sábado, abril 10, 2004

Mais do mesmo

Para defender os livres mercados de seus críticos, portanto, precisamos mostrar não apenas o quanto de nossas vidas prósperas se deve a eles, mas também por que as desagradáveis paródias de capitalismo registradas em boa parte da história recente não representam fielmente a empresa de livre mercado. (...) E, além disso, tentaremos convencer o leitor de que não nos deparamos hoje com a escolha de Hobson entre um socialismo corrupto e um capitalismo corrupto como foi o caso durante boa parte da história. Há um caminho melhor e ele está ao nosso alcance.

De onde veio isto? Do livro que, a cada página, entusiasma-me mais. Difícil mesmo é aguentar o pseudo-papo de bar que supõe que a culpa de tudo que acontece é do livre mercado.

Agora, um alerta aos amigos liberais: este livro não é baseado em Mises e Hayek. Portanto, há uma escolha clara para quem acredita em mercados. Trata-se de deixar de discursos raivosos contra o uso da matemática em economia e focar os verdadeiros problemas do uso excessivo de matemática e o uso excessivo de verborragia ideológica travestida de ciência.

Estes problemas já foram apontados por Deirdre McCloskey (The Sins of Economics, um excelente mini-livrio) e por toda a carreira de Peter Boettke (basta ver seu espírito aberto na direção da Review of Austrian Economics).

O resto das opiniões, estas que negam Easterly, De Soto, Zingales, Buchanan, Tullock, Hayek, Olson e Friedman sinceramente, precisam de uma boa neosaldina para acabar com a ressaca.

Tá bom, tô entusiasmado. Mas é meu direito. Afinal, o livro é bom, o povo do blog é bom e eu, claro, sou o dono da bola, digo, do blog.

Uma pizza e uma cerveja, por favor!
Salvando o Capitalismo

Por que este livro DEVE ser lido por todos que se preocupam com as reais causas do desenvolvimento e com os verdadeiros perigos à prosperidade?

Bem, aí vai um exemplo.

Não há como negar que os custos da concorrência e da mudança tecnológica afetam desproporcionalmente alguns segmentos. Infelizmente é principalmente sua voz, e não os desejos da maioria silenciosa ou os interesses das gerações futuras, que influenciará os políticos. O perigo das políticas conservadoras é ignorar as preocupações dos perdedores ou a ameaça que eles representam para a prosperidade geral. A política liberal (nota minha: liberal, aqui, no sentido norte-americano, ou seja, exatamente o oposto do que entendemos por liberal ou, de outra forma, algo como "social-democrata") está igualmente equivocada quando ataca o sistema que cria os perdedores em lugar de admitir que se trata de um aspecto inevitável do mercado".

Eu usaria este livro junto com o já citado do Easterly (ver algum dos posts recente), com o do Sen ("Desenvolvimento como Liberdade") e com o Mitchell & Simons ("Para além da política") se fosse professor de Desenvolvimento Econômico ou Economia do Setor Público. Apesar da importância dos modelos matemáticos nestas matérias, creio que o argumento relevante está muito bem exposto nestes livros.

É fácil ver que os maiores inimigos do capitalismo são os que não gostam da concorrência. Ou seja, para mim, este livro é a última pá de cal nos argumentos irracionais (um nome educado para o que se passa na minha mente agora...) que dizem que: "concorrência/capitalismo é algo ruim, feio, malvado e neoclássico ou neoliberal".

A partir de hoje, acabou minha paciência com estes argumentos. Acha isto mesmo? Então compre e leia estes livros. Se, depois disto, você continuar pensando assim, então você tem um problema (parece arrogante, mas, honestamente, não é).
!!!!!



Em breve, comentários sobre esta sensacional aquisição.

sexta-feira, abril 09, 2004

E mais uma vez os dados não mostram o que os lobbistas clamam...

E já usando o "Number Watch", nosso novo link fixo, aproveito para mostrar a importância dos dados para nossos eco-fanáticos-anti-estatísticas.

O ponto já foi destacado por Lomborg ("O Ambientalista Cético"), provavelmente já foi tratado no link fixo aí ao lado, Junk Science, e, agora, há um pequeno FAQ mostrando que, no mínimo, um eco-fanático deveria pensar duas vezes antes de afirmações peremptórias sobre a temperatura média da Terra (se é que este conceito faz sentido).

Como diria Karl Marx, hic, ambientalista, hic salta!

Is there such a thing as average global temperature: "All the satellite data tell us at the moment is that there are no dramatic changes of temperature occurring."
Excelente link! Será colocado como link fixo, junto ao "junk science"!!!


Veja a falácia da anorexia no número de ago/2001!!!! Amazing! (notem o uso do inglês, claramente mostrando que estou hipnotizado pelos norte-americanos malvados :D)

Here is a lovely silly season story from the New Scientist that was picked up widely across the media, which illustrates one of the more common statistical fallacies

June babies have higher risk of anorexia

19:00 08 August 01
Alison Motluk


Anorexic women are most likely to have been born in the spring or early summer, reports a researcher in Scotland. The finding raises the possibility that a common winter infection, such as flu, may predispose an unborn baby to the condition.

"It's not the whole answer," says John Eagles of the Royal Cornhill Hospital in Aberdeen. But it could be an unrecognised cause of anorexia nervosa, which affects around one per cent of girls in the US.
Preferências e consumidores

Uma pausa para uma preferência particular minha: gerar renda para o sistema capitalista através da repetição de filmes antigos, preferencialmente de má qualidade.

Este aqui, por exemplo, tem um enredo (e um título) totalmente malucos... B-Notes - Mars Needs Women (1967)
É a globalização

Xenófobos brasileiros deveriam falar tupi-guarani pois, afinal, o português é uma língua importada por colonizadores sanguinários, né?

Pois a xenofobia linguística é uma das mais estranhas que eu conheço. É algo como: "nossa língua é estática, pura e a interação com outras línguas é maléfica". E, claro, nossa música é melhor que a americana (qual delas? o jazz? o rock? o zydeco? o blues? o country?...), nossa língua é a mais bonita do mundo e não temos do que reclamar.

Haja preconceito! Mas o uso das línguas é um dos melhores exemplos de interação entre demanda e oferta que eu vejo no mundo. A troca de termos é marcante. Quem ouve música japonesa pop sabe disto. Mas esta é uma via de mão dupla.

Anime sparks Japanese word boom


By Sumiere Kunieda
Mainichi Shimbun

April 5, 2004

LOS ANGELES -- New Japanese words are creeping in the vocabulary of American society. While many of them aren't in English dictionaries yet, the Internet is flooded with them.

Type in "kawaii" (cute), "etchi" (indecent), "otaku" (fanatic), "bishojo" (beautiful young girl), or "onigiri" (rice ball), on Google's search engine and you'll come up with thousands of results for each.

Why have words such as these infiltrated the language? One reason, it seems, is the popularity of anime -- Japanese animation characterized by colorful graphics and lively characters.


Bye, bye, xenófobos... :D
Eu realmente nunca vi isto

Quem confunde "freedom fighters" com "terrorists" pode fazer seu julgamento. Terroristas ameaçam queimar civis capturados e indefesos. Seres humanos, não.

Mainichi Interactive - Top News: "In a video message sent to and aired Thursday by Qatar-based broadcaster Aljazeera, the hostage takers said they would burn the Japanese nationals alive unless Tokyo withdrew its Self Defense Force (SDF) troops."
Quem foi Peter Bauer?

Elogiado por McCloskey, ignorado no Terceiro Mundo, Peter Bauer ganhou o Prêmio Milton Friedman do ano passado. E, claro, muita gente nem sabia quem ele era (eu incluso).

Quem, afinal, era este cara? O que ele pensava sobre as teorias de desenvolvimento econômico?

The work of the great free market economist and classical liberal Lord PeterBauer

quinta-feira, abril 08, 2004

Google x Scirus?

Segundo a Wired, o novo engenho de busca é somente para informações científicas. Conheça Scirus - for scientific information!!
O que, afinal, é Economia?

O falecido Paul Heyne responde esta pergunta com muita propriedade. Bom para estudantes, em formato pdf.
Anti-americanismo

Leitores deste blog podem se sentir, às vezes, inquietos quanto aos EUA. Ou são contra qualquer coisa que venha de lá, ou a favor. Às vezes, condenam o governo americano por coisas que ele não fez e vice-versa.

De qualquer forma, este livro deveria ser referência obrigatória no exame da obsessão anti-americana.

Uma coisa é criticar certas políticas do governo dos EUA. Outra é acusar os EUA de serem isolacionistas e, em seguida, pedir a intervenção dele em Kosovo (para citar um exemplo).

Vale dizer: críticas devem ser consistentes. Revel ajuda a botar um pouco de ordem na casa.
Afinal, quem são os curdos?

A grande imprensa dá muita atenção a palestinos e judeus. Mas eu tenho lido pouco sobre este povo, os curdos. E é bom lembrar que estes caras sofreram um bocado quando Saddam resolveu usar armas químicas contra eles. Bem, não são turcos, não são judeus, não são árabes....quem são os curdos?

O início da pesquisa pode ser através deste site. Mas veja também a agência de notícias deles aí nos links fixos ao lado.
A temível iniciativa individual

Nada como a "temível" iniciativa privada. Agora, com foguetes. Confira no link abaixo.

Yahoo! News - Government Licenses First Private Rocket

quarta-feira, abril 07, 2004

Sindicatos: defensores...do próprio bolso?

Sindicatos de empregados são vistos com simpatia por muita gente. Pudera: há muito mais membros na CUT do que na FIESP.

Ok, mas sindicatos não são feitos de anjos. Há seres humanos normais lá dentro. E, alguns deles, claro, estão muito preocupados com o próprio bolso. Confira clicando no trecho abaixo e depois se pergunte: são os sindicalistas mais próximos do bom selvagem rousseauniano ou do homo economicus?

"Isso cria uma verdadeira indústria de ações trabalhistas, indústria de litígio. Eu conheço casos concretos em São Paulo, mas deve existir em outros lugares do Brasil, de sindicatos que procuram o funcionário demitido após a demissão e oferecem a ele pagar uma quantia à vista em troca de ele ceder todos os direitos de acionar um empregador na justiça - o que for obtido fica pro sindicato. Você chegou a uma situação de mercado secundário de ações trabalhistas no Brasil. Quem sofre com isso, além da empresa, é o próprio trabalhador brasileira, porque não se cria o emprego nessas condições. Os bancos, por exemplos, preferem a automação, porque o risco de litígio e de passivo trabalhista é muito alto."
Em homenagem aos meus alunos fumantes

Um dia destes eu me vi no meio do furacão em uma tarde no IBMEC. Claro, as aulas de dúvidas nem sempre são só para dúvidas. Alguns alunos gostam de extrapolar os exercícios e isto é bom em algumas ocasiões.

Esta foi uma delas.

A aluna, no caso, fumante, viu-se cercada por argumentos de seus colegas (não-fumantes) sobre proibições e tudo o mais. Tudo começou com um exercício daquele livro de introdução à economia do Mankiw.

Bem, eu sou mais coasiano do que pigouviano. E acho que a aluna fumante gostaria de ler esta matéria.

A propósito, eu só fumo charutos.
Exércitos privados

"A Defesa Nacional é um bem público".

Esta frase é comum nos livros-textos. Contudo, há que se considerar duas coisinhas importantes:

a) A defesa local não é um bem público. É um bem semi-público (um bem de clube, para ser exato...), pois é fornecido apenas à localidade. Por isso você tem guardas municipais ou PM's estaduais.

b) A tecnologia muda o caráter do bem público. O que é um bem público? Não é nada mais do que um bem não-rival e não-excludente. Ou seja, nada a ver com "produzido pelo Estado". Aliás, o Estado nem sempre usa este critério. Correios, por exemplo, são ofertantes de bens absolutamente privados e, por outro lado, programas de rádio privados são claramente públicos.

Bem, o que é "não-rival" e "não-excludente"? Basicamente, a primeira característica diz respeito ao fato de que o custo marginal (na margem de pessoas que o consomem) é zero. Isto é, você pode colocar mais um consumidor que o custo de ofertar o bem é zero. Como diz David Friedman, é um caso de monopólio natural com CMg = 0. A "não-excludabilidade (não-excludência)" diz respeito ao fato do produtor não poder controlar quem tem acesso ao bem.

Assim, é fácil ver que a tecnologia pode, sim, transformar a defesa de um bem público para privado (pense nas cercas elétricas dos prédios....elas são vendidas por empresas privadas!). E é este o assunto de um post que coloquei aqui há algum tempo e, claro, é também o motivo da matéria "O Mercado e a Guerra" que tem uma perspectiva bem pessimista quanto ao funcionamento do mercado.

Embora eu discorde de seu pessimismo quanto ao funcionamento do mercado, creio que ele levantou uma discussão importante.
E o capitalismo continua salvando o mundo...

Da insuspeita Wired, eis aí uma reportagem legal de como o ambientalismo pode ser mais do que um fanatismo ludita.

Wired News: Using Capitalism to Clean the Sky
2+2=3 (use teoria dos conjuntos para ver que isto está correto)

Se você quer um bom livro intermediário de cálculo (só para limites, derivadas, integral, estas bobagens), eis um bom: Cálculo dos autores Hoffmann & Bradley. Claro, para equações diferenciais, o clássico ainda é Equações Diferenciais Elementares e Problemas de Valores de Contorno de Boyce & Diprima.

O que eu nunca acho, pelo menos conforme minhas preferências, é um livro de matemática discreta com equações em diferenças. Meu irmão e seu batalhão de amigos "computeiros" certamente podem me ajudar nisto.

Sobre o título? Ah...é fácil. Põe um diagrama de Venn no papel e veja que dá. :D

terça-feira, abril 06, 2004

Por que você deveria comprar este livro

Quer saber? Então vá até a página do autor, um velho conhecido meu de discussões sobre "Public Choice". Em breve, meus comentários sobre o livro.

Understanding Democracy
Enquanto isto, na sala de justiça...digo...em Kashmir...

Nem tudo é notícia ruim no mundo. Veja, por exemplo, esta.

segunda-feira, abril 05, 2004

Enquanto os brasileirinhos ficam amuadinhos...

...as pesquisas no resto do mundo avançam. Não, é sério! Aqui o povo tem "vergonhinha" de discutir certos tópicos. Isto está acabando com o natural avanço do tempo sob contato crescente com pesquisadores do resto do mundo. Bom! Muito bom! Mas ainda há quem tenha medo de mandar artigos para jornal(ecos) e jornais ou mesmo para revistas científicas sobre este tema.

Tá, desabafei um pouco. Mas que é verdade, é (ainda mais que médicos não gostam de ter de dialogar com mortais comuns que não entendem o "mediquês" deles, he he he).
Salvam-se alguns (poucos) alunos?

Se você, leitor, passou por este blog nestes últimos dias, viu um post do Gilson sobre suicídio. Ocorre que tenho um aluno que é praticamente tarado por este assunto. Chama-se Rafael. Mandei a ele o link do post e sugeri que ele fizesse comentários.

Normalmente, isso não rende muito. Mas, para alguns, pensar não é algo tão caro assim. Então sempre há um ou outro post de um ou outro aluno meu. Mas o Rafael me enviou um arquivo, no final do dia, com umas 6 (seis) páginas, uma introdução, uns quatro ou cinco gráficos, tabelas e normatização muito próxima da exigida pela ABNT.

Pois é. E ele está se recuperando nas notas. Trata-se de um caso de convergência? Círculo virtuoso? Ou Rafael descobriu que fazer monografia (ele ainda está no sexto período) sobre algo que se gosta é ótimo porque você mesmo tem interesse em estudar profundamente o tema? Ou.....tudo isto junto? Sinceramente? Não sei. Mas estou achando isto ótimo.
Doação privada e pública

Hoje recebi, das mãos do meu chefe, o Ernani, dois envelopes. Em um deles, simples, havia um pequeno cd-rom (minidisc) que recebi pela biblioteca (embora a bibliotecária não tenha se lembrado da história) seguindo a dica (do ano passado?) do (altruísta) Leo, aqui do blog. No outro pacote, mais bem cuidado, dois livros do diplomata Meira Penna, um companheiro de debates no IL (embora ele seja do IL de Brasília).

Bem, o minidisc veio rachado, infelizmente. Os livros de Meira Penna não se destinavam à biblioteca, mas eram um presente do gentil autor para mim. Um deles, O Dinossauro foi, inclusive, o primeiro livro dele que eu li na minha vida. O outro, embora de outro autor, era um que eu ainda estava por comprar. Meira Penna me ajudou nesta!

O "Dinossauro" é um bom livro, não só porque seu autor viveu (e sofreu, como dizia Janer Cristaldo ao se referir a São Paulo em suas colunas - "o autor vive e sofre em São Paulo") como um diplomata e, portanto, esteve mais perto das falhas da burocracia, como também é gostoso de ler.

Leitores mais antigos sabem que, há pouco tempo, coloquei aqui uma resenha sobre o último livro de Meira Penna, "Da Moral em Economia" o qual não me agradou tanto quanto o bom e velho "O Dinossauro". Enfim, o que importa é que Meira Penna não se rende ao debate.

Resumindo: (i) doação privada à biblioteca feita por mim hoje (e Meira Penna deve estar feliz com isto), (ii) doação pública infelizmente não concretizada por problemas de acondicionamento do material e (iii) ganhei um livro que queria ler há algum tempo.

Para mim, o saldo ainda foi positivo. VALEU, SR. MEIRA PENNA!
Questão de segurança nacional....de novo?

Alguns momentos complicados:

1. O presidente do Brasil diz, numa reunião, que o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares é injusto.

2. O governo do Brasil assume a posição de que apenas órgãos da mega-burocracia global (ONU, Haia, AIEA, etc) têm o direito de decidir se fulano ou beltrano burlaram as leis internacionais (pense no caso de Saddam).

3. Quando a AIEA anuncia vem ao Brasil e quer nos fiscalizar, o governo coloca barreiras à inspeção.

Dá para ver que 1, 2 e 3 não são compatíveis. Claro que há uma tecnologia nuclear sendo escondida aí. Se a inspeção é feita por quem sabe mais do que a gente, não há problemas em se a revelar porque não será roubada. Por outro lado, se o objetivo é esconder seu estágio de desenvolvimento, então há, sim, razão nos que se recusam à submissão a inspeções da mega-burocracia global.

Mas, é verdade, tem-se um problema aqui. Afinal, não é difícil saber que alguns dos nossos especialistas em Defesa acham que, por exemplo, mesmo com nosso papel limitado no cenário mundial, submarinos que empregam sistemas de propulsão nuclear são interessantes. O custo-benefício disto? Bem, isto fica para você refletir.

"O Brasil não está escondendo absolutamente nada. O Brasil está se submetendo a toda a fiscalização, toda a inspeção", disse ele à BBC Brasil.

Mas o ministro admitiu que o governo brasileiro não quer retirar uma "tela de proteção" das centrífugas de processamento de urânio na planta de Resende durante a inspeção para não revelar a tecnologia desenvolvida por técnicos brasileiros, depois de pesquisa que "custou quase US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,89 bilhões) ao Tesouro Nacional".

domingo, abril 04, 2004

Lembram do Tax Freedom day?

Pois o Davi reviu as estimativas para 2003. Grande sujeito este! Aqui vai a mensagem dele:

Peço desculpas pela demora da resposta, é que domingo é dia de relaxar um pouco.

Realizei o cálculo e realmente havia errado no anterior, a carga tributária estava correta, mas no PIB havia simplesmente esquecido de levar em consideração a inflação do ano de 2003 (economista fraco este, esqueceu algo banal).

O valor é 131,8 dias para o governo, somente no 132,8 você começa a trabalhar para você.

Um grande abraço.


Pois é. Obrigado Davi.
Órgãos para transplante

David Heinrich tem bons pontos sobre o mercado ilegal de órgãos.
O famoso "complexo industrial militar" ou "Por que Kim é mais perigoso que Bush"

Ok, aqui venho eu novamente com dados. Os campeões em gastos militares em percentagem do PIB (fonte: CIA - The World Factbook -- Rank Order - Military expenditures - percent of GDP)

Rank Country Military expenditures - percent of GDP(%)
1 Korea, North 33.9
2 Mali 15
3 Saudi Arabia 13
4 Ethiopia 12.6
5 Oman 12.2
6 Eritrea 12
7 Qatar 10
8 Israel 8.75
9 Jordan 8.6
10 Maldives 8.6

Pegue estes países, leitor, e correlacione com o índice de liberdade econômica (por exemplo, o do Fraser Institute) ou com o IDH da ONU. Depois pense um pouco. Terrível, não?

Observe que gastos militares não são sinônimos de gastos de defesa. Mas são um bom indicador da presença do Estado na economia. Uma presença marcante, pois armada e uniformizada.
O Globo atende as preces de Claudio e Gilson

Mais uma daquelas coincidências...

Petróleo & Gás

Vem, inclusive, com estatísticas...
Aí eu pergunto: por que não proibem o porte de arma dos caras que mais matam?

Não deixa de ser doentio a falta de debates sobre o tema. Você proíbe o porte de armas legais por civis, deixa bandidos com suas armas ilegais e ainda ficamos sabendo que a PM paulista é a que mais mata.

Realmente, há algo errado na proposta de proibição do porte de armas. Proposta, aliás, já aprovada.

Número de civis mortos pela PM é o maior em 12 anos, revela levantamento - Leonardo Fuhrmann e Luísa Alcalde - Diário de S.Paulo
A bobagem da xenofobia

Esta é muito boa: alguns políticos norte-americanos dizem que os EUA estão perdendo empregos para o resto do mundo. Ok, isso é discurso de qualquer político (lembre-se de 2002...). Mas aí alguns caras tentam lucrar vendendo produtos "made in America" (por isso gosto de empresários). Contudo, ninguém sabe ao certo o que é "made in America" nestes dias.

A xenofobia tem pernas curtas...

Wired News: Bad Times for U.S. Goods Sites