sábado, março 20, 2004

O livro que o Leo vai comprar

Eu versus uma certa massa amorfa...

Bom artigo do Reinaldo Azevedo. Clique no trecho abaixo para ler o restante.

Estou entre aqueles que têm enorme indisposição com as chamadas culpas coletivas. Quando dava aula de redação, ameaçava com zero o aluno que resolvesse culpar “o homem” por isso ou aquilo: do desmatamento à extinção da ararinha-azul, passando pelo consumo excessivo de carboidratos. E também pesava a espada do zero sobre a cabeça daqueles que atribuíam as mais variadas culpas a um ente sempre disposto a marchar na contramão do bom senso: esse tal “o brasileiro”. Era um instrumento de educação estilística e política a um só tempo.

A questão estilística é fácil de explicar: os que se colocam fora das culpas coletivas só o fazem na presunção de que descobriram a cornucópia de todas as idéias redentoras que hão de salvar “o homem” de si mesmo. Já não agüentava mais ler redações contra a guerra, o desmatamento, a poluição dos rios, o egoísmo, a crueldade com os animais. Ninguém vai muito longe na selva do estilo se está preocupado apenas em fazer o bem. Melhor integrar-se a algum convento ou iniciar uma obra de caridade.

sexta-feira, março 19, 2004

Combate ao terrorismo: o trade-off

Qual a melhor forma de se combater o terrorismo?

a) cobrando mais impostos e aumentando a burocracia do setor de espionagem ou...

b) incentivando o mercado a desenvolver tecnologia para anular as ações de terroristas?

Você é o dono do orçamento, você vota. Logo, você decide. Mas antes, leia esta pequena matéria da New Scientist.

Vigilance and intelligence will always be the best weapons against terrorism. But it may possible to make it harder for terrorists to turn one readily available chemical into bombs.

Ammonium nitrate, a widely used fertiliser, has been used in several IRA attacks, the World Trade Center bombing in New York in 1993, the Oklahoma City bombing in 1995 and the Bali bombing in 2002. The massive bomb found outside the US embassy in Karachi, Pakistan, on Monday also contained the chemical, according to some reports.

Millions of tonnes of ammonium nitrate are produced each year for use as a fertiliser. Mining companies turn small quantities into an explosive by mixing the chemical with fuel oil. While it is not necessarily easy for would-be bombers to do this with fertiliser-grade ammonium nitrate, it is not impossible.

Now Speciality Fertilizer Products, a company based in Belton, Missouri, is patenting a water-soluble polymer coating for the fertiliser granules that repels fuel oil. The coating dissolves rapidly in soil, so it would not interfere with ammonium nitrate's main function as fertiliser.

If it works and is widely adopted, the treatment could make it harder for terrorists to turn fertiliser-grade ammonium nitrate into bombs, and could also help prevent industrial accidents.
Davi (UFPel) está de parabéns

Lancei o desafio para os meus alunos e nenhum deles foi capaz de fornecer uma única resposta. Em contraste, Davi (aluno do Leo) não só calculou o que eu pedi, como foi além.

A sequência de mensagens é esta (prestem atenção na hora das mensagens. Meu desafio foi ao ar às 9:42. Descontando-se a natural defasagem de tempo, ele respondeu muito rapidamente. Digamos que o relógio dele estava atrasado. Ainda assim, a resposta dele veio em aproximadamente uma hora (o desafio tinha como regra fechar o tempo às 17:00).

Leo, vale realmente um prêmio. Afinal, muito mais do que os pontos, é bacana ver o interesse do sujeito. Davi, Rodrigo e demais (a Luciana estava lá, mas eu não a conheci) podem contar comigo. No que puder ajudar, eu ajudo (notadamente o dr. Davi aí, né? :D ).

From: Davi Coswig Zell
To: Leonardo Monteiro Monasterio
Sent: Friday, March 19, 2004 10:55 AM
Subject: Cálculos


Realizei os cálculos dos anos de 2001 e 2002.

Você trabalhou no ano de 2001 123,5 dias para o governo, quer dizer que começou a trabalhar para si a partir do 124,5 dia.

Já no ano de 2002 a situação piorou, para o governos você trabalhou 130,9 dias, começando a trabalhar para juntar o seu dinheiro a partir do 131,9.

O ano de 2003 está meio complicado de achar os dados, mas ainda estou procurando.

Um abraço.

Davi

De: Davi Coswig Zell
Enviada em: sexta-feira, 19 de março de 2004 11:31
Para: Leonardo Monteiro Monasterio
Assunto: Cálculos

Não existem dados ainda, no entanto, segundo o IPEA houve uma diminuição de 0,22% no PIB, levando em consideração o PIB do ano de 2002 que foi da ordem de 1321,49 milhões, esta diminuição resultaria num valor do PIB de 2003 de 1318,58 milhões.

Já os dados da carga tributária segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) o valor da arrecadação de 2003 foi da ordem de 546,97 milhões.

Resultado encontrado, trabalhou-se no ano de 2003 nada mais nada menos que 151,4 dias para o governo, você só conseguiu fazer seu pé de meia a partir do 152,4 dia.

Acho que os cálculos estão corretos.

Um abraço.

Davi
Osama Bin Laden e a lavagem cerebral

Interessante matéria com ex-membro do clube dos amigos de Bin Laden, um conhecido turista dos meus amigos gaúchos.

Confissões do segurança de Bin Laden | Terror & Radicalismo | Deutsche Welle | 03.07.2003
A guerra no Iraque foi por causa do petróleo...pelo menos para os franceses

Do mesmo jornal que, outro dia, Gilson linkou aqui (agora eu o leio com alguma regularidade), matéria interessante sobre a interessante posição francesa na guerra do Iraque.

MANY Americans are convinced even today that the war in Iraq was all about oil. And they're right - but oil was the key for French President Jacques Chirac, not for the United States.

In documents I obtained during an investigation of the French relationship to Saddam Hussein, the French interest in maintaining Saddam Hussein in power was spelled out in excruciating detail. The price tag: close to $100 billion. That was what French oil companies stood to profit in the first seven years of their exclusive oil arrangements - had Saddam remained in power.
Por que o governo cresce no Brasil?

Qual o tamanho do governo? Mais importante: por que o governo cresce? E, mais ainda, quantos dias de escravidão (definida como horas de trabalho suas involuntariamente cedidas ao governo) você tem por ano?

Sobre o Tamanho e o Crescimento do Governo (Ronald O. Hillbrecht)

Quantos Dias Nós Trabalhamos para o Governo em 2000? - Giacomo Balbinotto Neto

Agora, esta é para o leitor: se você fizer as mesmas contas que Giacomo fez para 2000 em 2001, 2002 e 2003, quantos dias de trabalho você perdeu para o governo?

Se você é aluno meu, considere isto: aquele que colocar um comentário aqui, até as 17:00 de hoje (segundo meu relógio), estes valores, com explicação detalhada do cálculo, indicação clara das fontes de dados (quero checar cada cálculo), seguindo EXATAMENTE a metodologia do Giacomo, concorre a até 1 (um) ponto extra, conforme a qualidade do comentário. Somente o primeiro comentário ganhará pontos. E, lembre-se, se o provedor tiver problemas, azar. Se você não colocar seu nome completo e não indicar qual é sua turma, azar. Se você não consulta este blog com frequência, azar. Não são aceitos comentários coletivos. Apenas individuais. Estas são as regras, boa sorte.
Boa observação

Um dia um aluno (imaginário) me perguntou: professor, democracia e liberdade são sinônimos?

Embora meus alunos não tenham me perguntado isto até hoje (e olha que já se vão quase 10 anos de sala de aula...), eis aí uma dica.

É forte a tendência de se confundir democracia com liberdade. Se, por um lado, é verdade, como comprovou o século XX, que a supressão da democracia abre caminho para disputas sangrentas pelo poder que culminam na instauração de regimes bárbaros, por outro, não se pode deixar de reconhecer que a democracia, sobretudo em sociedades com instituições fracas e com um histórico de recaídas autoritárias, está sujeita a manipulações que a levam a legitimar graves atentados à liberdade. Uma quantidade excessiva de leis, como bem exemplifica a morbidez legislativa brasileira, afeta o nível de usufruto da liberdade, ao introduzir controles desnecessários que encolhem o universo das escolhas e iniciativas individuais.

quarta-feira, março 17, 2004

Por que meu amigo Ben não se amarra na dinamite e explode um ônibus de árabes? ou "Vantagens comparativas: o lado negro"

Se tem alguém que sempre nos salva na selva de computadores do IBMEC-MG, esta pessoa é o Ben. Ben é um estagiário do setor de informática. Ben, claro, é judeu (e, portanto, segundo 90% da imprensa européia atual, quer dominar o mundo).

E judeus e árabes convivem no Brasil, embora se matem no Oriente Médio.

E, graças a Deus, Ben é um cara bacana e está vivo. É claro que é engraçado ver o povo chamá-lo no corredor (- E aí, Ben? Tudo bem, Ben?, etc).

Mas sempre que o vejo, eu me pergunto: será que há vida inteligente na Ciência Econômica, suficiente para explicar comportamentos bizarros como os dos assassinos de Madrid (Al-Qaida)?

Se você duvidava, está na hora de rever seu conceito. Veja a página de Eli Berman.
Minha próxima compra

Já dei a dica aí embaixo, mas não custa reforçar.

De autoria de Jorge Vianna Monteiro, este livro passa em revista uma grande variedade de processos da economia brasileira, à luz de modernas construções analíticas, permitindo que se decomponha a questão do ocaso do Estado constitucional em várias questões mais simples, analiticamente mais tratáveis.

Estas lições dão ao leitor a percepção da extraordinária inovação institucional que acompanha a trajetória da economia brasileira dos últimos anos e que tem por denominador comum vasta e complexa teia de controles governamentais exercidos no conjunto de decisões do cidadão. Esse cidadão que observa - e mesmo endossa - os resultados macroeconômicos talvez nem se aperceba da concorrente erosão das instituições de governo representativo ou da dissipação de suas liberdades econômicas que tal desempenho possa acarretar. (...)

Em 2003, o Brasil ficou sabendo que mesmo na origem da atual Constituição algumas dessas regras foram ali colocadas pela vontade ou esperteza sorrateira de uns poucos legisladores, à margem do próprio acordo de deliberação constituinte ¿ o que acentua a fragilidade dos comprometimentos constitucionais sob os quais opera a economia nacional. Enfim, estas Lições sintetizam um preocupante paradoxo do constitucionalismo à moda brasileira: cada governo quer estar livre para limitar os seus sucessores, tanto quanto não se sente restringido por seus predecessores.
O mundo é mais liberal...ou a forma de crescimento do governo não é captada pelas estatísticas de forma precisa?

Qualquer um pode fazer esta pergunta. Mas poucos têm o talento para escrever sobre isto. Aí vai um texto sobre o tema do melhor autor que conheço na área: Robert Higgs.

The Independent Institute | The Ongoing Growth of Government in the Economically Advanced Countries, by Robert Higgs

terça-feira, março 16, 2004

Ficando esperto

O grande trunfo do estudante, consumidor ou eleitor é ficar esperto. Não adianta pedir colinho para terceiros. Esta é a lógica da vida. Quem se deixa tapear, vira motivo de piada. Quem se informa, bem, quem se informa se dá menos mal, não é?
Se a invasão é boa eu não sei...mas que a vida está melhor, está.

É o resultado da pesquisa divulgada. E quem foi pesquisado? O pacifista francês? O militarista brasileiro? O povo da Casa Branca?

Nenhum deles. Foi o povo do Iraque mesmo. Aí vai o link: ABCNEWS.com : Poll: Iraqis Report Better Postwar Life
Tem dinheiro sobrando e um tempinho? Vai para Porto Alegre!

Lá não sou amigo do rei. E nem terei a mulher que quiser, na cama que escolherei. Mas, logo, logo, tem a XVIIa edição do Fórum da Liberdade.

Ao contrário do outro Fórum, neste, há diversidade de idéias (vi o José Genoíno lá), ninguém barra a entrada de não-socialistas no auditório (desde que tenham feito inscrição, claro!) e, bem, é um fórum promovido por gente jovem: o povo do IEE. Um jornalista gaúcho já adiantou algumas presenças no Fórum: o social-democrata FHC, o não-liberal Pedro Malan, a liberal Ruth Richardson, o conservador Olavo de Carvalho....é...este será realmente um evento com diversidade de opiniões.

A página deles está aí embaixo e, pelo visto, em breve haverá novidades...por enquanto, veja um histórico do Fórum.

IEE - Instituto de Estudos Empresariais
Se você estiver no RJ, não perca!

Lançamento de mais um livro do Jorge Vianna Monteiro (Economia, PUC-RJ, IBMEC-RJ).

"Lições de Economia Constitucional Brasileira" (Editora da FGV)

Quando? 1 de Abril próximo, uma quinta-feira, a partir de 20:00hs.

Onde? Livraria Argumento, Rua Dias Ferreira 417, Leblon, Rio de Janeiro.
Hizbollah : entrevista enigmática?

O pessoal da Reason (link fixo ao lado) arrumou esta entrevista com um membro do Hizbollah. Uma entrevista meio truncada, óbvio, com "vai e vem" em vários pontos. Entretanto, o sujeito foi enfático ao menos em um ponto. Veja abaixo e leia o resto (mas a impressão que fica com a leitura do trecho abaixo é forte...mas não é culpa minha).

"reason: When you say you oppose, do you oppose Israel's existence, or just having relations?

Fneish: Both."

segunda-feira, março 15, 2004

Socialistas espanhóis = fim do multilateralismo

Na Blogosphera, um dos mais lidos (e interessantes) é o blog do Glenn Reynolds. No post abaixo ele cita mais gente blogeira e o comentário é interessante. Clique no trecho para ler o resto.

Isso me faz lembrar... a Al-Qaida tem razão: outra globalização é possível...

EUGENE VOLOKH points out that the Spanish election makes "multilateralism" even less appealing:

Those voters' position would be understandable -- perhaps not terribly sound in the long term, but understandable: The deaths were caused by Aznar's policies, since if he had not supported the Americans (over the opposition of most Spaniards, as I understand), the bombings probably wouldn't have happened; therefore, let's punish Aznar, and send politicians a message to prevent this from happening again.

But if that's so, then doesn't it show that we can't allow our foreign policy to be vetoed by other nations? After all, if we agree that we may not do what we think is right and necessary for our national security if any one of England, France, Russia, or China says "veto," then our enemies can paralyze us simply by influencing one foreign country. The influence might be exerted by bribes (more here), or by threat of terrorist violence. But one way or another, an enemy that couldn't break down our resolve could still stop us from doing what needs to be done by breaking down the resolve of one of the veto-owning countries. (The same applies if we just generally agree not to go ahead without the agreement of "our European allies" generally -- if the threat of terrorist retaliation cows several of those allies, that could be enough to stymie our plans.)

domingo, março 14, 2004

Por que não gosto da minha imprensa cultural

Porque não acho artigos como estes:

Thomas Sowell: The globalization of quotas

Walter Williams: Let's get married

Politicamente incorretos, mas não desprovidos de razão.

E, para os corretos, notem a ascendência dos (excelentes) autores dos artigos.

É.....
O preço da gasolina continua o mesmo...e o Brasil também

Muita gente disse que a guerra contra o Iraque era apenas uma questão de "petróleo barato". Lamentavelmente, para esta moçada, há um governo iraquiano que, inclusive contra a vontade dos mais radicais imperialistas dos EUA, quer manter o petróleo iraquiano estatizado.

Então, você vai me dizer, a realidade não é tão simples quanto os "(de)formadores de opinião" te diziam, né? É. E, interessante, o preço da gasolina na bomba, em qualquer cidade dos EUA, ainda não parece ter diminuído com a guerra. Veja o trecho abaixo, por exemplo:
"I just filled up and paid $2.19 a gallon. How can that be, when the war was undertaken to help us get our hands on 'cheap' oil? Where is the mythical Afghan pipeline when we need it?

'No Blood for Oil' (never mind the people who drove upscale gas-guzzlers to the rallies at which they chanted such slogans) was supposed to respond to one of two possibilities: American oil companies were either simply going to steal the Iraqi fields, or indirectly prime the pumps to such an extent that the world would be awash with petroleum and the price for profligate Western consumers would crash.

Neither came true. Iraqis themselves control their natural resources; the price of gasoline, despite heroic restoration of much of Iraqi prewar petroleum output, is at an all-time high.

So did Shell and Exxon want too much — or too little — pumping? Was the Iraq conspiracy a messy crisis to disrupt production as an excuse to jack up prices, or a surgical strike to garner Third-World resources on the cheap to power wasteful American SUVs?"


A propósito, confira esta longa série de dados sobre petróleo, gasolina, etc.

Pois é. Então o assunto é, realmente, polêmico. A (des)ordem internacional é alvo de ataques constantes, por exemplo, aqui. E, às vezes, acho que estou ficando muito realista (ou um adepto da RealPolitik). Ou será que a razão estaria com os libertários?

Sinceramente? Não sei. Mas, leitor, tenha certeza de uma coisa: quando publico este post aqui não estou tentando, como diziam os antigos opositores do governo brasileiro (e atuais governantes), desviar sua atenção dos problemas internos. Eles continuam e parecem mesmo incomodar muitos poderosos.

A solução? Bem, você votou. Você deve ter escolhido um "projeto de governo". O negócio é torcer. Quanto ao preço da gasolina nos EUA, bem, eu não sei. Afinal, não tenho nem automóvel....
Escritores mentirosos: será que no Brasil isto também acontece?

Escritores são tidos como intelectuais. Bem, nem todos. Mas são todos parte da discussão "intelectual". Pense, por exemplo, em Paulo Coelho. Todo "intelectual" diz odiá-lo, mesmo sem ter lido uma linha de seus livros. E, claro, a discussão "intelectual" não deixa passar a oportunidade de criticá-lo.

Mas escritores são seres humanos comuns e vivem de renda. Precisam escrever livros que consumidores gostem de ler. Ou podem fazer uma obra mais cara que apenas um ou dois gostem de ler (exceto o autor, claro) que, caindo nas graças de um "intelectual" formador de opinião, transforma-se num sucesso de vendas e o mercado de palestras abre-lhe as portas.

A matéria a seguir mostra como "formadores de opinião" como escritores são realmente seres humanos. Inclusive na mentira.

Telegraph | News | Authors admit faking blurbs on 'dire' books
Oil-for-food: funcionários da ONU podem ser corruptos

Tomara que não, mas, como dizia o atual presidente, "quem barra CPIs quer esconder algo", certo? Tomara que as investigações sejam iniciadas logo.

Telegraph | News | UN caves in on inquiry into its Iraq oil-for-food 'scandal'
Tradução

Lembra, leitor, daquele artigo horroroso que uma senhora escreveu sobra a ata do COPOM, reclamando do economês (confira os nossos arquivos)?

Agora veja esta, da coluna do Gaspari de hoje.

Curso Madame

Natasha de piano

e português

Madame Natasha tem horror a música. Ela tem um grande interesse pelo idioma e acaba de dar mais uma de suas bolsas de estudo à Editora Ateliê, pelo seguinte trecho na apresentação do livro “Guimarães Rosa: Fronteiras, Margens, Passagens”, da professora Marli Fantini.

“Neste início de século, marcado pelo crescente fenômeno de globalização e suas demandas de flexibilização de fronteiras econômicas, políticas e culturais, o Brasil e a América Latina patenteiam-se como modelo de heterogeneidade cultural, étnica e lingüística, valores imprescindíveis à ampliação dos circuitos comunitários transnacionais, aptos a desencadear uma nova aliança de singularidades e disponibilizar as bases utópicas para o redimensionamento de novas redes planetárias que cada vez mais requerem uma perspectiva multiidentitária...”

Madame entendeu: Nonada.