Para defender os livres mercados de seus críticos, portanto, precisamos mostrar não apenas o quanto de nossas vidas prósperas se deve a eles, mas também por que as desagradáveis paródias de capitalismo registradas em boa parte da história recente não representam fielmente a empresa de livre mercado. (...) E, além disso, tentaremos convencer o leitor de que não nos deparamos hoje com a escolha de Hobson entre um socialismo corrupto e um capitalismo corrupto como foi o caso durante boa parte da história. Há um caminho melhor e ele está ao nosso alcance.
De onde veio isto? Do livro que, a cada página, entusiasma-me mais. Difícil mesmo é aguentar o pseudo-papo de bar que supõe que a culpa de tudo que acontece é do livre mercado.
Agora, um alerta aos amigos liberais: este livro não é baseado em Mises e Hayek. Portanto, há uma escolha clara para quem acredita em mercados. Trata-se de deixar de discursos raivosos contra o uso da matemática em economia e focar os verdadeiros problemas do uso excessivo de matemática e o uso excessivo de verborragia ideológica travestida de ciência.
Estes problemas já foram apontados por Deirdre McCloskey (The Sins of Economics, um excelente mini-livrio) e por toda a carreira de Peter Boettke (basta ver seu espírito aberto na direção da Review of Austrian Economics).
O resto das opiniões, estas que negam Easterly, De Soto, Zingales, Buchanan, Tullock, Hayek, Olson e Friedman sinceramente, precisam de uma boa neosaldina para acabar com a ressaca.
Tá bom, tô entusiasmado. Mas é meu direito. Afinal, o livro é bom, o povo do blog é bom e eu, claro, sou o dono da bola, digo, do blog.
Uma pizza e uma cerveja, por favor!