Mais uma tentativa de Charles Murray. Não estivesse eu sem dinheiro.... :(
quinta-feira, outubro 23, 2003
Quantificando a genialidade
Mais uma tentativa de Charles Murray. Não estivesse eu sem dinheiro.... :(
Mais uma tentativa de Charles Murray. Não estivesse eu sem dinheiro.... :(
Os links ao lado...só aumentam
Estou aumentando a lista de links fixos aí ao lado. Espero montar uma seção para cada um de nós, os postadores. A cada dia, aleatoriamente, é bom você checar esta coluna aí ao lado. Ela está só aumentando.........................
Estou aumentando a lista de links fixos aí ao lado. Espero montar uma seção para cada um de nós, os postadores. A cada dia, aleatoriamente, é bom você checar esta coluna aí ao lado. Ela está só aumentando.........................
Propaganda gratuita
O Arnildo foi meu colega no PPGE. Fez mestrado. E é um talento em Econometria.
Contemplem: Informamos que está disponível na página da internet do Banco Central do Brasil o Trabalho para Discussão nº 80 – Diferenças e Semelhanças entre Países da América Latina: Uma Análise de Markov Switching para os Ciclos Econômicos de Brasil e Argentina de autoria de Arnildo da Silva Correa.
O Arnildo foi meu colega no PPGE. Fez mestrado. E é um talento em Econometria.
Contemplem: Informamos que está disponível na página da internet do Banco Central do Brasil o Trabalho para Discussão nº 80 – Diferenças e Semelhanças entre Países da América Latina: Uma Análise de Markov Switching para os Ciclos Econômicos de Brasil e Argentina de autoria de Arnildo da Silva Correa.
Jogos
Quantos alunos de graduação que aprendem Teoria dos Jogos já usaram este freeware (que anuncio em minha página há séculos)? Eis sua chance. Vai lá agora, cara!
Quantos alunos de graduação que aprendem Teoria dos Jogos já usaram este freeware (que anuncio em minha página há séculos)? Eis sua chance. Vai lá agora, cara!
Desarmamento
Vou ser breve: quantos estudos você conhece quantificando o quanto a sociedade ganha com o estatuto de desarmamento (por exemplo, em vidas humanas)? Para os EUA há centenas. Para o Brasil, quantos?
E você aprova uma lei sob este véu da escuridão?
Antes de mais nada, estou ignorando minha própria posição anti-desarmamento da sociedade civil. Normativamente, acho que todos temos o direito às armas legais, sob a regulamentação legal e tudo o mais. Mas confesso que nunca tive um estudo sério em mãos, com dados do Brasil, mostrando-me que eu estava certo.
Entretanto, também nunca vi nada em favor do argumento contrário.
Se aprovado o estatuto está provado, para mim, que você pode fechar todas as universidades do Brasil. Parece-me que a tradição brasileira de "vamos guiar este povo burro" (paternalismo) é mais forte que a ciência.
Não estranha tantos alunos serem preguiçosos com monografia (embora a falta de atitude seja culpa de cada um, apenas. Não adianta culpar mamãe, papai e o professor).
Se há algum estudo, alguém me diga. Mas é estudo sério. Não quero panfletagem....
No mais, até que o dia tá legal.
Vou ser breve: quantos estudos você conhece quantificando o quanto a sociedade ganha com o estatuto de desarmamento (por exemplo, em vidas humanas)? Para os EUA há centenas. Para o Brasil, quantos?
E você aprova uma lei sob este véu da escuridão?
Antes de mais nada, estou ignorando minha própria posição anti-desarmamento da sociedade civil. Normativamente, acho que todos temos o direito às armas legais, sob a regulamentação legal e tudo o mais. Mas confesso que nunca tive um estudo sério em mãos, com dados do Brasil, mostrando-me que eu estava certo.
Entretanto, também nunca vi nada em favor do argumento contrário.
Se aprovado o estatuto está provado, para mim, que você pode fechar todas as universidades do Brasil. Parece-me que a tradição brasileira de "vamos guiar este povo burro" (paternalismo) é mais forte que a ciência.
Não estranha tantos alunos serem preguiçosos com monografia (embora a falta de atitude seja culpa de cada um, apenas. Não adianta culpar mamãe, papai e o professor).
Se há algum estudo, alguém me diga. Mas é estudo sério. Não quero panfletagem....
No mais, até que o dia tá legal.
terça-feira, outubro 21, 2003
Para quem vai a receita do petróleo iraquiano?
Confira neste site. Taí uma boa idéia. Leia antes de falar bobagens por aí...(quando tiver tempo, quero analisar estes dados/artigos).
Iraq Revenue Watch - Monitoring Iraq Reconstruction
Confira neste site. Taí uma boa idéia. Leia antes de falar bobagens por aí...(quando tiver tempo, quero analisar estes dados/artigos).
Iraq Revenue Watch - Monitoring Iraq Reconstruction
Ciclos Reais: os choques tecnológicos visitam o Pernambuco colonial
Quem já estudou ciclos reais sabe que o principal argumento do qual a teoria se utiliza é o de choques tecnológicos. Estes choques podem ser positivos ou negativos e o que intriga muita gente são estes últimos. Neste post tento mostrar como seria possível um caso como este, num exemplo que parte de uma situação real.
Pois bem, façamos um breve passeio pelo Brasil colonial, especificamente Pernambuco. A capitania de Pernambuco, como se sabe, foi alvo de uma ocupação holandesa por 24 anos. Ao final da mesma, diz Evaldo Cabral de Mello (A Ferida de Narciso - Ensaio de História Regional, Editora SENAC, 2001), esta capitania passou a contar com uma vantagem em relação às vizinhas derivado de um choque tecnológico: a queda dos custos de transporte marítimos.
Como isso ocorreu? Bem, trata-se de uma transferência de tecnologia ocorrida graças aos holandeses. Os mesmos adotaram um tipo de barco - a sumaca - mais adequado ao transporte em águas rasas do que o caravelão português.
Vale destacar que, algum tempo depois, quando das operações da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, este tipo de embarcação já havia sido incorporada às operações da empresa no Brasil.
Eis aí um belo exemplo de choque tecnológico. E é fácil imaginar como poderia haver um choque negativo neste caso. Basta imaginar que os pernambucanos da época tivessem tido violentos problemas culturais com a invasão (não foi o caso porque houve uma tolerância razoável entre ambas as partes com estas diferenças). Em casos como este, verifica-se uma rejeição xenófoba - normalmente temporária - com relação a tudo o que vem de fora (pense nos caras que quebram lojas que vendem os deliciosos McDonald's).
Assim, este seria um choque tecnológico negativo temporário. E o seria por dois motivos: (i) viés xenófobo não dura eternamente numa economia aberta (o que implica contatos com sociedades distintas), descontadas as exceções de praxe; (ii) se um empresário descobre que a sumaca é mais lucrativa do que um caravelão, então, caso o mercado não tenha restrições (que, aliás, é outra espécie de choque negativo: legislações restritivas), não há porque a economia não ganhar com este efeito positivo.
Fechando este post, o leitor que não pense que fui original no exemplo. Custos de navegação decrescentes são um tema importante para quem quer entender a expansão das potências européias na época dos descobrimentos. Douglass North escreveu sobre isto há tempos.
Notinha: Muita gente de ciclos reais não curte ir à realidade (nosso modelo é abstrato e ponto) e muita gente de história torce o nariz para a teoria econômica (ser não for marxismo não serve). Este post pretende mostrar que esta xenofobia mútua é infrutífera. Consegui?
Quem já estudou ciclos reais sabe que o principal argumento do qual a teoria se utiliza é o de choques tecnológicos. Estes choques podem ser positivos ou negativos e o que intriga muita gente são estes últimos. Neste post tento mostrar como seria possível um caso como este, num exemplo que parte de uma situação real.
Pois bem, façamos um breve passeio pelo Brasil colonial, especificamente Pernambuco. A capitania de Pernambuco, como se sabe, foi alvo de uma ocupação holandesa por 24 anos. Ao final da mesma, diz Evaldo Cabral de Mello (A Ferida de Narciso - Ensaio de História Regional, Editora SENAC, 2001), esta capitania passou a contar com uma vantagem em relação às vizinhas derivado de um choque tecnológico: a queda dos custos de transporte marítimos.
Como isso ocorreu? Bem, trata-se de uma transferência de tecnologia ocorrida graças aos holandeses. Os mesmos adotaram um tipo de barco - a sumaca - mais adequado ao transporte em águas rasas do que o caravelão português.
Vale destacar que, algum tempo depois, quando das operações da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, este tipo de embarcação já havia sido incorporada às operações da empresa no Brasil.
Eis aí um belo exemplo de choque tecnológico. E é fácil imaginar como poderia haver um choque negativo neste caso. Basta imaginar que os pernambucanos da época tivessem tido violentos problemas culturais com a invasão (não foi o caso porque houve uma tolerância razoável entre ambas as partes com estas diferenças). Em casos como este, verifica-se uma rejeição xenófoba - normalmente temporária - com relação a tudo o que vem de fora (pense nos caras que quebram lojas que vendem os deliciosos McDonald's).
Assim, este seria um choque tecnológico negativo temporário. E o seria por dois motivos: (i) viés xenófobo não dura eternamente numa economia aberta (o que implica contatos com sociedades distintas), descontadas as exceções de praxe; (ii) se um empresário descobre que a sumaca é mais lucrativa do que um caravelão, então, caso o mercado não tenha restrições (que, aliás, é outra espécie de choque negativo: legislações restritivas), não há porque a economia não ganhar com este efeito positivo.
Fechando este post, o leitor que não pense que fui original no exemplo. Custos de navegação decrescentes são um tema importante para quem quer entender a expansão das potências européias na época dos descobrimentos. Douglass North escreveu sobre isto há tempos.
Notinha: Muita gente de ciclos reais não curte ir à realidade (nosso modelo é abstrato e ponto) e muita gente de história torce o nariz para a teoria econômica (ser não for marxismo não serve). Este post pretende mostrar que esta xenofobia mútua é infrutífera. Consegui?
segunda-feira, outubro 20, 2003
Onde está a senha do Ari?
Ari perdeu a senha de acesso a este blog? Parece que sim. A pergunta da hora é: onde está a senha dele?
Algumas respostas:
(i) Ari é racional e sabe que este blog lhe tira o tempo de cerveja do sábado (tempo que ele usaria para publicar no blog), logo, perdeu a senha;
(ii) Ari tem expectativas adaptativas e, em algum momento, encontrará a senha;
(iii) Ari sabe que a companhia de Leo e Claudio gera externalidades negativas, logo optou por perder a senha.
E você? O que acha?
Ari perdeu a senha de acesso a este blog? Parece que sim. A pergunta da hora é: onde está a senha dele?
Algumas respostas:
(i) Ari é racional e sabe que este blog lhe tira o tempo de cerveja do sábado (tempo que ele usaria para publicar no blog), logo, perdeu a senha;
(ii) Ari tem expectativas adaptativas e, em algum momento, encontrará a senha;
(iii) Ari sabe que a companhia de Leo e Claudio gera externalidades negativas, logo optou por perder a senha.
E você? O que acha?
Ética protestante, Pernambuco, e o moralismo chato
Brasil holandês: era colonial (fonte bibliográfica citada logo abaixo)
Ocupados e ocupadores.
a) Um deles promove três dias de festa quando do fim da União Ibérica (comemorando a independência de Portugal) com vinho e tudo. O outro grupo não vê com alegria a festa, embora aprecie o evento.
b) Um grupo quer botar os engenhos para trabalhar aos domingos. O outro se recusa, acusando a prática de herética.
Bem, o primeiro grupo , em (a), é o dos holandeses. No item (b), o primeiro grupo é o dos portugueses!!
Ética protestante? Nem tanto.
E o melhor historiador brasileiro sobre o domínio neerlandês/batavo/holandês em Pernambuco ainda é o diplomata e historiador Evaldo Cabral de Mello.
O livro - que estava encostado na estante desde dezembro, aguardando uma chance - é A Ferida de Narciso, do próprio (e do qual vieram estas histórias engraçadas).
Vale lembrar que - acho que foi num dos livros de Jonathan Israel, outro forte nome na história dos Países Baixos - já naquele tempo a mulherada era bem liberal na terra de Erasmo (Erasmus).
Lição: preciso ler Erasmo (depois de visitar os prostíbulos batavos (?) :-) ) .
Brasil holandês: era colonial (fonte bibliográfica citada logo abaixo)
Ocupados e ocupadores.
a) Um deles promove três dias de festa quando do fim da União Ibérica (comemorando a independência de Portugal) com vinho e tudo. O outro grupo não vê com alegria a festa, embora aprecie o evento.
b) Um grupo quer botar os engenhos para trabalhar aos domingos. O outro se recusa, acusando a prática de herética.
Bem, o primeiro grupo , em (a), é o dos holandeses. No item (b), o primeiro grupo é o dos portugueses!!
Ética protestante? Nem tanto.
E o melhor historiador brasileiro sobre o domínio neerlandês/batavo/holandês em Pernambuco ainda é o diplomata e historiador Evaldo Cabral de Mello.
O livro - que estava encostado na estante desde dezembro, aguardando uma chance - é A Ferida de Narciso, do próprio (e do qual vieram estas histórias engraçadas).
Vale lembrar que - acho que foi num dos livros de Jonathan Israel, outro forte nome na história dos Países Baixos - já naquele tempo a mulherada era bem liberal na terra de Erasmo (Erasmus).
Lição: preciso ler Erasmo (depois de visitar os prostíbulos batavos (?) :-) ) .
Ainda o mercado de terrorismo
Gilson e eu temos uma discussão em andamento a passos lentos sobre o abortado mercado de previsão de eventos terroristas.
Passando os olhos pelo texto, lembrei-me de um comentário que ouvi outro dia: Ah, mas aquele Nobel do ano passado, o Kahneman, é psicólogo. Ou seja, não é preciso ser economista para ganhar o Nobel de Economia?
Bem, não é preciso...desde que você tenha publicações na área. Eu nunca publiquei na Econometrica. Kahneman já publicou. Você já publicou lá? Não? Então esquece..... :)
Michael Abramowicz, Information Markets, Administrative Decisionmaking, and Predictive Cost-Benefit Analysis
Gilson e eu temos uma discussão em andamento a passos lentos sobre o abortado mercado de previsão de eventos terroristas.
Passando os olhos pelo texto, lembrei-me de um comentário que ouvi outro dia: Ah, mas aquele Nobel do ano passado, o Kahneman, é psicólogo. Ou seja, não é preciso ser economista para ganhar o Nobel de Economia?
Bem, não é preciso...desde que você tenha publicações na área. Eu nunca publiquei na Econometrica. Kahneman já publicou. Você já publicou lá? Não? Então esquece..... :)
Michael Abramowicz, Information Markets, Administrative Decisionmaking, and Predictive Cost-Benefit Analysis
Milhares de novos links!
Bem, nem tanto. Mas, aí ao lado, mais links fixos para você. Divididos em duas categorias: economia (os de cima) e outros (na mesma coluna aí do lado, só que láááá embaixo).
Bem, nem tanto. Mas, aí ao lado, mais links fixos para você. Divididos em duas categorias: economia (os de cima) e outros (na mesma coluna aí do lado, só que láááá embaixo).
Dólar
Se eu fosse contar quantos professores de Economia no Brasil levam a sério a teoria econômica austríaca, provavelmente eu acharia uma meia dúzia. E, para piorar, um deles não é brasileiro :) !
O prof. Antony Müller leciona no Rio Grande do Sul e eu o encontrei por acaso, numa destas buscas que a gente faz no google.
E ele, no artigo abaixo, defende uma tese que eu acho polêmica. Vale a pena uma conferida.
The End of Dollar Supremacy?
p.s. Tem aluno que pergunta: por que ele escreve em inglês se está no Brasil? Resposta: porque ele quer trocar opiniões não apenas com gente de Cabo Verde, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe ou alguns poucos gajos em Macau...
Se eu fosse contar quantos professores de Economia no Brasil levam a sério a teoria econômica austríaca, provavelmente eu acharia uma meia dúzia. E, para piorar, um deles não é brasileiro :) !
O prof. Antony Müller leciona no Rio Grande do Sul e eu o encontrei por acaso, numa destas buscas que a gente faz no google.
E ele, no artigo abaixo, defende uma tese que eu acho polêmica. Vale a pena uma conferida.
The End of Dollar Supremacy?
p.s. Tem aluno que pergunta: por que ele escreve em inglês se está no Brasil? Resposta: porque ele quer trocar opiniões não apenas com gente de Cabo Verde, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe ou alguns poucos gajos em Macau...