sábado, novembro 20, 2004

Observando a imprensa com mais cuidado

Se Benedita da Silva disser que não usou indevidamente o dinheiro público e que, adicionalmente, quem disser isso, pratica crime de discriminação racial e de gênero, a imprensa brasileira dirá....(preencha o espaço lembrando do que já leu).

Agora, se Condolezza Rice emitir uma opinião qualquer sobre o Iraque, a mesma imprensa poderá ser acusada de discriminação?

Enquanto você pensa nisto, veja mais este contraste:

1. “Não pode falar muito alto isto, não. Lula bebia, Lula bebia mesmo. Lula tinha um armário, no último armário da sala dele, um garrafão assim. A gente recebia uísque em garrafão. Era até um homem chamado Gordo que levava para a gente. E a gente já tinha aqui tudo reservado para a noitada. E aí meu marido falava: ‘A que horas você chega?’ E eu dizia: ‘Se não tiver trabalho, eu chego cedo’. Imagina! Eu ás vezes nem ia para casa, amanhecia o dia...”

A fala acima pertence a uma mulher chamada Luíza, natural da Paraíba, que trabalha na lanchonete do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, herdeiro do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, que já foi presidido por Lula. Ali ele iniciou a carreira política que o levou a comandar o PT e, depois, o Brasil. Integrava o documentário Peões, de Eduardo Coutinho, que estréia no próximo dia 26, em exibições sempre alternadas com Entreatos, de João Moreira Salles. Integrava! O cineasta decidiu cortá-la para, afirma ele, Luíza “não ficar mal” — segundo entendi, “não ficar mal” lá no sindicato.

Coutinho chegou mesmo a especular que ela poderia ser considerada uma “traidora da classe” por conta do que disse. Em entrevista à Folha, disse ter-se arrependido de usar tal expressão. Deixo aqui registrado que tenho grande admiração por Coutinho. Cabra Marcado para Morrer e Edifício Master, por exemplo, são filmes inteligentes, sensíveis, competentes. Almir de Freitas, redator-chefe da revista, que escreve a respeito de Peões e de Entreatos na edição de dezembro, viu a pré-estréia de ambos e os considerou excelentes. Não duvido.

Mas Coutinho, não há como ignorar, arranjou um péssimo argumento para justificar o corte. Vamos ver. Segundo sei — não vi ainda —, seu filme encontra alguns companheiros de Lula das jornadas sindicais do fim dos anos 70 e início dos anos 80, lá na pré-história do PT, quando sindicalistas, setores da Igreja, do estudantado, da academia e egressos da extrema esquerda se juntaram para criar um partido “sem patrões” e fundar as bases de um certo socialismo democrático — o que, convenha-se, tivessem conseguido, teria sido, ao lado da jabuticaba, a mais nativa das realizações. Se alguém já cruzou, em algum momento da história, com democracia e socialismo debaixo do mesmo teto teórico ou prático, favor enviar e-mails à redação. Vou poupar os leitores, agora ao menos, do que penso sobre o socialismo petista, especialmente nesta fase em que o partido, rumo à libertação, decidiu pegar o atalho que passa pelo quintal de Roberto Jefferson e do PP de Paulo Maluf...


2. Na quinta-feira, 28 de outubro, quando faltavam três dias para as eleições em Porto Alegre, um grupo de intelectuais, jornalistas, artistas, empresários e profissionais liberais decidiu publicar nos jornais da capital gaúcha um manifesto em apoio ao candidato José Fogaça (PPS). Surpreendentemente, a tentativa acabou frustrada. Dos jornais consultados, dois exigiram da Justiça uma espécie de “salvo-conduto” judicial para assegurar a publicação e outro negou-se a publicar. Temiam a condenação por parte do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul.

Tentou-se então publicar um espaço em branco, com o texto: “O espaço acima estava destinado para conter a expressão do pensamento dos signatários (todos devidamente identificados), mas a publicação não foi autorizada. Impedidos de manifestar a expressão de nosso pensamento, assegurado na Constituição, não abandonamos nossas idéias e nossos ideais. Fica o espaço em branco e a nossa crença inabalável no valor da liberdade”. Para surpresa, nem isso foi aprovado pelos jornais, em um flagrante abalo da liberdade de expressão garantido na Constituição Federal.


Em (1) você tem um sujeito se auto-censurando com temor de ofender os - ah, Raymundo Faoro - donos do poder. Em (2) você tem os jornais se auto-censurando - Raymundo, você aqui de novo? - por temor de ofender (e perder verbas publicitárias...aliás, quanto do lucro de um jornal vem de verbas publicitárias? Onde estão os cientistas sociais deste país quando se precisa deles?) os mesmos...donos do poder.

O ponto importante aqui é o seguinte: imprensa parcial não ajuda no crescimento econômico. Se houvesse uma variância maior da mesma em relação ao "poder", aí, creio, seria mais fácil pensar em termos de economia política. Mas, infelizmente...
Burocracia

Já havia lido isto no Politsburger, mas não é demais frisar aqui a notícia.

Das mazelas brasileiras, a burocracia talvez seja a mais democrática. Os indicadores sobre a quantidade de procedimentos, o tempo perdido com eles e o custo das exigências legais no país estão entre os piores de todo o mundo. As dificuldades vão da abertura e fechamento de empresas ao registro de compra de imóveis; da concessão de crédito à cobrança de dívidas; da rigidez da legislação trabalhista às regras de proteção aos investidores. O diagnóstico está no relatório “Doing business in 2005” , que o Banco Mundial (Bird) divulga anualmente.

A última edição do relatório analisou o nível de burocracia em 145 países. O Brasil ficou em último no ranking que compara a complexidade do processo de falência, informou o economista Simeon Djankov, principal autor da publicação. No Brasil, a insolvência de uma empresa chega a levar dez anos, um processo arrastado e que consome 8% do patrimônio envolvido.


A pergunta é: O falecido Celso Furtado, Carlos Lessa e patota nacionalista diriam que o Bird estaria a serviço do império global-excludente-norte-americano? Ou concordariam com o estudo do Bird?

Pois é. Falando nisto, Celso Furtado morreu. Fez trabalhos relevantes para a história econômica brasileira na época em que dados eram escassos. Lamentavelmente, nunca fez revisões de suas teses à luz dos dados e estudos posteriores (não se pode dizer que fosse positivista...) como a sensacional dissertação de Simão Silber (FIPE-USP) e outros tantos trabalhos de historiadores talentosos.
Mais sobre Oil-for-food

Como a mega-burocracia mundial, a ONU, deixou passar esta? A BBC faz uma, digamos, "pesquisa informal".

BBC NEWS | Middle East | Companies in 'oil-for-food scam'

sexta-feira, novembro 19, 2004

Nazistas modernos?

Um tópico preferido do economista canadense Pierre Lemieux (procure-o no google) é a cruzada anti-fumo. Leia mais sobre as origens nazistas desta campanha (e sobre o que mudou desde o baixinho austríaco) no link abaixo.

spiked-health | Column | We have ways of making you stop smoking
Livro - Lançamento

Posted by Hello

Não sei o nome do livro, mas sei que Mauro, Sabino e André (um autor deste blog que praticamente não publica nada aqui de tão preguiçoso que é) estão lá. Quem sabe alguém não põe um comentário com detalhes sobre o livro?
Prêmio Nobel da Paz de 1994 tinha dinheiro em paraísos fiscais...digo...ainda tem

A CIA descobriu uma complexa rede de investimentos pertencente ao líder palestino Yasser Arafat, morto na semana passada, revela o semanário austríaco Format, na edição desta quinta-feira. Segundo a publicação, fontes da agência de inteligência americana informaram que os investimentos de Arafat estariam espalhados em contas bancárias e participações empresariais em paraísos fiscais que somariam, no mínimo, US$ 1,5 bilhão.

A rede teria ativos do Canadá ao Caribe, passando pelo norte da África. As investigações teriam descoberto, entre outras, uma participação de US$ 9 milhões da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) na empresa farmacêutica canadense Bioniche Life Sciences Inc.

Também foram descobertas, segundo a Format, participações da OLP em fundos de investimentos como Avmax, Onyx, Sliver Haze e Chalcedony, nos EUA e na ilha caribenha de Aruba, que somam cerca de US$ 200 milhões.


Arafat ganhou o Nobel da Paz em 1994.
A Economia Política dos Plebiscitos

Excelente artigo do Reinaldo Azevedo, este. Mostra bem como um discurso esperto encobre a óbvia demarcação prévia da agenda de votações, um problema clássico de Escolha Pública.

Se você queria um exemplo empírico, ei-lo! Clique no trecho para ler o genial artigo.

A última moda agora de alguns setores que se sentiram traídos pelo governo Lula — uma fantasia alimentada por um quarto de século — é pregar o “desbloqueio” (?) do plebiscito e do referendo no Brasil. O redator do anteprojeto é o advogado Fábio Konder Comparato, histórico militante petista, ora desencantado com os rumos tomados pelo governo Lula. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) encampou a proposta. Aqui e ali já se lêem nos jornais artigos de assentimento, entendendo-se que se criariam mecanismos para, enfim, ouvir esse tal povo.

Curioso, muito curioso! Comecemos por uma questão já bem antiga: se você, leitor, gosta de plebiscitos e referendos e os defende como mecanismos para o exercício da democracia direta, então, claro, é um progressista daqueles dignos de figurar nos salões onde pessoas politicamente corretas desfilam seu charme inteligente e seu amor pela sabedoria popular. Se, ao contrário, alimentar algum temor de que as duas práticas possam ser um atalho para o inferno institucional, eis um irremediável reacionário: detesta o povaréu, tem medo da massa organizada, pretende, fechado num bunker, agarrar-se até a morte a seus privilégios. Os mais exaltados o chamarão mesmo de “fascista”. Um tipo novo, é claro: um fascista com medo das massas.

Ó ironia! Em 1991, o agora autor do anteprojeto, o mesmo Comparato, ainda alimentando, é óbvio, o sonho de que seu partido um dia chegasse ao poder (e chegou, não é?), escreveu um artigo na Folha de S.Paulo desancando aqueles que pretendiam um plebiscito para decidir sobre a instituição ou não da pena de morte no Brasil. Está na página 3 da edição de 19 de março daquele ano.
Se fosse o Collor, seria vazamento criminoso de informação. Cadê a tal ética?

Como é que R$ 500 mil podem ser confundidos com R$ 47.548,48?

E mais: Sarney retirou dinheiro do Banco Santos.

Conclusão: já se passaram mais de 100 (cem) dias de governo. O que temos em termos de ética?

p.s. não estranho os resultados desta pesquisa. Afinal, se os que se diziam os representantes da ética, do povo, etc, podem se confundir com relação a quinhentos ou quarenta e sete mil, não é estranho ver a aliança do segundo turno em São Paulo entre a derrotada Marta e o bom e velho...Maluf.
Regulamentação do governo: o mau exemplo

Projeto de Salvação Nacional - Antonio Roberto Batista*

Finalmente alguém na Câmara Federal toma uma atitude realmente relevante para o bem estar da Nação! Vejam que não atinge apenas o estreito universo dos eleitores mas, principalmente, beneficiará o maior amigo do Homem. Não se trata do whisky, assim considerado pelo falecido poeta Vinícius de Moraes, mas do cão mesmo, tradicional companheiro a que a consagração popular concedeu esse título.

O Deputado Federal "Pastor Reinaldo" do PTB-RS apresentou um indispensável projeto de lei para proibir sejam dados nomes humanos aos animais de estimação, o que vem acontecendo, crescentemente, ao arrepio do respeito devido a ambas as partes. Meu velho amigo Luiz Peluso já havia me advertido quando soube que meu boxer fora "batizado", digamos assim, como Carlos Raimundo Popper, vulgarmente "Popper", homônimo, portanto, do nosso filósofo predileto. Nosso: meu e do Peluso, é claro. Os dois xarás não se conheceram.

O incrível dessa história é que, principiando a escrever este comentário, resolvi dar uma olhada no portal da Câmara dos Deputados para saber quem era este deputado e que outros projetos exóticos teria para nos oferecer. Para minha surpresa, descobri que se trata de parlamentar com um conjunto de excelentes contribuições em áreas como educação, saúde, segurança pública, proteção da fauna etc. Ao passar os olhos pelo conjunto dos seus 83 itens elencados, nota-se, claramente, que não é um deputado qualquer voltado para projetos irrelevantes ou folclóricos. Sua atuação parlamentar é de qualidade. Por que, então, perde tempo com uma idéia dessas? Realmente não sei. Quando escrevi "O adestrador de papagaios"1 achei que estava fazendo ficção.

Lembrei-me que o Dr. Cândido Prunes já nos revelou, nesta coluna, que dispomos de 555 diplomas legais envolvidos na regulamentação da feijoada e - também indispensável - que há uma lei no Rio de Janeiro determinando seja o papel higiênico feito exclusivamente a partir da celulose. Concluí que lá em casa vivemos cada vez mais imersos no mundo da contravenção, pois minha mulher, que faz uma deliciosa feijoada, ignora por completo esses cabalísticos 555 regulamentos e todos nós adorávamos o nosso Popper, da mesma forma a nossa Brenda Lee, sua jovem e irrequieta viúva. Quanto ao papel higiênico, não me preocupei tanto, pois parece que essa lei não alcança São Paulo.

Ficam mais duas perguntas. Primeira: por que nossos legisladores, pagos por nós, acreditam que lhes cabe reformar o mundo, os costumes mais privados, proteger-nos de nós mesmos e até regular o nome dos nossos bichinhos? Segunda: considerando que o deputado proponente se denomina "Pastor" Reinaldo, quem representará o interesse das diversas linhagens caninas que também utilizam esse título há bastante tempo?

* Diretor do Instituto Liberal

quarta-feira, novembro 17, 2004

A Falácia da Janela de Vidro Quebrada (e como Paul Krugman também seguiu esta falácia em um infeliz artigo)

Genial!

Walter E. Williams: Economic lunacy

Trechos: Bastiat wrote a parable about this that has become known as the "Broken Window Fallacy." A shopkeeper's window is broken by a vandal. A crowd forms, sympathizing with the man, but pretty soon, the people start to suggest the boy wasn't guilty of vandalism; instead, he was a public benefactor, creating economic benefits for everyone in town. After all, fixing the broken window creates employment for the glazier, who will then buy bread and benefit the baker, who will then buy shoes and benefit the cobbler, and so forth.

Those are the seen effects of the broken window. What's unseen is what the shopkeeper would have done with the money had the vandal not broken his window. He might have employed the tailor by purchasing a suit. The broken window produced at least two unseen effects. First, it shifted unemployment from the glazier, who now has a job, to the tailor, who doesn't. Second, it reduced the shopkeeper's wealth. Explicitly, had it not been for the vandalism, the shopkeeper would have had a window and a suit; now, he has just a window.

The broken-window fallacy was seen in a column written by Princeton University professor Paul Krugman after the terrorist attack on the World Trade Center, "After the Horror" New York Times (Sept. 14, 2001). He wrote, "Ghastly as it may seem to say this, the terror attack -- like the original day of infamy, which brought an end to the Great Depression -- could do some economic good." He went on to point out how rebuilding the destruction would stimulate the economy through business investment and job creation. Again, do the smell test. If Krugman is right, wouldn't the terrorists have done us a bigger economic favor if they had destroyed buildings in other cities?
O que Bush deve fazer?

Segundo este estudo, os EUA deveriam diminuir suas relações amistosas com o governo (não-tão-democrático-assim) da Arábia Saudita.

Acho uma opinião bem mais "libertária" do que "republicana" (leitores da Reason sabem do que falo). E acho interessante. Só que não é totalmente libertária. Para tanto, tem de parar de injetar dinheiro em ONU, Banco Mundial e em ajudas humanitárias financiadas via impostos. Aliás, Bush ia neste caminho até o 11.09. Bin Laden, no fundo, conseguiu aumentar os subsídios americanos para presidentes de regimes políticos nem sempre livres e/ou democráticos.

Se você quiser ter uma idéia dos resultados, aí estão eles:

WASHINGTON - One of the most comprehensive studies of American attitudes toward energy independence and the Middle East finds that energy policy will be a pivotal issue in the 2004 presidential campaign. American voters are genuinely troubled by the rising price of gasoline and America's continued reliance on foreign oil.

Click here to read the poll results in their entirety.

The key findings of the poll indicate that:

* By an almost 3 to 1 margin, Americans prioritize "reducing our reliance on foreign oil" over "cheaper prices for oil and gas."

* 91% of Americans agreed (74% strongly agree) that "when it comes to energy, we need an America that relies on its own ingenuity and innovation - not the Saudi royal family."

* 83% of Americans agree that "reducing our dependence on foreign oil must be a top priority for the next administration."

* 57% of Americans say that the U.S. government should allow energy companies to explore for oil in Arctic National Wildlife Refuge (ANWR), as well as in many areas off the U.S. coast.

Since September 11th, Americans have become increasingly aware of the link between oil, politics, and terrorism, and they now fear that buying oil from the Middle East means financing terrorism. For this reason, Americans are overwhelmingly in favor of reducing U.S. dependence on foreign oil. In fact, by an almost 3:1 margin Americans believe that "reducing our reliance on foreign oil and gas" was more important to them than "cheaper prices for oil and gas."

These facts lead Americans to question close U.S. ties to Saudi Arabia. A soaring 60% of Americans have an "unfavorable" image of Saudi Arabia. Moreover, 57% of Americans say their opinion of Saudi Arabia has "worsened" since 9/11.
Incentivo é isso aí. O resto é bobagem...

Sabe aquele aluno que passa a aula conversando com os colegas, reclamando que não tem incentivo para estudar, (e não estuda), não assiste as aulas, sai muito e volta só para a chamada e não consegue articular bem as idéias quando fala?

Bem, um incentivo para corrigir ao menos o problema das habilidades verbais dele já existe: um choque elétrico! Isto mesmo!

A notícia está neste blog: Common Knowledge: Electric Shock Increases Verbal Skills.

Talvez o "Apagão" tenha causado mais danos à sociedade (bem-estar) do que imaginávamos...isto sim é notícia engraçada...
As novas Minas Gerais

Elas estarão em algum lugar....no espaço...Já falei disto aqui, neste blog, antes. Mas vale a pena voltar ao tema. Matéria boa.

Wired News: The Final Capitalist Frontier
Mudança de temperatura....cientificamente falando

Fuja do discurso fácil sobre o - dããã - aquecimento global. Esta matéria da "The Economist" está bem bacana e é mais séria que a maioria do que leio nos jornais em português latino-americano.

Economist.com | Climate change
Bem-estar e comércio internacional

Tem gente que acha que o comércio pode mudar o regime político de um país. Ronald Reagan não pensou assim. De forma inteligente, ele usou a economia para acabar com a ditadura soviética, mas não através de uma proposta como a deste artigo: A World Connected - No More Cuban Embargo.

A idéia, aqui, é que o embargo a Cuba favorece o ditador cubano (o mesmo poderia ser dito de Saddam na era do Oil-for-food, por exemplo).

Agora bem, sabemos que uma autarquia (= um país fechado ao comércio internacional), quando submetida ao mesmo, apresenta ganhos de bem-estar, de forma geral. Mas não é tão claro - como num gráfico - o que deve acontecer com o sistema político de um país.

Uma forma fácil de pensar isto talvez seja imaginar que exista, inicialmente, um sistema de quotas poderoso (uma economia bastante, mas não totalmente, fechada). E o exercício interessante passa a ser o seguinte: como o sistema de quotas pode ser destruído pelo livre-comércio? [dica: identifique consumidores e produtores. Em seguida, observe que os custos de transação políticos de se reunir consumidores é muito maior do que os necessários para acordos entre empresários. Siga em frente. Uma boa resposta, simples e elegante, pode ser um bom início para você entender Escolha Pública].
Vacinas para a Doença Holandesa? Direitos de propriedade bem definidos!

Interessante artigo da esposa do Don Bodreaux, da George Mason University, a sra. Karol Bodreaux, sobre o bom e velho petróleo.

A World Connected - From Curse to Cure

Para meus alunos calouros: como você relaciona a idéia da sra. Bodreaux com o conceito de excludência e rivalidade do petróleo? Em outras palavras, a mesma pergunta é: o que a idéia da sra. Bodreaux causaria em relação a estas duas dimensões de um bem como o petróleo? Esta é uma boa pergunta para uma resposta sintética porém precisa. E é uma boa pergunta para uma prova. :)
Para que um Congresso se você tem medida provisória para tudo?

Pelo que me lembro, da Constituição, MP's somente para casos graves e/ou sérios. Ou estou enganado e futebol é mais importante que mortes no Rio de Janeiro por armas de fogo ilegais?

O futebol é o próximo alvo da sanha legislativa do governo Lula. O Planalto irá editar nos próximos dias uma medida provisória obrigando os jogadores a ficarem em concentração – dormindo e comendo na sede do clube ou em hotéis – por, no mínimo, três vezes na semana. A medida foi criticada por parlamentares da oposição.

“Como se não bastasse a grave crise que atinge o Legislativo, o presidente Lula resolve se intrometer até no cotidiano dos clubes. Trata-se de uma medida inócua que não tem relevância e nem urgência (condições exigidas para a edição de MPs)”, protestou o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), um dos vice-líderes tucanos. “É a interferência do Estado em matéria que só depende de negociação entre os interessados”, lamentou o deputado federal Atila Lira (PSDB-PI).

Na prática, será mais uma medida provisória a trancar a pauta do Congresso. No começo desta semana, havia na Câmara nada menos que 24 MPs aguardando apreciação. De acordo com o jornal Correio Braziliense, os 64 ‘decretos’ do Executivo lançados apenas neste ano, até outubro, já superaram os 58 editados em todo o ano passado.

A alegação do governo é de que a MP ajudaria os dirigentes dos clubes, pois forneceria base legal para o rompimento de contratos dos jogadores que não participassem da concentração. A medida também acaba com os pedidos de hora-extra nas reclamações trabalhistas, alegam os defensores da iniciativa.


Humm...a economia política deste país continua digna de Marx...Groucho Marx. Ou seria Gramsci Marx? :)
Que nome se dá a isto?

Para mim chama-se: ataque terrorista. Mas você pode escolher um nome mais suave, se quiser.

Pelo menos uma pessoa morreu numa série de explosões de bombas caseiras em agências bancárias de Buenos Aires na manhã desta quarta-feira.

A vítima era um segurança privado, de 38 anos, de uma agência do Citibank na esquina das ruas Acoyte e Rivadavia, no bairro Caballito. Ele ficou gravemente ferido no momento da explosão, ocorrida por volta das 9h (10h em Brasília) e morreu no hospital de Durand, quando era submetido a uma cirurgia. A explosão destruiu os vidros da agência e provocou pânico entre os clientes. Há relatos de que uma segunda bomba não detonada foi achada nessa agência.

Pouco depois, uma bomba caseira explodiu do Banco Galicia da Rua Santa Fé, no Bairro Norte. Como na primeira explosão, o artefato foi detonado na área nos caixas eletrônicos.

Na mesma rua, a três quadras dali, em frente a uma outra Citibank, foi achada mais uma bomba, às 11h20m (12h20m em Brasília). O esquadrão antibombas detonou o artefato, e um policial feriu uma perna.

segunda-feira, novembro 15, 2004

O que muda quando sai Powell e entra Rice?

Na minha opinião? Não muito. Condoleezza Rice é tão moderada quanto Powell. Talvez com menos habilidade política (será?), mas não parece discordar muito de Powell.

Pois é. Blog também é furo de reportagem. :)
Oil (from UN) - for - food (or Saddam's pockets)

Mais uma evidência de que o programa da ONU para o Iraque, o extinto "Oil-for-food" serviu a outros fins. O que me faz pensar: não é hora de rever os incentivos destes programas de ajuda? De que adianta despejar dinheiro num país se os caras embolsam tudo?

Yahoo! News - Saddam Got $21 Bln from UN Oil Program -U.S. Panel
Malthus

"It is to be noted, however, that Malthus was not a Malthusian. He never predicted that everybody would die in famines or plagues or war. Malthus said only that all societies provide checks upon their population because, if they didn't nature would do it for them in a less kindly way". [P.J. O'Rourke, All the Trouble... p.27]

Keynes não era keynesiano. Malthus não era malthusiano... mas O'Rourke tem um ponto aqui. A tentativa de simplificar uma idéia para a compreensão de todos muitas vezes leva à sua distorção. Tudo depende da capacidade e do caráter de quem traduz as idéias.

Dá para notar que estou tentando ter a coleção completa dos livros do O'Rourke, né? :)
O microcrédito e seus inimigos

"The Grameen Bank was started by somebody who actually did make loans from his own personal funds, Muhammad Yunus, head of the economics department of Chittagong University. Professor Yunus was so appalled by the economic situation in Bangladesh in the 1970s that he decided to quit just professing economics and start getting involved in the economy. He loaned a total of $30 to forty-two impoverished village artisans so they could buy the materials for their crafts. Now the Grameen Bank has 910 branches with more that a million borrowers (...).

Grameen, though it loans money only to the poorest Bangladeshis, is a going concern. It charges 16 percent interest and has a default rate of only 8 percent. Grameen borrowers are formed into five member groups to mutually guarantee the loans. Only two members of each group can have loans outstanding at the same time. Several groups form a 'centre', and each centre is visited by a Grameen representative once a week. Ninety-two percent of the borrowers are women because Grameen people believe an increase in women's income directly benefits households. Professor Yunus said, 'A man has a different set of priorities, which do not give the family top position', by which I think he means cigarettes and floozies.

(...)

The Grameen Bank has run into opposition. Leftists claim it teaches capitalism to the Bangladeshi poor. The village mullahs hold that it is sacrilege for women to fool with money. And local tradionalists are shocked at brides without dowries and probably at vegetables. Grameen is a little piece of a society trying to reconstruct itself (...)". [P.J. O'Rourke, "All the Trouble in the World, p.49-50]

O que é bacana no trecho - imenso - acima, na minha opinião, é que o pessoal do "sou contra" erra porque acha que os outros pensam como eles. Não se ensina capitalismo a pobres. Dá-se incentivos certos e as pessoas reagem. Isto é que é sistema de preços funcionando. Não tem qualquer ideologia. Aliás, este pessoal surgiu de tentativas de reformismo social e, geralmente, comete este erro de achar que todo mundo quer fazer engenharia social com as pessoas.

Além disso, note, leitor(a), como Yunus bolou um sistema de incentivos interessante, para que bancos realmente emprestassem para pobres. Normalmente existe um problema sério em bancos que é o de assimetria de informação (como conhecer a reputação de alguém tão pobre que sequer teve chance de construir uma?), dificultando a vida deste pessoal (ver, por exemplo, o de Ronald Hillbrecht, da editora Atlas para detalhes sobre estes problemas). Por que você acha que o grupo de tomadores é um "grupo" e não um indivíduo, além de ser sempre visitado?

A diferença entre homens/mulheres mostra que Yunus soube como montar seus incentivos: procurou conhecer as peculiaridades relevantes (ou as variáveis relevantes) da sociedade local para conceder empréstimos.

Finalmente, nada como a narrativa divertida de P.J. O'Rourke. Na imprensa nacional, como sempre, falta alguém que leia bons livros e faça esta divulgação para a gente. Gente que sabe ler em inglês eu até acho que não falta. Mas por que nunca eu li sobre estas narrativas divertidads do O'Rourke em jornais brasileiros? Uma pena. Mas nunca é tarde para se recomendar livros bem escritos, divertidos e...que transmitem conhecimento. Penso, aqui, no aluno de graduação, que pode sofrer menos num primeiro contato com o assunto lendo um divertido capítulo como este do qual veio o trecho acima do que nos artigos - também importantes, mas em outro nível - do, digamos, The Journal of Political Economy.

Comentários?
Eis aí uma base de dados que eu gostaria de ver reproduzida para o generoso povo brasileiro

Siga o link: CFP: NATIONAL 2003: Generosity Index 2003: (2001 US State Data):.

E aí? Brasileiros também poderiam verificar o que acontece em cada estado. Será que mineiros são mais generosos que paulistas? Duvido. Mas só com números para se ter uma idéia precisa...
Frase famosa...e boa para reflexão

Falando em Lorde Acton, aí vai uma das melhores citações que conheço: "O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe de modo absoluto. Os grandes homens são quase sempre homens maus". [Lorde Acton (1834-1902), Ensaios e Estudos Históricos]
Você tá bem de língua inglesa?

Ok. Good for you. Mas e sobre dignidade humana? Você consegue escrever um belo e consistente ensaio sobre este conceito? Consegue? Então considere este concurso do Acton Institute:
Lord Acton Essay Competition.

Se eu fosse aluno de graduação e tivesse um inglês bom, eu concorreria.
Mais um pouco de auto-propaganda sem vergonha de ser feliz :)

Tive o prazer de representar o IL em dois eventos. As fotos de ambos os eventos (09.11 - 15o aniversário da queda do muro de Berlin e 11.11 - "Uma agenda sobre Segurança e Defesa Internacional para a Próxima Administração - foco especial na América Latina") estão aqui.
Proxy de desenvolvimento sócio-econômico

Veio de graça no National Geographic deste mês (edição norte-americana), mas você o acha neste link.


Fonte: earthlights2_dmsp_big.jpg
Guerra...virtual

A competição é ruim para os consumidores? Não me faça rir, amigo...

CBS News | Yahoo Fires Salvo In E-Mail War | November 15, 2004?06:36:59

p.s. aposto que o Gilson vai gostar deste post.
Capitalismo Real vs Socialismo Real

Tem sempre um aluno me falando dos males do capitalismo. Eu nunca sei se ele está falando da OCDE ou de Bangladesh. Afinal, capitalismo real existe no mundo inteiro, exceto, talvez apenas em Cuba e na Coréia do Norte. Cuba já é alvo de admiração de muito brasileiro (inclusive muitos que têm cargos públicos desde 2002) há tempos.

Mas deixe-me falar da Coréia do Norte. Lá existe um regime parecido com o de Castro, só que decorado com a diferente cultura asiática. A matéria a seguir - thanks, Leo! - mostra como funciona o socialismo real.

Depois de ler, você escolhe sua opção. Só não se esqueça que sair de Cuba e da Coréia do Norte para ir morar em outro país é muito mais difícil do que sair do Brasil (ainda) para morar em qualquer outro país. Com toda a dificuldade de grana, você consegue sair daqui. Já nestes países...

O paraíso socialista:

1. While the North Koreans starved and the country descended ever more deeply into poverty, the younger Kim built at least ten palaces, complete with golf courses, stables and movie theaters. His garages are filled with luxury cars. The CIA estimates the family's wealth at four billion dollars, part of which is deposited in Swiss bank accounts.

Astonishing details about the lifestyle of the current president have now come to light. In the 1980s, he launched the "Project to Guarantee the Longevity of the Great and the Dear Leader." What this means, specifically, is that about 2,000 young women serve the leadership in "satisfaction teams" (sexual service) and "happiness teams" (massage).

Kim himself selected Ko Yong Hi, a dancer, as his life partner, even though he was already married at the time and also had a mistress. Ko bore him two sons and was given the honorary titles "Great Wife" and "Beloved Mother." She has long since died, supposedly of cancer. One of her sons may carry on the dynasty.


2. North Korea, one of the world's most centrally planned and isolated economies, faces desperate economic conditions. Industrial capital stock is nearly beyond repair as a result of years of underinvestment and spare parts shortages. Industrial and power output have declined in parallel. The nation has suffered its tenth year of food shortages because of a lack of arable land, collective farming, weather-related problems, and chronic shortages of fertilizer and fuel. Massive international food aid deliveries have allowed the regime to escape mass starvation since 1995-96, but the population remains the victim of prolonged malnutrition and deteriorating living conditions. Large-scale military spending eats up resources needed for investment and civilian consumption. In 2003, heightened political tensions with key donor countries and general donor fatigue threatened the flow of desperately needed food aid and fuel aid as well. Black market prices continued to rise following the increase in official prices and wages in the summer of 2002, leaving some vulnerable groups, such as the elderly and unemployed, less able to buy goods. The regime, however, relaxed restrictions on farmers' market activities in spring 2003, leading to an expansion of market activity.

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Utilidade pública

Cuidado com os spywares que você usa no seu micro. Muitos deles podem ser o oposto do que aparentam ser!

Dica: Spyware Warrior: Rogue/Suspect Anti-Spyware Products & Web Sites
Seu professor de História, alguma vez, contou a você sobre o Projeto Venona?

Aposto que não. E já faz tempo que sua história veio a tona. McCarthur não pode mais ser chamado de um "paranóico anti-comunista". Os documentos secretos mostram que muita gente era realmente culpada.

Links:

1. AUTHORS DISCUSS BOOK ABOUT VENONA PROJECT - Summer 1999

2. Venona

No mínimo, merecia maior atenção da imprensa. Esqueça a tal "Operação Condor". Esta, da KGB, foi bem mais abrangente (e arrojada).
Futebol e Economia (ainda o problema dos incentivos)

AMÉRICA LANÇA PROJETO INÉDITO NO PAÍS

Em reunião do Conselho Deliberativo, o América lançou, oficialmente, na noite desta terça-feira (09/11), o projeto "Parceria América", que vai permitir a conselheiros e torcedores participarem das vendas e empréstimos de jogadores profissionais do clube. Com o projeto, o América pretende arrecadar R$ 250 mil, mensais, com os parceiros, e, em contrapartida, eles receberão, proporcionalmente ao número de cotas que tenham adquirido, 50% do valor que o clube arrecadar nas negociações. Cada cota tem o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).

O lançamento, que contou com todo o corpo diretivo do América, foi apenas para os conselheiros, mas, a partir de quarta-feira (10/11), sócios e torcedores do Coelho poderão investir nos atletas profissionais do clube. Ao final de dois (2) anos, todo o montante investido, deduzido o recebido pelas negociações dos jogadores, será devolvido ao conselheiro/torcedor, corrigido pelo INPC e com juros de 6%, ao ano. A intenção é de que o resultado da venda de atletas ultrapasse os valores das cotas e todos obtenham lucro na parceria.


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A economia política da perseguição aos que discordam de ti

Mais um motivo para se ler a Primeira Leitura deste mês. Você acha que isso não existe? Então leia e veja como cientistas sérios são boicotados por não concordarem com os falcões de Brasília.

E olha que dizem por aí que este povo quer construir uma burocracia séria. Aí eu pergunto: é sério?

Capela do Socorro Federal - Assim com um militante petista tentou impedir a passagem de um adversário político num bairro da Zona Sul de SP, setores do governo perseguem técnicos e intelectuais que não seguem a cartilha. Por Rui Nogueira

domingo, novembro 14, 2004

O que é fascismo?

"O fascismo pode ser definido como um tipo de conduta política caracterizada por uma preocupação obsessiva com a decadência da comunidade, a humilhação ou o vitimismo, e pelos cultos compensatórios da unidade, energia e pureza, em que um partido de massas com militantes nacionalistas engajados, trabalhando em colaboração difícil mas efetiva com as elites tradicionais, abandona as liberdades democráticas e procura, com violência redentora e sem restrições éticas ou legais, objetivos de purificação interna e expansão externa". [Robert O. Paxton, em matéria da Primeira Leitura deste mês]

Hummm...qualquer semelhança com governos latino-americanos do final do século XX (não) é mera coincidência...
Celso Lafer

Quer entender a política externa do governo Lula? Veja a entrevista do Celso Lafer na edição de novembro da Primeira Leitura. Obviamente, não está online ainda. Você tem de comprar a revista.

Mas realmente vale a pena.
Neoliberalismo? Onde? Você viu?

Excelente conjunto de pequenos artigos em castelhano, de fácil leitura, sobre a América Latina e a tal "vitória do neoliberalismo" (dá vontade de rir quando leio isto).

No site: CIPE in Latin America, veja, especialmente os tópicos (cada um é um arquivo pdf):

# Las reformas de segunda generación
# Un modelo para rato...
# ¿Se hicieron reformas de mercado?
# ¿Echarle la culpa al mercado?
# Libertad sin justicia
# ¿Ha muerto el neoliberalismo en América Latina?
# ¿Fracasó el liberalismo?
Humor

P.J. O'Rourke sobre seu guia turístico em Israel:

"My tour guide arrived the next morning. His name was a long collection of aspirates, glottal stops, and gutturals with, like printed Hebrew, no evident vowels. "Americans can never pronounce it, " he said. "Just call me T'zchv". I called him Z.

(...)

Z was full of anger about the fighting in Israel - the fighting with the ultra-Orthodox Jews. "They don't serve in the army. They don't pay taxes. The government gives them money. I call them Pharisees".

[Peace Kills, p. 37]
Comemore você também!

Comemoração da queda do Muro de Berlim
Tuesday, November 16, 2004
7:00 PM
Casa de Cultura Mário Quintana
Porto Alegre

Em comemoração aos 15 anos da queda do Muro de Berlim, o Instituto Liberdade e o IEE projetarão o filme "Adeus Lênin". Após o filme será aberta a sessão para debates.

Façam suas inscrições pelos telefones
3332-2376 / 3321-3577. Vagas Limitadas!

PROGRAMA
19hs. - Abertura
19h15min - Exibição do filme Adeus Lênin (ALE)
21h15min - Debates com a platéia
22hs. - Encerramento
Mais sobre nossa comemoração pela queda do muro de Berlim (embora muito brasileiro fique triste com isto até hoje...)

Discursos de Walter Williams e Richard Pipes neste link.
Kyoto? Que Kyoto?

Lomborg fala sobre a religião ambientalista? Não. Desta vez ele não perde mais seu tempo. Ele fala de custo-benefício e de como o meio ambiente não é o pior dos seus problemas.

Que ler mais? Clique no link seguinte: Guardian Unlimited | Life | Last word: Climate change. Ou leia esta outra matéria.
Intervalo

Não tem nada a ver com economia, mas não custa relatar: não achei na Barnes & Nobles os livros que meu irmão pediu, mas lhe trouxe alguns presentes. Obviamente, comprei este excelente filme do Hayao Miyazaki : Tenkuu shiro no Laputa (Laputa: Castle in the Sky) que ele certamente vai querer assistir.

Todo mundo sabe que ninguém conhecia John Woo ou Tsui Hark no Brasil quando eu falava sobre eles. Prestem atenção. E olha que Miyazaki ganhou um oscar pelo "Viagem de Tihiro" que não é tão bom assim....a propósito, nos EUA, a Disney, esperta que é, é quem distribui seus filmes.

Qualquer um que tenha boa imaginação e goste de filmes não pode perder filmes de Hayao Miyazaki. Acredite em mim. É verdade.
Nada como o humor contra as frases frágeis que desmancham ao ar de tão superficiais...

"Time is the best medicine", said a colonel in the Russian medical corps who was running a civilian clinicin Kosove Polje.

"If time is the best medicine", I said, "why don't we all feel better than we did twenty years ago?" [P.J. O'Rourke, Peace kills, p.28]