sábado, junho 25, 2005

Shikida no Marginal Revolution?

Não, não...apenas uma pequena colaboração. Tyler Cowen e Alex Tabarrok são brilhantes o suficiente para tornarem o Marginal Revolution o blog que é.

Como sou um economista de perfil muito parecido com os deles, pensei que gostariam de saber sobre isto.

E não é que gostaram? :-)

quinta-feira, junho 23, 2005

O que seríamos de nós sem os jornalistas?

Bacana é a capa (que muda a cada dia): Cotação do petróleo fecha em US$ 60 - Preocupações com oferta e demanda impulsionam preços.

Se não fosse a oferta e a demanda....ia ser o que?

Link para a matéria (registro gratuito): Petróleo fecha em US$ 60 em Nova York
Picaretagem...mensurada

Eis uma discussão que ocorre timidamente na Akademia (com "k") brasileira. E, se bobear, vão dizer que passar todo mundo é "responsabilidade social"...

Link: Marginal Revolution: Is Grade Inflation All Bad?

A propósito, sobre "responsabilidade social", ontem Guilherme Afif, presidente da ACESP, publicou um excelente artigo no "O Estado de São Paulo".

quarta-feira, junho 22, 2005

Judas Iscariotes recebeu 30 dinheiros

Mas como eram as moedas? Aparentemente, a unidade de conta era o shekel. Fotos de moedas de shekels estão aqui.

O valor disto? Eis uma interessante especulação: The answer (with some help from ebible’s weights and measurements section).

* 1 Roman denarius is equal to one’s day wage for an agricultural worker. As most people in the ancient world were farmers, we can make some basic judgement about the standard of living a denarius could provide.
* 1 denarius = 1/4 Hebrew shekel. Thus, 1/4 Hebrew shekel was probably the going rate for your basic Jewish in Roman times (give or take).
* Judas was given 30 silver shekels to betray Jesus (Matt 26:15)
* 30 x 1/4 = 120. Thus, Judas was paid 120 days of an annual laborer’s wage.
* 120 days is approximately 1/3 of a year
* The average annual income for the American worker is $36,764 (according to a 2002 report by the U.S. Bureau of Labor Statistics)
* 36764 * 0.333 (i.e. one third of 36764) = 12254.66.
* Therefore, Judas betrayed Jesus in exchange for what is approximately $12,254 in today’s currency.


Ou seja, existe alguém, em algum lugar, com a mesma pergunta que eu me fiz. :-0
Como diria Gilson, nosso doutorando do dia: "eis um exemplo de keynesianismo aplicado"

Divirta-se e entenda o porquê disto clicando no link: Maior picolé do mundo acaba derretendo
José Dirceu se baseia em aliados globalizantes?

Como diria Verissimo, "sim, mas é outra globalização". Será que ele diria isso mesmo? Provavelmente sim. Mas, em e-agora - Que vergonha, “dona” ABONG! Que vergonha, “seu” IBASE!, a gente tem a lista daqueles que estão apoiando o José Dirceu e uma estranha organização com cara de globalização.

Adivinhe qual é clicando no link acima.
Risco de ataques nucleares?

A notícia de hoje no mundo civilizado foi esta. Aqui na selva, as preocupações de golpistas em perderem a mamata mantiveram os jornalistas da paróquia muito ocupados.

Mas eu arrumei o link para vocês. Está aqui: Richard G. Lugar, United States Senator for Indiana - Press Page.

O senador Lugar é o responsável pela pesquisa. E o painel de experts é muito melhor do que um parcial Blix ou um parcial Bush.
Bohemia e Budweiser

Enquanto a Schincariol ferve....uma curiosidade para refrescar: Bohemia e Budweiser.
Porque prova em classe é melhor

Na minha opinião, esta é a melhor explicação para este resultado citado pelo Marginal Revolution sobre deveres de casa ("homeworks").

Não é de hoje que a praga dos "trabalhos para casa" infesta as escolas. O problema envolvido é o de supervisão (agente-principal) e, bem, mães de meninos(as) em escolas públicas brasileiras dificilmente têm tempo (ou mesmo educação) para acompanhar o desenvolvimento dos filhos.

No caso de pais ricos, não é também novidade, há uma despreocupação incrível de alguns com a educação dos filhos.

Na infância/adolescência isto não poderia deixar de ter consequências negativas. Para mim, brasileiro, algumas são: (i) analfabetismo, (ii) analfabetismo funcional, (iii) visão distorcida da interpretação de fatos históricos, (iv) pobre capacitação matemática.

Deveres de casa podem ser burlados facilmente com a ajuda de computadores e pessoas que não deveriam estar envolvidas com o processo educacional individual.

É por isto que provas em sala são a melhor solução. Quer se goste delas ou não.

segunda-feira, junho 20, 2005

Economia Monetária

E esta vai para os que gostam de PQ=MV: Dimensionality.
Manchetes do dia 20.06.05

Algumas necessitam de registro.

1. Telegraph | News | EU newcomers angry with Blair over budget

2. Anti-Syrian Alliance Claims Victory in Lebanese Election - TNYTimes

3. DOH to implement stricter rules on condom sales - Taiwan News

5. Jihad gunmen kill Israeli in West Bank ambush - Haaretz

6. Changing Definitions of Masculinity and Femininity - Arab News

7. Japan faces 58 bil. yen tab for interceptor - Daily Yomiuri

8. Koizumi, Roh agree to add textbook issue in joint history study - Kyodo News

9. Impasse político eleva tensão - Secretário-geral da OEA fracassa em missão de estabelecer diálogo entre governo e Congresso - JB

10. Dragon fruit in high demand in Malaysia - Channelnewsasia

11. Phisher Tales: How Webs of Scammers Pull Off Internet Fraud - WSJ

12. Freed Iraq Hostage Now Supports Coalition - Yahoo News/AP

13. Segunda prévia de junho registra inflação de 0,07% - Agestado

14. Angry Arab blogger thrives - DetNews/Los Angeles Times

15. Environmentalism without Government - Mises.org

16. Solar-sailing era begins in space - The Christian Science Monitor

17. O que fez este dia entrar para a História? - Terra

18. 20Jun CIGE Homenagem ao Cel Correa - Pai da Guerra Eletrônica - DefesaNet

19. Dois bons filmes e um bom livro na pilha - Talk is Cheap

20. Markets in everything - Marginal Revolution

p.s. este último é uma feliz coincidência com o nome deste blog, não?

domingo, junho 19, 2005

Amanhã, dia 20, mais um Shikida envelhece

Ok, moçada. Amanhã será um dia cheio de coisas chatinhas para se resolver. E também será um dia em que estarei ficando mais velho. Portanto, vou postar as manchetes de segunda-feira bem cedo, para marcar meu dia.

Será uma interessante amostra aleatória... :-)
Editor do Estado de Minas altera título de artigo

Quem leu meu artigo publicado hoje no dito jornal deve ter estranhado o título. Aqui está o texto correto.

CAFTA

A administração Bush parece ter conseguido superar uma importante fonte de oposição ao Acordo de Livre Comércio da América Central (CAFTA). Não, não se trata de Brasília ou Caracas, e sim da oposição de políticos norte-americanos, defensores da indústria do açúcar daquele país. Aparentemente, concessões serão feitas, o que pode ser um preço pequeno a se pagar pela aprovação do tratado. Não é preciso fazer muito esforço para lembrar das ameaças de opositores do NAFTA quanto ao "fim do emprego" nos EUA. A economia daquele país não explodiu, e nem o México se transformou num Haiti.

O CAFTA vem num momento em que a China assume papel mais importante nos mercados mundiais. Tanto é assim que os governos da América Central como El Salvador, Guatemala, Honduras e República Dominicana pressionados por seus eleitores temerosos do poder das indústrias têxteis chinesas, já ratificaram o CAFTA com os EUA.

A importância deste acordo é notável quando se lembra que, após o México, o maior mercado externo consumidor de produtos do EUA é a América Central e não, por exemplo, o Brasil, como pensam alguns. Isto, aliás, explica a falta de preocupação da administração Bush com os ocasionais espasmos nacionalistas oriundos de Brasília. Neste aspecto somos, sim, "um rato que ruge"...

O simplismo da visão "bolivariana" (novo nome para o velho discurso do "imperialismo norte-americano") não percebe que não existe "imposição do CAFTA por parte dos EUA". Os "EUA" são uma complexa rede de políticos, burocratas e eleitores, sendo que, estes últimos, não são unânimes quanto aos benefícios do CAFTA. Os opositores norte-americanos ao tratado vão desde os produtores norte-americanos de açúcar, sindicatos de trabalhadores, a indústria têxtil dos EUA, ambientalistas e até ativistas de direitos humanos. São destes setores que vêm os votos dos opositores norte-americanos do CAFTA, não dos consumidores norte-americanos.

Diversos estudos mostram que países com maior liberdade de comércio costumam apresentar, em média, melhor desempenho sócio-econômico, o que deveria sensibilizar os políticos norte-americanos anti-CAFTA, certo? Errado. Uma coisa é estudo acadêmico, outra é a reeleição de políticos. Nem sempre há a coincidência "virtuosa" de interesses. Alías, sobre este assunto, nós, brasileiros, somos cada vez mais especialistas...