sábado, junho 05, 2004

Aula de Economia para o governo

Por alguns reais/hora eu posso ajudar os membros do governo menos preparados a entenderem a crítica. Mas eles têm de prometer ler mais Estatística básica e menos Baudrillard, Marx, etc.

Erro metodológico faz IBGE comparar dados de naturezas distintas, o que o levou a superestimar a produção industrial do primeiro trimestre; o viés para cima aplicado neste dado fez crescimento do PIB de apenas 0,5% aparecer como 1,6%; para instituto, a discrepância vai se corrigir até o fim do ano

1 – o IBGE mudou recentemente a série de suas observações sobre a produção industrial;
2 – a nova metodologia permite auferir números superiores aos que eram obtidos pela metodologia antiga, ainda usada para o período setembro-dezembro de 2003 (justamente o quarto trimestre do ano passado);
3 – ao fazer a comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o quarto trimestre do ano passado, o IBGE comete, portanto, um erro básico: compara dados de naturezas distintas, o que, no caso, cria um viés para cima no crescimento;
4 – se o IBGE quisesse ter o número real do crescimento do PIB do primeiro trimestre de 2004 em relação ao quarto trimestre de 2003, precisaria submeter os dois períodos à mesma metodologia;
5 – nós nos antecipamos e fizemos esse trabalho: usando-se os coeficientes de dessazonalização do instituto e os dados da nova metodologia para ambos os trimestres, o crescimento da indústria no primeiro trimestre deste ano foi negativo: -1,2%, e não positivo, +1,7%, conforme aparece no cálculo do PIB.
6 – feita essa correção, o crescimento do PIB foi de apenas 0,5% no primeiro trimestre deste ano, e não de 1,6%, aquele índice que foi divulgado e que acalmou o presidente Lula.
O próprio IBGE, diga-se, reconhece a existência da discrepância de critérios. Em nota oficial (leia íntegra), diz que incorporará os “resultados da nova série da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) nos Sistemas de Contas Nacionais Anuais e Trimestrais de acordo com sua rotina de revisões”. Segundo dá a entender o texto, o instituto não vai rever os números do ano passado, mas, ao fim deste ano, terá procedido a uma revisão que incluirá o primeiro trimestre deste ano. Vá lá. A ser assim, aguardaremos até novembro para saber que, de fato, o crescimento do primeiro trimestre de 2004 não foi de 1,6%. O erro metodológico do IBGE foi apontado nesta sexta-feira pelo economista Luiz Carlos Mendonça de Barros na coluna Opinião Econômica, publicada à página B-2 do jornal Folha de S.Paulo (clique na imagem para ler o texto).
Homenagem ao dia do combate ao fumo

Posted by Hello
Janer Cristaldo

Eis aí mais um bom artigo do Janer Cristaldo, que já é link fixo nosso.

OS NOVOS LEPROSOS

Trecho: "O tabagismo foi o grande legado indígena à civilização. Toda pessoa culta sabe, mas nem toda pessoa culta ousa afirmar, que o tabaco foi importado da América Latina, onde era consumido pelos bugres, para a França, por Jean Nicot, daí nicotina. Os atuais cânceres e enfisemas - os politicamente corretos que me desculpem - são em boa parte herança do bon sauvage de nosso continente. Desde algum tempo, o tabagismo virou prática de gente pobre. Segundo pesquisas recentes, quase 33% dos americanos adultos que vivem abaixo do nível de pobreza fumam, contra 22% dos que estão acima desse nível."

É, politicamente correto = ignorantemente certo...
Reagan morreu

Várias notícias no "O Globo", mas eu consegui um link mais rápido no Yahoo. Yahoo! News - Former President Ronald Reagan Dies at 93

quinta-feira, junho 03, 2004

A cerca funciona? Parece que sim

Eis aí um gráfico interessante. Para você brigar com seus amigos no almoço.


Fonte: Josh Harvey's Middle East - Separation AND Security

quarta-feira, junho 02, 2004

Shikida explica o MST (que modéstia....)

Lá estou eu, de novo, no informativo do IL-RS. O texto é o mesmo que publiquei no Ratio Pro Libertas.

Pequeno, simples, mas pode servir de base para futuros estudos. Espero que alunos interessados revelem suas preferências fazendo pesquisas em temas que lhes agradem. "Fazer" é muito mais interessante do que "falar". A idéia do meu boletim (do qual saiu este texto) é levar ao aluno temas interessantes em linguagem simples e, ao mesmo tempo, desafiadora. Por que desafiadora? Porque os temas são atuais e próximos de seu dia-a-dia.
Aqui se faz, aqui se paga ou "Quem é mesmo Delúbio?"

Esta é muito boa....


E, claro, você sabe quem é Delúbio, companheiro? Não? Hummmmm....

Por isso é que é bom ser cético. Ambientalista cético, economista cético, cético quanto às propostas populistas de salvação mundo, cético quanto à suposta seriedade de pessoas sorridentes, etc.

P.S. Não deixe sua namorada perceber o ceticismo até o dia 12, heim? Senão nem o presente você ganha! :D
Mais Lomborg (em honra do nosso companheiro Leo)

O único ambientalista sério que conheço (não digo que não há outros, apenas não os conheço): Bjorn Lomborg.

E, obviamente, a provocação está no link abaixo.

Wired 12.06: You Can Cure AIDS. Or End Hunger. Choose.
Consenso que propõe (de verdade)

Brasileiro adora pegar carona. Todo mundo, atualmente, é "sem" alguma coisa. Começo achar que muitos são "sem-capacidade analítica e seriedade". Lamentavelmente, o governo está ocupado com a corrupção de seus membros para me premiar com recursos (e eu não estou na Ágora, he he he).

Um dos termos que viraram moda é o tal "consenso". Consenso disto, consenso daquilo, etc. John Williamson já explicou o que era o tal "consenso de Washington", mas os membros do meu movimento (MSCAS) insistem em distorcer o que ele diz. É a vida.

E este aqui é a cara do Leo Monasterio. Aliás, foi o preguiçoso que me enviou (ao invés de colocar no blog). Vale a pena olhar? Vale.

terça-feira, junho 01, 2004

Motel, motel, motel - III

Tirei o nome do motel, mas o leitor mais familiarizado com o ramo reconhecerá o mesmo (?). Bem, conforme prometido, aí está a foto. Resta a questão: será que é mesmo discriminação de preços? Eu aposto que sim.


Posted by Hello
Motel, motel e motel - II

A mais famosa trilogia deste blog: Motel, motel e motel não é trilogia por causa da repetição do substantivo. Conforme prometi, bati a foto da promoção (ver posts abaixo). Bem, agora este post se mistura um pouco, em termos estilísticos, com minhas mini-crônicas conhecidas por um (seleto) público.

Como havia dito anteriormente, vi que descer do ônibus, tirar a foto da promoção-exemplo de discriminação de preços, e pegar outro ônibus envolvia um custo muito baixo em relação ao prazer de mostrar aos alunos a discriminação de preços na prática (vale dizer, o benefício total auferido por mim teria a maior distância possível do custo total, olé!).

Assim, hoje, pela manhã, peguei o ônibus e, ao chegar no ponto, no ponto estratégico, aquele do motel, hesitei. Entretanto, a vontade foi maior, enfim, desci. Levantei os olhos e vi aquela faixa imensa, doce na boca de economista....limpei a baba imaginária e, para minha sorte, encontrei um telefone público. Apoiei-me, abri a mala, peguei a máquina. Bati a foto. Ah...a foto...

Logo que terminei, vi que saiu alguém do motel. Acho que eram duas funcionárias (prefiro acreditar nisto). Fiquei imaginando no que elas estariam pensando mas resolvi esquecer: mais uma história para contar para os netos das minhas cunhadas (depois que elas tiverem filhos, claro!). Resolvi pegar um ônibus de outra linha, que me faria um trajeto alternativo provavelmente mais curto e que, afinal, eu conhecia bem.

Fui ao ponto. O ônibus demorou. Rapaz, como aquilo demorou! Mas veio. E veio cheio. Entrei e mostrei ao trocador a minha nota de R$ 5.00. Pois o cara não tinha troco. E, melhor ainda, ele me deixou passar sem pagar, já que não havia como arrumar os R$ 3.55 em tempo hábil, antes do meu desembarque.

Desci do ônibus feliz. Por que? Vejamos:

(i) Bati a foto pitoresca;
(ii) A foto pitoresca ilustra um exemplo teórico (coisa que aluno parece querer supor que não tem relação alguma com a realidade);
(iii)Extraí excedente para mim! Não paguei o segundo ônibus porque o trocador assim o quis, não por um comportamento imbecil da minha parte e, claro,
(iii.a) Estes R$ 1.45 já haviam sido considerados como custos irrecuperáveis por mim. Eu tinha de pagá-los mesmo. Entretanto, não precisei de tirar um único centavo do bolso. Genial!

Moral da história: O custo só se torna irrecuperável no ato. Antes, você pode até achar que ele o é, mas há sempre a possibilidade de algo inesperado. He, he, he.

E, obviamente, a foto estará aqui, à noite. Espero que não tenha ficado ruim. Senão... :D :D
IL-RS agora é Instituto Liberdade

E o site mudou! Confira aqui.

Muito bacana. Parabéns à Margaret, Inês, Sônia e, claro, a todos os demais amigos.

segunda-feira, maio 31, 2004

Nem tudo na vida é motel (II)

Mais uma, para você pensar. Em uma outra sala de aula, discutíamos o salário eficiência, isto é, o fato óbvio (para mim) referente à possibilidade de empresas terem interesse em pagar acima do salário de mercado.

Óbvio? Claro. Por que o que importa não é a quantidade de horas de trabalho contratadas, mas sim sua eficiência. Por exemplo, imagine que L = horas de trabalho. Ok? Bem, você contrata L horas mas eu só trabalho eL, onde 0 =< e <= 1. Chame "e" de efetividade do trabalho (ou de eficiência do mesmo) e você percebe que só há duas formas de me obrigar a forçar e = 1: (a) pague um supervisor (ou gaste com vigilância) ou (b) dê-me um salário maior.

Got it?

Pois é. Na sala de aula surgiu a questão dos caras que multam os motoristas. A discussão estava caminhando para um beco sem saída. Alguns diziam que o cara deveria multar mais para ser mais eficiente, outros diziam que multar mais era pior. No fundo, a questão que estava passando desapercebida era a seguinte: existe um número de multas ótimo.

Mas, o que é "ótimo" neste caso? É o ótimo social. Suponha que o salário do guarda seja composto de w = x + b*k(m) onde x é a parte fixa e k(m) é a função k(.) onde m = número de multas. Ok, ok, digamos que dk/dm > 0 (usualmente eu ainda faria a hipótese de que d2k/dm2 < 0 mas vamos em frente). Isto apenas nos diz que o salário do cara aumenta com o número de multas. E "b"? Espere um pouco. Já explico.

Então o ideal é ele multar muito, certo? Errado. Lembre-se que o guarda é tão humano quanto você (lembre-se: você estuda economia mas ainda é tido como humano...pelo menos por sua mãe...). Assim, ele pode errar. Na minha função, "b" é este fator de distorção. Se b > 1, ele sobreestima o número ótimo de multas.

Bem, aí entra a questão do meu incentivo (minha sugestão em sala, seguida de alguns poucos aplausos e algumas piadas): monte o esquema de incentivos de forma que o guarda seja penalizado em sua comissão (antes representada por k(m)) se a multa for julgada improcedente pela JARI.

Claro, suponho que a JARI é possui interesse em ter uma reputação limpa e minimiza a possibilidade de corrupção (lembre-se: é um exemplo didático. Podemos complicar isto se quisermos mas o leitor-aluno nunca quer...alguns até se humilham dizendo-se "inferiores" para não fazerem exercícios simples, mesmo que trabalhosos...).

Acho que no caso deste post, poderíamos dizer que o novo contrato salarial seria algo como: w = x + b(j)*k(m). Veja, o que fiz foi modelar b como uma função. Antes b era um parâmetro (fixo). Agora, é variável conforme j. Digamos que j = número de multas indeferidas. Então, neste caso, eu faria alguma hipótese do tipo: se j -> infinito, db/dj -> 1.

Não é a melhor modelagem do mundo, mas meu mau humor - e minhas limitações intelectuais (famosas entre os pares da academia e cantada em verso e prosa por amigos engraçadinhos) me impedem de fazer algo mais decente agora. Espero que, ao menos, tenha despertado seu interesse, leitor(a). Palpites? Comentários? É assim na sua cidade? Como funciona? Qual o custo de bem-estar das multas erradas?
Nem tudo na vida é motel

Na sequência do post abaixo, estava ali, lendo o jornal de domingo. A matéria que peguei, pequena, fala dos ônibus em BH. Digo, fala dos ônibus suplementares (ônibus pequenos, tais como os de Porto Alegre).

O assunto é a instalação da bilhetagem eletrônica. Como deverá ser feita? Segundo a lei, os custos são dos motoristas que ganharam a licitação. E aí vem o trecho:

"Se for aceita a proposta feita pelas empresas que gerenciam e dão manutenção ao sistema, Transfácil e Tacom, cada permissionário terá de pagar R$ 483 para a instalação dos equipamentos, mais R$ 263 mensais para a prestação de serviços. [parágrafo] Um custo considerado alto para quem opera com déficit". [O Estado de Minas, caderno Gerais, p.26]

Você vai dizer: "opera com déficit?"

E eu vou responder: "considere que o motorista que opera com déficit não está mentindo. Pode estar falando a verdade? E.V.I.D.E.N.T.E.M.E.N.T.E. que sim. Por que?

Bem, se você é meu aluno e, além disso, estuda (o que é algo bom para sua saúde, creia-me), então você já ouviu falar de curto e longo prazo. Já ouviu falar de custo fixo. E, sabe, taí um exemplo de que isto existe.

QED
MST e ocupação de terras: há racionalidade econômica?

Sim, há. E eu explico isto para leitores algo leigos graças aos amigos de RATIO PRO LIBERTAS.

Quem sabe não pode ser seu tema de monografia, aluno(a)?
Motel, motel e motel (e não estou falando da promocão dos "dez cupons te dão uma hora de suíte grátis)

Outro dia estava ensinando discriminação de preços em sala. O que é isso? Simples: um monopolista busca cobrar preços diferentes de consumidores diferentes. Outra forma de fazer isto é vender, para os mesmos consumidores, quantidades diferentes do bem a preços diferentes.

Bem, hoje estava indo para a faculdade. Passei em frente a um motel (sim, em Belo Horizonte existem motéis longe das saídas da cidade...). De dentro do ônibus vi o anúncio: Promoção durante a semana - preço por uma hora: R$ 12,00. A hora adicional: R$ 4,00.

Claro que vi a prática de monopólio ali. O motel em questão é monopólio na região (não há um motel próximo....está numa área residencial) e provavelmente maximiza lucro ao preço de R$ 12,00. E os R$ 4,00 adicionais?

Imagine que o custo marginal seja constante na região relevante de análise do bem em questão: estadia/hora no motel. Então o monopolista provavelmente está maximizando o excedente total do consumidor e do produtor a um determinado nível de horas (isto ele deve saber, aproximadamente). Feito isto, as horas adicionais devem estar lhe dando algum lucro. Como?

Imagine que o motel tenha uma capacidade de 10 quartos (total). Imagine, adicionalmente, que o custo marginal de uma hora adicional seja constante (para simplificar o exemplo) e igual a R$ 1.00. Então, digamos, ele maximiza lucros igualando a receita marginal ao custo marginal e aloca 10 horas (uma hora para cada quarto) ao preço de R$ 12.00.

Percebendo que pode ganhar mais, ele cobra R$ 4.00 por hora extra. Como seu custo marginal é de R$ 1.00/hora, ele ganha R$ 3.00 para cada hora adicional.

O legal é pensar em quantas horas adicionais ele pode ganhar por casal. Trata-se de algo cujo cálculo depende do bom desempenho sexual dos ditos parceiros nos quartos (será que duas lésbicas demoram mais que um casal heterossexual? E bissexuais? Caramba!)

E isto provavelmente ele não medirá batendo à porta de cada quarto (imagine a cena!). Além disso, claro, há sempre aquele mentiroso que quer impressionar a garota (ou os amigos) tentando ficar com ela umas 6 ou 7 horas no motel. Ok. Ou ele é muito bom no que faz ou...

De qualquer forma, vou ver se tiro uma foto da faixa na porta do motel. Vale a pena pagar mais uma passagem de ônibus para ilustrar isto para alunos? Olha, não sei. Mas para meu prazer pessoal vale. E muito. :D
Incentivando o fumo

O governo adotou uma política que incentivará o aumento do número de fumantes. E o pior é que fez isto pensando fazer o contrário. Como? Simples. O Ministério da Saúde acaba de declarar que vai custear o tratamento de fumantes.

Vale dizer: ao invés de aumentar o custo do tratamento para o próprio fumante, você sinaliza para ele que o tratamento será pago com dinheiro do meu bolso (meu, seu, etc). O problema é que se o custo do fumo do fulano é arcado por mim (ou melhor, por todos), qual o incentivo para que ele fume menos? Nenhum.

O governo parece estar cambaleante e tonto mesmo. Não no sentido de Rother, mas uma proposta desta acaba se transformando numa forma populista de não tratar o problema do fumo (se é que é um problema), aumentar a sanha tributária (pois recursos são escassos) e, claro, sobra sempre aquela pergunta: e para o viciado em álcool? Não tem dinheiro? Por que só o fumo?

Posso estar sendo precipitado, mas se fosse o ministro aluno em prova de "economia para calouros", sua nota na questão: "dispersar custos individuais de fumar aumenta ou diminui a disposição do mesmo de gastar com cigarros", sua nota não seria outra: zero.

Mas, claro, sou apenas um economista.....tsc, tsc, tsc...
Custo ou Benefício? - Soldados marcham com o custo?

Há um artigo recente, que o Ari me indicou outro dia, no NBER, sobre isto. Basicamente, diz que a economia pode ser impulsionada pelos gastos militares se existe ameaça de terrorismo.

Entretanto, este resultado é algo indigesto. Por diversos motivos. Mas se você quer um resumo de alguns deles, veja o ensaio do prof. Stringham, acerca de um sujeito que se opunha aos gastos militares em termos econômicos.

Uma questão interessante é: e no Brasil? Foram/serão/são estes gastos um custo para a sociedade? Ou depende? Se depende, depende de que?

TII | Student Programs | Garvey '03 Essays | Commerce, Markets, and Peace | Edward Stringham
Exclusivo: Inclusão pode estar excluindo

Falando em educação privada complementado a pública, o autor do artigo Private organizations now supplement public schooling diz que:

Ironically, the exclusion may have been fomented by inclusion. Teachers say the crisis in primary education has spiraled out of control due to Brazil's success in getting children to stay in school. In 2000, 94 percent of Brazilian children attended primary school, up from 84 percent nine years earlier. The additional children go to schools designed to handle fewer students, placing a huge stress on infrastructure, teachers, and resources..

Vale dizer: se a criança tá fora da escola, há um problema. Se ela está dentro, então a escola é fisicamente inadequada.

Como o IBGE anda contando a população desde 1500 (há uma ironia aqui...na página do IBGE há, de fato, uma linha de tempo muito útil para mostrar a evolução da população brasileira ao longo de sua história), algum político parece ter perdido o bonde da política pública no tempo certo, não? Afinal, não bastaria verificar o crescimento populacional de sua cidade e pensar sobre como a demanda por ensino aumentaria? Ou estou sendo cruel?

domingo, maio 30, 2004

O melhor é o final da notícia

Leia até o final a notícia. Depois se pergunte: com um salário destes, você ficaria esperando receber telefonemas em casa sabádo à noite.

Prefeitos do PI ganham mais do que o Presidente - Terra - Brasil
O Dia da Liberdade de Impostos

Várias matérias sobre o Dia da Liberdade de Impostos aqui.

Você já tinha lido algumas. Agora seguem as repercussões. Divirta-se.
Hey dude, where is my reasonable motivations?

Eles têm seus motivos. Os nazistas também tinham e os racistas também têm. Quais são? Bem, neste caso: (Saudi terrorists kill 16, hold 50 hostage - World - www.smh.com.au), uma testemunha diz: "(The militants) were asking people if they were Christian or Muslims," he said."

E não se trata de uma operação militar na qual civis morrem por acidente. Aliás, um garoto egípcio não me parece um exemplar da "ocidentalização capitalista". Ele foi morto no ataque terrorista. Uma pena.

Agora, o ponto é que os caras da Al-Qaeda realmente procuram recriar uma guerra santa. Outro dia mostrei aqui a declaração de um maluco radical que ponderava o valor da vida dos muçulmanos (alto) e dos infiéis (negativo...). Agora, o maluco que promoveu o ataque na Arábia Saudita (não é os EUA, é Arábia Saudita...esta gente não mede esforços pela causa....) pergunta às pessoas pela religião?

Independente de tudo o mais, é fato que Bin Laden pode se orgulhar. Uma coisa ele conseguiu: aumentar a intolerância religiosa.
Humor

O sonho do povo de Juiz de Fora: hoje eles ganharam um caderno especial num jornal, por ocasião do aniversário da cidade. Só que no JB. he he he.

Moral: JB é mais realista que o rei.
Excelente texto

Mais uma crítica? crônica? obra de arte? literária do Reinaldo Azevedo. Genial. Primeira Leitura : entenda : Por que sou tão reacionário