terça-feira, agosto 16, 2005

Com que provas Collor caiu?

Com estas (todo o trecho é do link):

O pedido de Bicudo e Lula foi arquivado pelo então presidente da Câmara, o deputado Paes de Andrade (PMDB-PE), hoje embaixador do Brasil em Portugal, e só em agosto de 1992, de posse de quatro provas contundentes, é que a ABI e a OAB fizeram o pedido que daria a partida para o impeachment de Collor.

Resumidamente, as quatro provas foram:
• os depósitos de fantasmas nas contas de Ana Acioli, secretária particular do presidente, para o pagamento das despesas da Casa da Dinda (em torno de US$ 10 milhões);
• a compra do Fiat Elba (US$ 10 mil) pelo fantasma José Carlos Bonfim (comandante Jorge Bandeira de Melo);
• a reforma do apartamento triplex do presidente em Maceió e da Casa da Dinda, em Brasília, com aqueles jardins nababescos, cheios de cachoeiras e luzes coloridas (US$ 1,5 milhão).

Compare com a crise atual, leitor. Espanto-me com e identicamente a Rui Nogueira: Quanta diferença no comportamento entre a oposição de hoje e a oposição de ontem!

domingo, agosto 14, 2005

A boa e velha imprensa

Brigas para todos os gostos.

Veja 6– Diogo, a confissão de Janene e uma certa ética

0h - Diogo Mainardi, em sua coluna intitulada “Chega de ética, Nassif”, lembra ter sido o primeiro, e é verdade, a ter conseguido a confissão de um peixe grande do mensalão (José Janene) de que José Dirceu comandava o esquema. E também responde a uma crítica que lhe foi dirigida pelo colunista Luiz Nassif, na Folha, que o censurou por ter, segundo entende, quebrado o off. Escreveu Nassif: “Para combater a falta de escrúpulos do governo, agora, chega-se a atropelar até valores sagrados da imprensa, como o instituto do off the record. Em uma coluna, em revista de larga circulação, o autor se vangloria de ter passado a perna em um deputado, prometendo-lhe manter uma declaração em off e não cumprindo a promessa". Responde Diogo: “Num artigo sobre Daniel Dantas, ele [Nassif] reproduziu palavra por palavra, sem citar o autor, uma mensagem enviada a diversos jornalistas por Luiz Roberto Demarco. Demarco não é o que se poderia definir como uma fonte isenta. Pelo contrário: ele está processando Dantas na Justiça, numa ação bilionária. Como se pode notar, Nassif é um jornalista ético, que sabe preservar suas fontes. Ele é tão cioso de sua responsabilidade que decidiu copiar até mesmo os erros de grafia da mensagem original de Demarco, como o nome do presidente da Portugal Telecom no Brasil, Shakhaf Wine, chamado por ambos de Shakaf Wine.”