sábado, julho 03, 2004

Espetáculo do crescimento...do governo

Num post abaixo Gilson reclama da carga tributária elevada. Ele tem razão. É que, de forma bem simples, ignorando, por agora, a dívida pública, o governo se financia através de impostos (T). E gasta um bocado (G). Logo, como qualquer firma privada, deve se cuidar para manter, digamos, em valor presente, G - T = 0.

Como fazer isto? Pode-se diminuir G ou aumentar T. Agora, vamos ao raciocínio para dummies. O que você acha que vai acontecer se o governo aumenta o número de cargos públicos, empregando amigos e militantes ou se fica flexível permitindo contratações sem concurso público?

As opções são: (a) T vai subir; (b) G vai cair.

Quer o gabarito? :D
Primeiro foi o sarin, agora ciclosarin. Mas a imprensa não tem mais interesse em divulgar isto, apenas em aplaudir Ho Chi Min...

Onde está a imprensa para dar o destaque merecido às armas encontradas no Iraque? Já acharam sarin (você leu em algum jornal?). Agora até os poloneses encontram gás venenoso.

Mas, claro, a onda é dizer que os brasileiros devem "ser como os vietnamitas e mostrarem aos EUA seu lugar no mundo". Haja arrogância....o governo brasileiro perde mais uma chance de mostrar que possui o equilíbrio necessário para ser uma potência no campo diplomático...

Sobre o novo achado no Iraque: “Provamos serem verdadeiros nossos relatórios e nossas previsões de que Saddam Hussein não havia se livrado de uma grande quantidade de armas de destruição em massa”, acrescentou o ministro de Defesa da Polônia, Jerzy Szmajdzinski.

Sobre a esdrúxula comparação vietcongue: À primeira leitura, parece que o discurso do presidente Lula, na inauguração da mina de cobre de Sossego, em Canaã dos Carajás (PA), não passa de diversão à custa da ignorância histórica. Não uma ignorância por inteiro sobre o Vietnã, a Guerra Fria e os EUA, mas algo pior do que isso: o uso oportunista de um conhecimento superficial, uma historinha apreendida de ouvido e vendida ao público do alto da autoridade presidencial. Lido até o fim, o discurso é muito melhor do que se imagina. É um retrato concluso, de arrepiar, do que é o governo Lula.

O presidente foi muito além da retórica. A cada novo mês no Planalto, quanto maior a retórica, menor o governo. Quanto mais o presidente se esforça para mostrar o que o seu governo está fazendo, mais, ao final, ele mostra o que está deixando de fazer. Em Canaã dos Carajás, Luiz Inácio Lula da Silva esmerou-se na tentativa de mostrar que as exportações recordes são o resultado de uma “forte ação estratégica”, de investimentos em infra-estrutura “puxados pelo governo federal” – como a “ampliação de aeroportos”, a “criação de corredores multimodais integrando rodovias, ferrovias e hidrovias”. Bela prosa! Sem poder citar uma só dessas obras ou enunciar um centavo desse investimento, Lula revelou-se por inteiro e fez uma cândida confissão, não sem, antes, emoldurar com a sua história particular do Vietnã o desígnio que ele oferece ao Brasil.


Por que foi que perdi esta chance histórica de anular meu voto....ah, droga...

quinta-feira, julho 01, 2004

E agora, google?

O "grande google", colega de todos nós e preferido engenho de buscas de nove entre cada dez internautas, na mira da lei. Por que? Confira: Wired News: Lawsuit: Google Stole Orkut Code.
A ética na política frente à economia política

O governo federal não poupa esforços: se algo der errado, é culpa do governo anterior. Se algo der certo, é mérito deles. Se não der, é porque a ditadura não veio (= "culpa dos outros partidos que impedem a ação dos jedis do partido de Lula"). Nunca a militância, tradicionalmente barulhenta e até agressiva nas discussões de boteco, esteve tão calada.

É que a economia política tem uma lógica inescapável. Os caras podem tentar te enganar com o discurso de que são melhores que os outros (uns até realmente se acham assim), mas são todos iguais: agentes maximizadores e racionais. Sejam eles do partido do presidente ou não.

O melhor exemplo de que nada mudou é Waldomiro? Benedita? A barganha pelo mínimo? Os afagos para a Globopar? Olha, eu não sei, mas esta última apenas complementa a incrível ética entortada de que empregar milhares de cargos de confiança e exigir deles um percentual fixo do salário "não significa mudança de compromisso ético".

É por isto que as pessoas precisam ler coisas mais bem fundamentadas sobre política. Eu sugiro este livro.

Dá gosto ler a apresentação do livro: “Politics by principle is that which modern politics is not. What we observe is ‘politics by interest,’ whether in the form of explicitly discriminatory treatment (rewarding or punishing) of particular groupings of citizens or of some elitist-dirigiste classification of citizens into the deserving or non-deserving on the basis of a presumed superior wisdom about what is really ‘good’ for us all. The proper principle for politics is that of generalization of generality.”
—James M. Buchanan, from the Preface

In his foreword, Hartmut Kliemt sums up the main objective of James M. Buchanan and Roger Congleton’s Politics by Principle: “Imposing constitutional constraints on majoritarian politics such that a more principled pattern might emerge must be a political aim of high priority for all who wish for free and responsible citizens to live together peacefully as political equals under the rule of general laws. Buchanan and Congleton’s efforts to revive the classical liberal agenda in Politics by Principle, Not Interest are of the greatest interest in that regard. And this interest is not merely a theoretical one.”

As James Buchanan notes in introducing his co-author Roger Congleton, Politics by Principle, Not Interest “embodies the working out and presentation of a single idea…the extension and application of the generality principle to majoritarian politics.” After laying out the theory, Buchanan and Congleton attempt to work it out in practical political reality. Buchanan notes that “it is much easier to discuss the generality principle as an abstract ideal than it is to define the precise conditions for its satisfaction in any particular setting.” Not daunted by the difficulty of the task, the two authors succeed brilliantly in applying the generality principle to the political arena. They are interested not in laying down precise do’s and don’ts for politics, but in pointing out the ideal of nondiscriminatory governance and calling for constitutional constraints on political action so it conforms more closely to the generality norm.

James M. Buchanan is an eminent economist who won the Alfred Nobel Memorial Prize in Economic Sciences in 1986 and is considered one of the greatest scholars of liberty in the twentieth century.


Agora, cá para nós, esta leitura passa longe da biblioteca do Planalto, dos sindicatos, etc. Uma pena.

quarta-feira, junho 30, 2004

Se lá tá assim, que dizer daqui...

Assino embaixo do título do artigo do Thomas Sowell: Thomas Sowell: It's time for journalists to study a little economics.

Faço preço camarada para jornalistas sinceramente interessados em aprenderem economia :)
Humor

Eu não teria dito melhor que W.H. Hutt - economist and classical liberal: "Most economists have their works forgotten after they're dead. I've the unique distinction in having had all my works forgotten while I'm still alive."

Isto sim, é bom humor.
Shaolin Trademark - imitadores serão processados

O templo de Shaolin é perfeitamente compatível com o mercado. Quem diz isto é o próprio pessoal de lá. Se você não acredita, veja o trecho a seguir: China's Shaolin temple, famous for its monks' martial-art skills, has applied for trademark registration in more than 80 countries to protect the authentic "Shaolin spirit" from being violated.

A survey by the China Trademark and Patent Law Office found that many countries were competing to register their own trademarks of Shaolin or Shaolin temple, the Xinhua news agency reported.

On the west coast of the United States alone, there are three Shaolin temples. In Europe, Shaolin temples can be found in Vienna and Budapest.

"These Shaolin temples have nothing to do with Shaolin temple in Songshan, Henan province," said Shi Yanlu, chief martial arts trainer of the Buddhist complex.

Shi Yongxin, abbot of the temple, added: "We cannot perform Shaolin kung-fu when going abroad for cultural exchanges otherwise the holder of the Shaolin kung-fu trademark in the local place would accuse us of violation."


Uma hora destas o pessoal africano patenteia a capoeira e aí acabou a festa brasileira... :D

terça-feira, junho 29, 2004

Mais humor

Esta foi achada pelo Gilson. Juro.

Descoberta droga que pode ser afrodisíaco para mulheres

Reuters

WASHINGTON - Uma droga que parece tornar ratas loucas por sexo pode resultar no primeiro afrodisíaco para mulheres com poderes cientificamente comprovados, disseram pesquisadores dos Estados Unidos e do Canadá nesta segunda-feira.

A droga é o PT-141, do laboratório Palatin Technologies. Ela está sendo desenvolvida contra a impotência masculina, mas os pesquisadores disseram que, nos testes, ela despertou a libido de fêmeas de ratos.

"De acordo com isso, o PT-141 pode ser o primeiro agente farmacológico identificado com a capacidade de tratar de distúrbios da libido feminina", escreveram James Pfaus, da Universidade Concórdia, de Montreal, e seus colegas em artigo na revista "Proceedings", da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

Os pesquisadores (da universidade canadense e também do laboratório Palatin) disseram que as ratas que receberam doses do PT-141 eram mais abertas ao flerte.

"As fêmeas tratadas com a dose mais alta chegaram mesmo a tentar montar nos machos", escreveram. Em ratos, isso é sinal de impaciência sexual.


Eu sempre achei a Minie uma promissora cientista... :D
Humor

“É um fato importante, e conhecido por todos, que as coisas nem sempre são o que parecem ser. Por exemplo, no planeta Terra os homens sempre se consideraram mais inteligentes que os golfiinhos, porque haviam criado tanta coisa – a roda, Nova York, as guerras, etc -, enquanto os golfinhos só sabiam nadar e se divertir. Porém, os golfinhos, por sua vez, sempre se acharam muito mais inteligentes que os homens – exatamente pelos mesmos motivos”. [Douglas Adams, O Mochileiro das Galáxias, p.151]
Mais mapas


Fonte: Foreign Policy: Cost of Cyberliving

Aposto que alguém, na tal Academia Brasileira de Ciências, vai querer, também, a criação de uma agência estatal que tenha caráter regulatório de financiamento, qualidade e expansão da INTERNET e a instalação de um conselho de regulação DA INTERNET com a participação de toda a sociedade.

Não é o que vimos no post abaixo? Heim? Heim?

Nota mental: o IBMEC-MG fornece aos seus alunos acesso à internet gratuito. Logo, já cumpre sua função social. Talvez as universidades públicas devessem ser multadas por não fazerem o mesmo. E aí? Heim? Heim?

Menos brincalhão (mas ainda brincalhão, claro), considere os dados do link de onde veio o mapa. O custo médio do cybercafé no Brasil é de U$ 3.45/hora e existem 7.48 computadores para cada 100 brasileiros.

Agora, veja só: o IBMEC-MG disponibiliza um laboratório imenso mais uns 10 computadores nos corredores para os alunos usarem por tempo ilimitado. Isto quer dizer que cada aluno que não estuda, mas passa o dia todo na faculdade, digamos, umas 6 horas fingindo que está estudando (o pai dele não pode monitorá-lo pois o custo de fazer isto é maior quanto maior o salário mensal dele), leva para casa U$ 20.7. Com a taxa de 3.13 reais por dólar, temos, em reais: R$ 64.791. Se o aluno faz isto 22 dias por mês, então o valor é de R$ 1.425,402. Pelo menos a faculdade é privada e pode recuperar parte deste custo na mensalidade. He, he, he.
As garras do governo

O que o MEC pensa da educação básica? Eu não sei. Seguindo a lógica da militância, educação básica é "coisa do Banco Mundial", certo?

Mas quanto às universidades, veja esta: Tarso quer unificar conselhos que fiscalizam Educação

Trecho: Pela manhã, em reunião no Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), o ministro acertou criar um grupo de trabalho envolvendo a instituição, o MEC e Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior para debater propostas específicas para fazer uma ponte entre universidade e política industrial.

"Queremos que algumas disciplinas que tenham vinculação com a tarefa de excelência desempenhada pelo Inmet sejam contempladas na reforma", disse Tarso.

Mais tarde, na Academia Brasileira de Ciências, ouviu duas propostas para a reforma universitária: a criação de uma agência estatal que tenha caráter regulatório de financiamento, qualidade e expansão da universidade e a instalação de um conselho de regulação universitária com a participação de toda a sociedade.

Esta última teria uma função deliberativa, ao contrário do papel consultivo defendido pelo MEC. Perguntado se as sugestões serão aceitas, o ministro disse: "Não rejeito, nem acato, vamos discutir".


O negrito é por minha conta. A pergunta é: quem fez esta proposta maluca?
Mais sobre o Iraque

A opinião do Haaretz (jornal israelense) - Haaretz - Israel News - Kurds cast wary eye on Iraq handover - destaca o problema dos curdos, que ainda desejam um estado independente.

O Arab News (jornal saudita) consegue passar longe destas discussões e ainda consegue colocar o confronto entre Israel e Palestina sob o título:
Kingdom Welcomes Iraq Power Transfer
.

O Los Angeles Times destaca a necessidade de segurança em Iraqis Quietly Take Power After Bremer's Early Exit. Trecho: "We need them here," Sgt. Waadi Mohammed of the fledgling army said of the coalition forces. "I don't want them to go. We would kill each other."

Os portais nacionais, bem, estes você já leu. :D
Mais sobre o que os iraquianos esperam do novo governo

FOXNews.com - U.S. & World - Iraqis Rejoice, Warn Terrorists on Radio

Trecho: "I send my congratulations to all Iraqis and every Iraqi home," a woman who identified herself as Um Yassin gushed, her voice choked with emotion. "I want to tell Dr. Allawi to be bold, to be strong. We need him to build up the army because we need them at a time like this."

Her message was echoed by dozens on the day Prime Minister Allawi was given a letter transferring sovereignty back to the citizens of Iraq after about 14 months of coalition administration.

But in the midst of adulation for the new government, callers urged that all must be vigilant for insurgents seeking to sow more chaos in a country plagued by violence since Saddam Hussein's regime was toppled.

"I send all the Iraqi people my blessings," said Ali, a caller from Baghdad (search). "But I warn these terrorists, all the Iraqis will rise up and strike them with steel."
Excelente argumento sobre "comments" em blogs

Trecho: I GOT AN EMAIL THE OTHER DAY slamming me for not having comments on my site. I get those occasionally, and they're usually nasty enough that they're self-refuting -- yeah, I really want to give you a platform, buddy. . . .

But, as Eugene Volokh noted in a discussion of this topic a while back (read it, as I agree entirely and he said it better than I could, as usual), the worst part isn't the flaming by people who don't agree with you, it's the nasty comments by people who generally agree with you.

For example, Q&O made a perfectly reasonable point about James Rubin, only to see the comments degenerate into nasty remarks about Rubin's wife, Christiane Amanpour. I don't like Amanpour, whom I regard as excessively agenda-driven, but I wouldn't want her called names like that on my blog. Which means I'd either have to edit such comments out, or live with it. I don't have the time for the former, and I'm not willing to do the latter.


Clique aí em cima para ler todo o post.
Iraque é soberano agora

Qual será a justificativa para matar reféns agora?

A Grand Mission Ends Quietly (washingtonpost.com)

segunda-feira, junho 28, 2004

Compre e me dê de presente (I)

Fiquei entusiasmado com o problema da lactose e, certamente, o leitor não vai me dar aquele livro de presente. Como sou insistente, aí vai outro, entre uma leitura e outra de DEA (sou co-orientador de uma aluna que trabalha no tema...), que gostaria de ler. Trata-se do The Case Against the Democratic State cuja resenha está feita no link abaixo.

Philosophy Now

Compre e me dê de presente. Aceitarei com alegria. :D
Lactose e direitos de propriedade

Poderia a intolerância à lactose determinar as instituições adotadas por um povo? Quando um marxista como Immanuel Wallerstein e Charles Tilly elogiam um livro, então é hora de considerar seriamente a pergunta.

Parece ser o caso deste livro: When Histories Collide : The Development and Impact of Individualistic Capitalism, do falecido Raymond Crotty. Um trecho, de uma resenha do mesmo, é este:

In ancient times the acquisition of lactose tolerance made it possible for more pastoralists, and therefore more efficient pastoralists, to subsist on given pastoral resources. It shifted the ancient balance of power from the crop-growing, lactose malabsorbent peoples who built the first city civilisations in the valleys of the Tigris, Euphrates, Indus, Nile and Yangtze, toward the pastoralists.

The modern world is one created by the Indo-European pastoralist peoples who, having acquired lactose tolerance, domesticated the horse and discovered metallurgy. Their acquisition of lactose tolerance was the basis of their survival and increased living standards.

They entered western Europe four to five thousand years ago and used their cattle to clear the forest and grow crops. They used capital, in the form of cattle, seeds and implements, to raise their output by their own efforts.

Whereas production in all other societies had been determined by the fixed amount of land or slaves available, neither the amount nor productivity of capital was inherently limited. In Crotty’s view, this was the origin, uniquely in Europe, of capital, individualism and the rule of law.

The rule of law in Europe was the expression of the unique political-economic relationship that existed between the individual and society in a situation where land did not limit production and where the individual’s production sustained himself and simultaneously enhanced the productivity and security of his fellows.

The individual hunter-gatherer, the individual on the communally grazed rather than individually owned pastures of the Asiatic steppes, and in the crowded river valleys of crop-growing ancient society, were powerless to add to productivity by their own efforts. Rather, by their presence they reduced the amount available to all the other members of society.


Ver também este paper (em pdf). Mas, provavelmente o Leo sabe mais sobre o autor do que eu...
Onde está o neoliberalismo?

Eu já fui mais otimista quanto a Bush. Aliás, até a provocação de Bin Laden ele ia na direção certa, intervindo menos mundo afora. Depois a questão, pelo menos para mim (Gilson e eu pensamos bem diferente quanto a isto, o que nunca nos impediu de admirar a Juliana Paes, por exemplo), passou a ser a de "second best".

Mas sem entrar nesta discussão, veja que o liberalismo econômico, embora seja uma boa idéia e, argumenta-se, "vencedora", está um pouco longe da realidade. Aliás, num pequeno livro de leitura bem tranquila, David Henderson ("Antiliberalismo 2000", editora UniverCidade) fala, exatamente, disto: apesar do discurso do pessoal do "um outro socialismo real é possível", o liberalismo não tem sido tão vitorioso quanto cantado por alguns liberais entusiasmados ou manifestantes radicais mais violentos.

Aí vai, como sempre, um gráfico para pensar.


Fonte: June 24, 2004: Since 9/11, Federal Spending Under Bush Increases at Fastest Rate in 30 Years: The Independent institute
Porque uma feminista deveria ser contra os talibãs

Simples. Se ela quiser votar em alguém, para alguma coisa. Os talibãs não apenas mudaram o governo da Espanha à força como agora matam mulheres que votam. Uma lástima.
Suspected Taliban kill 16 registered to vote, UN vows push on with polls

domingo, junho 27, 2004

Avaliação de desempenho: incentivo bom?

Afinal, é um bom instrumento? Duas opiniões no blog (link fixo ao lado) "Tax Prof Blog". Na verdade, o "post" é construído a partir de dois outros blogs, um do sensacional Eric Rasmusen (o grande cara de Jogos). O link é este: TaxProf Blog: Professorial Musings on Student Evaluations.

Mas o texto do Rasmusen vale a pena e está aqui. E, para despertar seu interesse, um bom trecho: This question will have growing importance. Why, indeed, do we have people with PhD's, or people who have scholarly credentials, teaching at all? If student satisfaction is the key, universities should hire cheaper teachers who know more about presentation than they do about substance. And, indeed, maybe teacher quality is unimportant, and this would work out fine.

There is one dimension, however, in which I think it is clear that teacher quality is tremendously important, though it is a dimension that barely enters the student evaluation process: course planning. If the right material isn't on the syllabus, we can be sure the students won't learn it. So if we do move to nonscholarly teaching, ti will be important to have scholars still designing the courses.


Eu não diria melhor. Trata-se de uma questão polêmica? Claro. Mas o ponto dele é correto: se o sujeito é consumidor, não há porque o MEC (ou sua tia Cotinha) exigir mestres e doutores ensinando. Contrate um showman. Por outro lado, se o aluno é insumo e o cliente é o mercado, então estas avaliações deveriam, mesmo, ter um peso pequeno para se entender se um professor é "bom ou ruim".

Isto não quer dizer que aluno não possa ter razão em reclamações (tenho colegas que acham que aluno só fala bobagem. Isto pode ser verdade, mas não sempre. E, cá para nós, corporativismo não é meu forte). Mas o ponto não é este.

Se jogador de futebol só ganhasse aumento por causa de piruetas no campo, a seleção alemã mandaria todo mundo embora e contrataria o pessoal da Ópera de Pequim...
Bom teste

Acho que preciso voltar ao jardim de infância....:)

My inner child is six years old today

My inner child is six years old!


Look what I can do! I can walk, I can run, I can
read! I like to do stuff, and there's a whole
big world out there to do it in. Just so long
as I can take my blankie and my Mommy and my
three best friends with me, of course.


How Old is Your Inner Child?
brought to you by Quizilla

Se até os insetos podem...

Artigo de biólogo mostra: mesmo sem intervenção do governo ou de seus "grupos de trabalho", os insetos constroem instituições...

Isto me lembra o título de um livro - que não li - do saudoso prof. Og Leme: "Os cupins e os homens". Acho que, se vivo estivesse, ele, com seu bom humor, diria: se até os cupins conseguem, talvez o Brasil ainda consiga. Há esperança.

E daria uma sonora gargalhada.

Social insects point to non-genetic origins of societies

Trecho: From her work studying social insects, Arizona State University biologist Jennifer Fewell believes that these remarkable animals suggest a an alternate cause behind the development of complex societies. In a viewpoint essay in the September 26 issue of the journal Science, Fewell argues that complex social structures like those seen in social insect communities can arise initially from the nature of group interactions -- the inherent dynamics of networks.