quinta-feira, junho 05, 2003

Blogs

Pessoal, o blog tá migrando e devem ocorrer uns bugs por aqui as soon as (un)desirable. Então preparem-se.

No mais, pensando e tentando pensar mais.

quarta-feira, junho 04, 2003

G - T = ...

terça-feira, junho 03, 2003

O Mundo de Bobby

1. Internet, Bobby e cartas - Ok, olha só que legal: após ter parado de publicar as Cartas de Porto Alegre (passei a enviá-las via email mesmo), até que a reação das pessoas tem sido maior. Tem gente que nunca vi (como a Larissa Zanette) que sempre me envia palavras simpáticas. Tem o rabugento do Wallace (vulgo "Pato Donald") que reclama de tudo (ele não seria ele mesmo se não reclamasse) e tem sempre os tradicionais comentários de outros amigos e colegas.

A Internet tem destas coisas. O próprio Leo Monastério, meu amigo sempre presente neste blog foi um caso destes. Acho que o conheci na natimorta A Hora do Café. Enfim, este é meu primeiro comentário. O Bobby? É amigo do Mário...

2. Aulas, alunos, aulunos - Hoje tive uma sessão de generosidade (pontos extras) com alguns alunos. Tenho de registrar a apresentação bastante desinibida da minha aluna Cristina. Pela primeira vez, no semestre, ela tirou aquele piercing que usava no nariz. E não é que a apresentação foi muito boa? Penso mesmo em patentear a lei de Cristina: apresentações de trabalho podem melhorar conforme dois efeitos. O primeiro, o efeito-renda, é proporcional aos pontos almejados (normalmente, um bem normal). O segundo é o efeito-substituição, dado pela retirada do piercing. Qual será que funcionou mais hoje? Os "aulunos" vão dizer que foi o efeito-substituição...ou não?

Finalmente, acho que vou acabar publicando aqui minhas dicas para o stress, com ênfase no lazer nipo-brasileiro. Não é o lugar apropriado mas, caso comentem pedindo, eu o faço. Enquanto isso, vamos descansar um pouco e almoçar.
Economia, Direito...e a diferença institucional entre países

Aí vai um breve comentário sobre um novo artigo - que eu gostaria de ler... - e que trata de um importante setor de qualquer país (que o novo presidente chamou de "caixa preta", seja lá o que ele tenha querido dizer).

RACE, POVERTY, AND PERSONAL INJURY AWARDS

For years lawyers have talked about "the Bronx effect," the idea that juries from high-poverty areas with large minority populations favor injured plaintiffs. But anecdotes aside, little hard evidence has been brought forward one way or the other. The paucity of analysis on the role of race and poverty in the American tort system -- and growing interest in tort reform -- makes a new study published in the JOURNAL OF LEGAL STUDIES (v. 32 (1), Jan. 2003) all the more interesting.

According to the study's authors, economists Eric Helland and Alexander Tabarrok, research director of The Independent Institute, tort awards are significantly higher in counties and jury districts that have high black and Hispanic populations and poverty rates.

Among Helland and Tabarrok's findings:

* As white poverty increases, jury awards decrease; but as black poverty increases, jury awards increase.

* A one percent increase in the black poverty rate is associated with a three to ten percent increase in the average size of a personal injury award.

* A one percent increase in the Hispanic poverty rate is associated with a seven percent increase in the average size of a personal injury award.

* Forum shopping for high-poverty minority counties could raise awards by hundreds of thousands of dollars.

See "Race, Poverty, and American Tort Awards: Evidence from Three Datasets," by Eric Helland and Alexander Tabarrok (Requires university subscription to the Journal of Legal Studies). (Scroll down for link to working paper pdf.)

segunda-feira, junho 02, 2003

Revista do IBMEC

Sua universidade já assina?

O último número tem vários artigos. Os títulos estão listados aqui.

domingo, junho 01, 2003

Mulheres avançam no mercado de trabalho informal....e isso é ruim

Claudio é machista? Julgue por você mesmo. O link abaixo te leva para uma notícia peculiar: mulheres estão avançando no mercado de trabalho...de sequestros! Detalhe: elas são, na maioria, adolescentes. Na verdade, isso mostra que o mercado funciona, para o bem ou para o mal (como um liquidificador...com sua mão ou um mamão dentro, ele vai funcionar).

O governo, como se sabe, impõe restrições ao trabalho de menores. Na prática, a pobreza de muitas famílias faz com que as mesmas nem sempre cumpram esta lei - que, com boas intenções, pode não estar ajudando muito...

Obviamente, há um trade-off. Ou o governo reprime a violência do crime, diminuindo a demanda por adolescentes, ou então proíbe o trabalho de menores, deixando as meninas à disposição dos sequestradores. Obviamente que seria ótimo poder diminuir a necessidade de trabalho infantil, mas isto é pode demorar a ser corrigido. Triste dilema.

Fonte: Jornal da Tarde

Links:

1. Is There Any Way to Stop Child Labor Abuses? - Business Week. n3526. May 12, 1997. p. 22. (Gary S. Becker)

2.
Why is Child Labor Illegal?

3. Is Child Labor Inefficient? (Jean-Marie Baland)
Economia da Beleza

Veja o título da matéria de hoje no caderno de Economia do Estadão:

Beleza, a indústria que resiste à crise - Setor cresce em média 5% ao ano no País, e faturou R$ 9,6 bilhões em 2002

Acha que não é importante estudar um setor deste? Bem, nos EUA, quem andou fazendo estudos sobre isso é o Daniel Hamermesh que, aliás, tem um livro (draft?) com um nome parecido com o deste blog! Uau!

Links:

1. http://www.eco.utexas.edu/faculty/Hamermesh/EIE.html

2. BEAUTY PAPERS

General: "Beauty and the Labor Market," American Economic Review, 1994 PDF Version

Lawyers: "Beauty, Productivity and Discrimination; Lawyers' Looks and Lucre," Journal of Labor Economics, 1998 PDF Version

Ad. execs: "Business Success and Businesses' Beauty Capital," Economics Letters, 2000 Word Version

China: "Dress for Success: Does Primping Pay?" Labour Economics, 2002 Word Version

College Teaching: "Professors' Pulchritude and Putative Pedagogical Productivity," 2003 PDF Version


p.s. Curiosamente, na página do genial Hamermesh, há um links para uma foto dele. Bem, eu não o achei bonito, mas o interessante é que a foto é bem maior do que normalmente você vê nas homepages tradicionais....
A Economia Política da Oposição

Este excelente artigo do Gustavo Franco - que bem poderia ser um assessor do ministro da fazenda atual - tenta responder uma questão bem simples: qual o custo da oposição?

O custo de chegar ao Poder
GUSTAVO FRANCO
Quando o PSDB era governo, o PT fazia uma oposição que hoje sua própria liderança reconhece ter sido agressiva e mesmo destrutiva. Tudo era entreguismo, submissão aos banqueiros e ao capital especulativo, ou motivo para CPIs. Reformas, imagine, nem pensar, a Constituição Cidadã era uma uma conquista e portanto intocável.
Hoje se percebe que tudo, ou quase tudo, era teatro, e que o objetivo era o de atrapalhar o projeto de poder do PSDB, mesmo que para isso saísse prejudicado o Brasil. Assim é a política. A liderança petista candidamente admite a esperteza, digna de grandes raposas do passado, e faz seu "Mea Culpa" com sorrisos de cantos de boca, como se fosse uma leve travessura sem maiores conseqüências. Afinal de contas, no plano estritamente político, a estratégia foi bem sucedida, eles maximizaram o desgaste do PSDB em passar reformas (que foram boas para o Brasil e que ninguém tenciona desfazer) e, ao fim das contas, ganharam as eleições.
A liderança petista reconhece, portanto, que impediu no Parlamento, no Judiciário ou mesmo nas ruas, como nos tumultos contra as privatizações, o avanço de reformas, como a da Previdência e do Sistema Tributário, que agora - seis ou sete anos depois - elegeu como prioritárias e urgentes para a restauração do crescimento.
(...)
Pois bem, quanto custou ao Brasil atrasar em seis ou sete anos a seqüência de reformas que começa com a da Previdência e do Sistema Tributário e deve prosseguir com a reforma trabalhista e muitas outras?

Medido em bilhões de dólares, ou em pontos porcentuais do PIB, foi imenso o prejuízo ao país causado pela escolha "pragmática" feita pelo Partido dos Trabalhadores, mesmo que a conta se limitasse unicamente aos efeitos financeiros diretos das nova legislação hoje proposta. Para se saber esta quantia exata basta perguntar ao ministro Berzoini quanto terá a Previdência de ganhos com a reforma nos seus primeiros sete anos. A resposta seguramente vem em bilhões de dólares e tem dois dígitos. Este foi o custo, em dinheiro de hoje.

Os efeitos indiretos são mais difíceis de calcular: a dívida pública não teria crescido tanto, os juros não precisariam ter sido tão altos, o crescimento teria sido maior, o país estaria mais robusto e competitivo diante das crises externas posteriores a 1997. Qual seria a taxa de desemprego hoje, ou a taxa de juros, se a Reforma da Previdência tivesse sido feita há sete anos atrás?