Em 1978, o banqueiro José de Magalhães Pinto, dono do Banco Nacional e candidato a presidente da República, mandou-lhe um emissário, convidando-o para vice. Sua resposta:

“Da República, não quero. O que eu aceito é ser vice-presidente do banco dele.”



3) A um curioso que lhe contou ter achado os dois volumes de “Os Donos do Poder” na seção de parapsicologia de uma livraria:

“Talvez esse seja o lugar certo.”



4) A uma secretária que lhe perguntou qual o tratamento que gostaria de receber:

“Chame-me de Vossa Majestade.”



5) A um político que lhe perguntou se aceitaria alguma cargo no governo federal:

“Quero ser embaixador em Haia, desde que a função se torne vitalícia e hereditária.”
Escolas de Pensamento

Gustavo Franco, neste excelente artigo, mostra o quanto este governo federal tem contribuído para a homogeneização do pensamento econômico brasileiro.

Irônico, não?

(...) será que o leitor está sentindo uma diferença muito grande entre os ministros Malan e Palocci, que nem economista é?

O fato é que se o leitor se debruçar sobre a identificação e classificação das criaturas que habitam a floresta acadêmica, facilmente se deixará levar pela impressão de que o Brasil está dividido entre "liberais", "desenvolvimentistas", "estruturalistas", "monetaristas", "marxistas", "keynesianos", "alunos da professora Conceição", "discípulos do Simonsen" e mais umas espécies mais raras: sabe-se da existência de ao menos um "sraffiano", de alguns "regulacionistas franceses", uns "institucionalistas" e de alguns outros tipos mais exóticos, a maioria em extinção, cada qual com as variantes definidas pelos prefixos "neo", "pós", "social", "proto" ou "cripto", e em embalagens "moderadas", "radicais", "diet", "orto" ou "heterodoxo".