sábado, maio 29, 2004

Diamantes

Alunos gostam deste tema. Ou por que: (i) querem testar o professor; (ii) abrem o livro aleatoriamente em sala de aula enquanto conversam. Para disfarçar, fazem perguntas absolutamente genéricas sobre algo que viram lá; (iii) há um genuíno interesse em entender a estrutura de mercado neste caso.

Pois este é um tópico sobre o qual o cara não pode - se curioso - satisfazer-se com um pequeno box de um livro para iniciantes (e.g. o do Mankiw).

Há vários pontos interessantes na história. Este dito de que "diamantes são para sempre", por exemplo. Trata-se apenas de propaganda bem-sucedida? Ou há uma atuação governamental por trás dos diamantes? No caso da DeBeers, há.

Outro ponto interessante é o próprio estudo de economia. Por exemplo: By 1880, Cecil Rhodes was 27 years old, and a wealthy man. The production of diamonds in South Africa had soared to 30 times the production 10 years before. The cost of diamond mining was becoming prohibitively expensive, since miners had worked all the easy claims. At the same time, the surplus of supply meant that prices were being driven down.

Once again Cecil Rhodes sensed a new combination. Having studied economics at Oxford, he realized that if he could coordinate production, he could control the supply of diamonds (restrict supply in order to keep prices high). In 1881, he formed the DeBeers Consolidated Mining Company, and began buying up small diamond holdings, paying for them with shares in the DeBeers company. By 1889, DeBeers controlled 90% of the worlds diamond production.

In this way, Cecil Rhodes matched excess of supply (of diamonds) with circumstance (his knowledge of economics). He produced a new combination through the process of coordination.


Ou seja, estudar economia pode te deixar rico se você entender realmente o significado de demanda e oferta. :D :D

É interessante notar que uma das mais famosas lições de economia é a dos mercados contestáveis. O que são estes mercados? São mercados nos quais (a) há livre entrada e saída de firmas e (b) não existem custos irrecuperáveis. O item (b) pode ser interpretado como: "não existe mercado de segunda mão para o insumo utilizado na produção".

Pois bem. o argumento do "mercado de segunda mão" é sempre útil para se entender a efetividade de uma pressão concorrencial pois, embora o produto não seja o mesmo (meu livro de teoria dos preços do Hirshleifer é usado, riscado, nunca será como o novo), é um substituto próximo (ou seja, o livro citado continua sendo útil para eu estudar).

Diamantes são pedaços de carvão em formato agradável aos nossos olhos. Por que não há um mercado de segunda mão para eles? Ok, eu me caso, dou um anel de diamante e depois me separo. Por que não vendo o anel? Bem, considere este argumento: The diamond invention is far more than a monopoly for fixing diamond prices; it is a mechanism for converting tiny crystals of carbon into universally recognized tokens of wealth, power, and romance. To achieve this goal, De Beers had to control demand as well as supply. Both women and men had to be made to perceive diamonds not as marketable precious stones but as an inseparable part of courtship and married life. To stabilize the market, De Beers had to endow these stones with a sentiment that would inhibit the public from ever reselling them. The illusion had to be created that diamonds were forever -- "forever" in the sense that they should never be resold.

Mas não pense que ninguém tentou. Diamantes artificiais existem e há até a suspeita de que tenham financiado a Al-Qaeda.

O que ainda prevalece, contudo, é a percepção de que diamantes são para sempre, mesmo que não o sejam. Queremos acreditar tanto nisto assim? Se sim, tudo bem. Consumidores têm preferências. Mas isto é suficiente para explicar a inexistência do mercado de diamantes de segunda mão? Ou há um certo poder de monopólio sendo exercido (de alguma forma) para evitar que substitutos (artificiais ou de segunda mão) se disseminem no mercado?

Palpites? (dica: eu não tenho grana para comprar um diamante, muito menos uma mina...)

sexta-feira, maio 28, 2004

Iraque, open source...e tudo o mais

Wired News: Slow Going for Linux in Iraq

Trecho:As Iraq emerges from years of stagnation wrought by a closed political system and tough sanctions from other countries, Iraqi interest in computing technology is finally burgeoning.

Reports from inside the country say curious citizens are keeping Internet cafes filled to capacity, that eager students are returning to universities to learn how to program and that high-end computer workstations can be bought for as little as $150 in city marketplaces.

But even with all the growth, there is still one aspect of technology that has yet to penetrate the country's borders: open-source software. With software piracy so rampant that a CD copy of almost any program can be bought for just 2,000 dinars, or $1, the demand for free software just isn't there yet, according to Ashraf Tariq and Hasanen Nawfal.

The two graduate students at Al-Mansour University in Baghdad are among just a handful of Iraqi citizens who are familiar with Linux -- and that has them deeply worried. If nothing is done to educate computer users in Iraq about open-source software, what is now a blank canvas will quickly be painted over with expensive, proprietary Microsoft products, they argue. And if that happens, the country could end up spending millions more than it needs to on software purchases and hardware upgrades, they say.
Mais O'Rourke

O paper dele foi publicado...mas ele tem um outro que parece promissor aqui.

E aí? Palpites?
Eu, heim?

Quero ver alguém me explicar este paper: Tariffs and Growth in the Late 19th Century.

Meus alunos têm um trabalho infinitamente mais fácil que este....agora, este artigo é para os leitores do blog (e para gente grande também...).

Quem quer arriscar? Kevin O' Rourke está longe de ser um autor "picareta". Mas o resultado é bem contra-intuitivo e "contra-teórico", por assim dizer. Contra-intuitivo, tudo bem. Agora, será que há um problema nos dados?

quinta-feira, maio 27, 2004

Bom número!

O volume 6, número 4 do Quarterly Journal of Austrian Economics está muito legal. Principalmente porque possui uma discussão interdisciplinar entre os novos-keynesianos e austríacos. O grande tema? Deflação.

E você fica sabend o que é: Apoplithorismosphobia (caramba!).
Hernando de Soto

Excelente discurso.

Advancing Liberty

Trecho: As Professor Friedman said in his remarks, the sorts of solutions that poor countries need are the kinds of things that developed countries did in the 19th Century, not the 21st Century. In other words, what occurred in the West in the 19th century is now occurring in developing countries. "Oliver Twist" has come to town. But Oliver Twist and his friends haven't yet been recognized by international financial institutions or by most bilateral programs from developed countries. And even worse than that, he hasn't really been recognized by most of the people in developing countries who think that street vendors are a problem, that illegal manufacturing creates faulty products. But the truth is, the industrial revolution has come in.

And so to us what is very important is that the more people are aware of the real conditions in developing countries, where there are 5 billion of the world's 6 billion population, the more politicians are going to find out that their biggest constituency for change are poor businessmen. And that is what will eventually make them move because that increases their legitimacy.

And we now know that these reforms are important to solve various of the world's problems. For example, my country, Peru, had for 10 years a president of Japanese origin. His name was Alberto Fujimori. The Fujimoris were one of 1 million families that came from Japan to Peru and to Brazil in the 1930's and 1940's.
Bom para discussão

Eu gosto muito do Landsburg. E meu irmão me enviou esta, como sugestão para o blog. Bem, aí está.

Feed the Worms Who Write Worms to the Worms - The economic logic of executing computer hackers. By Steven E. Landsburg

Divirta-se. (vou ler depois...estou um pouco cansado)
Dude, where is my UN?

Este artigo - em português de Portugal - é bem interessante. Trata-se de uma proposta institucional de substituição a ineficiente ONU por uma nova forma de organização internacional.

Claro, há bastante polêmica em discussões como estas. Mas é uma discussão da qual não há como fugir mais. Bush entrou no Iraque e havia sarin lá. Franceses e russos - que tinham fortes interesses econômicos no Iraque protestaram bastante. A ONU foi aos Balcãs e não há paz lá até hoje. Sem falar na sua resistência a investigações externas no caso do programa Oil-for-food.

Uma confusão e tanto, não?

Assim, a questão dos incentivos volta à tona mais uma vez: como seria uma aliança de países mais eficientes? Lembre-se, leitor mais velho, que os klingons só entraram na Federação dos Planetas Unidos uns 10 anos depois do final da série de viagens de Kirk, Spock e McCoy...
Quotas: caminho para a armadilha do subdesenvolvimeto?

Alberto Oliva, meu amigo filósofo, com muita propriedade, assim termina um recente artigo:
Sendo o primeiro e segundo graus ruins, a universidade só por milagre pode formar bons profissionais. No mundo real, poucos dos que tiverem o ingresso na universidade facilitado por “proteções legais” conseguirão fazer brilhantes carreiras. Não porque sejam intelectualmente inferiores, e sim porque a natureza não dá salto. Não se faz um bom 3o. grau sem ter feito um 1o. e 2o. graus ao menos razoáveis. Será que quando erros grosseiros começarem a ser cometidos por médicos e engenheiros mal formados, haverá severidade no julgamento ou se dirá que são vitimas de preconceito? Tudo isso é escamoteado por autoridades que, não se dispondo a abraçar a tarefa hercúlea de melhorar a escola pública brasileira, enveredam pela solução fácil de abarrotar a universidade com despreparados. Os tigres asiáticos fizeram grandes avanços sociais e econômicos quando revolucionaram seu sistema de ensino básico. Não passa de demagogia facilitar a entrada numa universidade aos que receberam um ensino de primeiro e segundo graus de baixa qualidade. O que se conseguirá com as cotas é aprofundar ainda mais o triste estado de calamidade pedagógica em que se encontra o ensino em geral no Brasil.


Em outras palavras, o governo parece ter optado pela política mais barata - em termos de votos - e mais cara - em termos de desenvolvimento.

Obviamente, a famosa "discussão com a sociedade" não foi feita perto de casa, ou em algum horário que eu pudesse ir. Mas, claro, sou uma pessoa ocupada e nunca leio os informes que me enviam me convocando para discutir tudo de tudo da minha vida em "fóruns sociais e populares". Opa, espera aí. Não me chamam nunca mesmo! O discurso é da democracia direta, mas a prática ainda é a boa e velha democracia representativa!

Eticamente, portanto, é uma mentira brutal dizer que a sociedade discute algo (quem discute é a pessoa, não a "sociedade"...). Ok. Mas isto não é relevante aqui. O relevante é saber apenas o quanto a economia ganha/perde com a adoção de quotas, tal como propostas pelo governo federal.

Estudos? Palpites fundamentados? Evidências empíricas?

quarta-feira, maio 26, 2004

As falhas (várias) de Michael Moore

No afã de criticar Bush, Moore tropeça tanto que fica difícil alguém querer usá-lo como argumento.

1. Spinsanity - Dude, Where's My Intellectual Honesty?

2. Os erros de "Bowling for Columbine".

É aquela coisa: você pode ser contra ou a favor Bush (ou Lula). Mas mentir é uma péssima forma de discutir.
Boas perguntas

A Economia Política do Crescimento do Governo deve tentar responder perguntas como estas, que Fendt faz:

O noticiário de hoje mostra um total de repasses voluntários da União para ONGs de diversas naturezas e objetivos da ordem de R$ 1,2 bilhão. O campeão desses repasses é o Ministério da Saúde, seguido do Ministério da Educação e do Gabinete da Presidência da República. Uma dessas beneficiárias recebeu R$ 7,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador para desenvolver projetos associados ao programa Primeiro Emprego que, felizmente, já teve um contemplado.

É possível que essa prática não seja nova, remontando a administrações passadas. O que o contribuinte, que sustenta a máquina dos diversos ministérios supostamente destinada a prestar os serviços atribuídos a ONGs, pergunta é: para que serviram as 50 mil novas contrações da atual gestão? Por que uma ONG recebeu R$ 33 milhões para apoiar programas de alfabetização? E outra, R$ 12 milhões, com a mesma finalidade? Afinal, de quem é a atribuição de alfabetizar? Seria de todo desejável que alguém esclarecesse a população, antes que alguém imagine que há outros interesses por trás desses repasses voluntários de recursos, obtidos contra a vontade dos contribuintes.


Dicas?
Seminário em Setembro no IL-RJ

Uma boa chance de você comparar o que aprende por aí com o que propõem alguns dos nossos liberais.

Instituto Liberal

Seminário

Problemas sociais, soluções liberais

17 Junho a 23 Setembro 2004

18 às 20 h

PROGRAMA
17 Jun Educação: o problema é a falta de recursos?
Conferencista:
José L. Carvalho

1º JUL Qual é a prioridade da saúde?
Conferencista:
Antônio Roberto Batista

15 JUL Previdência ou imprevidência social?
Conferencista:
José L. Carvalho

29 JUL Por que e para que pagamos tantos impostos?
Conferencista:
Ubiratan Iório

12 AGO A miséria causa a criminalidade ou a criminalidade causa a miséria?
Conferencista:
Ubiratan de Macedo

26 AGO A regulação ajuda o consumidor?
Conferencista:
Adriano Pires

09 SET Reforma Agrária: um passo adiante ou um passo atrás?
Conferencista:
Cândido Prunes

23 SET O comércio exterior empobrece o Brasil?
Conferencista:
Roberto Fendt

Por gentileza, confirme sua inscrição o mais breve possível, em face do limite de vagas.


Email: il3rj@dh.com.br
ou
Tel: (21) 2539-1115 r.219 ou 221

Inscrição

Mantenedores e Associados: R$300,00 - Não Associados: R$400,00*

* Você pode escolher alguns dos temas para participar. Neste caso, a inscrição por palestra será de:

Mantenedores e Associados: R$40,00 - Não Associados: R$60,00

Confirme sua inscrição até dois dias antes da palestra. Ela será aceita se ainda houver vagas para a palestra do dia.

Modelo do Seminário: 50 min de palestra; intervalo; 60 min para debates.

Localização do Instituto Liberal

Rua Professor Alfredo Gomes 28 - Botafogo
(mesma rua do Shopping Botafogo, da Aliança Francesa)
Próxima à estação do metrô Botafogo,
saída pela R. Muniz Barreto (lado R. S. Clemente)
Ainda o Dia da Liberdade dos Impostos

Ontem, como falei, foi este dia. O pessoal de Porto Alegre comemorou. E você?

Segundo a Associação da Classe Média (Aclame) de Porto Alegre, 25 de maio é um dia para marcar no calendário pois é nessa data que o cidadão brasileiro pára de trabalhar para pagar os seus impostos e começa a colocar dinheiro no bolso. No ano de 2004, isso representa 146 dias, mais do que um terço do ano.

Como reforço para marcar a data a Aclame vai realizar o 1º Dia da Liberdade de Impostos, um jantar que pretende fazer anualmente. O encontro terá palestra do presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral.

"Não é propriamente uma data para se comemorar, mas é necessário lembrar. O Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo", explica o presidente da Aclame, Fernando Bertuol. "Isso inviabiliza financeiramente a classe média brasileira", completa.

Entre 1986 e 2000, a carga tributária do país cresceu 352% enquanto o PIB cresceu 196%. No mesmo período, a arrecadação per capita passou de R$ 772,00 para R$ 2003,00. Mais de 40% dessa arrecadação se dá através de dois impostos: o Imposto sobre Circulação e Mercadorias, o famoso ICMS, campeão absoluto de arrecadação; e o Imposto de Renda. Essas taxas atingem diretamente a classe média brasileira, que segundo o IBPT é a camada da população que mais paga impostos - cerca de 50% entre todas as taxas - e a que menos retorno social recebe. "Fomos expulsos das escolas públicas por falta de ambiente e conteúdo, não encontramos espaço no sistema de saúde pública porque faltam políticas sérias e comprometidas com as reais necessidades da população, estamos presos dentro de nossas casas por total falta de segurança pública e há muito tempo desistimos do sonho da casa própria pela inexistência de programas de financiamento compatíveis com a realidade da classe média", completa Bertuol. Ele lembra que a entidade não está buscando o fim dos impostos e nem o seu boicote. A Aclame quer que todo brasileiro pague as taxas devidas, mas em contrapartida receba os benefícios referentes a elas.
Apertem os cintos: o SNI voltou! ou "Desconstruindo Duda"

O que será que os ativistas de direitos humanos vão dizer agora?

As mudanças na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) feitas na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva são maiores do que a simples saída da diretora-geral, Marisa Del'Isola e Diniz. A decisão de Lula de nomear o delegado da Polícia Civil de São Paulo, Mauro Marcelo Lima e Silva, também virá acompanhada do esvaziamento de poderes junto à agência do chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Jorge Armando Félix.

Lula decidiu colocar gente da sua confiança e por meio de um portaria, ou decreto, tornará a Abin um órgão subordinado ao gabinete do general, porém com poderes para se reportar diretamente a ele. Retorna com isso uma velha atribuição da Abin, quando ainda funcionava como o extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) no governo José Sarney.


Humm....primeiro o presidente quase expulsa o jornalista (repeteco do Médici). Depois faz acordo nuclear com a China (repeteco do acordo Brasil-Alemanha). Agora tenta recriar vínculos institucionais da época do SNI (ops, desculpe-me leitor perseguido na era da revolução militar).

Moral:

(i) o Brasil não muda em um dia (mas eles diziam que os presidentes não-petistas eram lentos e faziam o inverso do que deveriam fazer (segundo algum critério nunca revelado...provavelmente a própria opinião).

(ii) o partido do presidente foi eleito como alternativo "a tudo que está aí" mas está caminhando mais sem rumo do que o que se diz de Bush quanto ao Iraque. Bush parece saber mais sobre o que fazer no Iraque (ops, sarin foi achado, confirmado, mas a imprensa não noticiou...) do que o presidente do Brasil parece saber sobre o que fazer no próprio país.

Aliás, como disse ironicamente alguém, o primeiro emprego funcionou para o pessoal da Ágora (ONG acusada de corrupção) e o Fome Zero (ao qual, numa discussão, fui obrigado a trocar uns vinte e-mails para, no final, não chegar a lugar algum sobre a relevância do tema) não é o programa com mais destaque (exceto de marketing) no orçamento.

Mais moral ou "a luta contra a realidade"

(a) "Eu sou contra o "rouba mas faz"" - então votou no partido errado.

(b) "O meu partido é ético" - então votou no partido errado.

(c) "Não usamos de truculência" - então votou no partido errado.

(d) "Não empregamos amigos em cargos de confiança" - então votou no partido errado.

(e) "Meu partido tem ação homogênea, tem uma cara, ao contrário dos outros" - então votou no partido errado (aliás, a única que ainda tem discurso consistente é a dona Heloísa).

(f) "Eu não gosto que me joguem na cara meus erros do passado". - Problema seu. Na campanha, você convenceu os outros usando exatamente esta estratégia.

Pontos polêmicos: (a) "Estamos caminhando para o socialismo" - Não é tão claro. Discursos deste tipo continuam. Está-se aumentando o tamanho do governo, mas isto não é, ainda, sinal de que se está caminhando para o socialismo. (b) "O partido da situação é como os outros" - Aparentemente sim. Não há mais ética nele do que nos outros. Não há menos contradição nele do que nos outros. Esta polêmica não está claramente resolvida.

Talvez seja daquelas cruéis que alguns acham que se resolvem como se resolveu na Alemanha de 1933, com o recém-eleito chanceler de então: "ele é um cara do povo, pobre, foi sempre menosprezado por ser apenas um cabo do exército e pintor medíocre. Mas o partido dele é unido, quer resolver os problemas do país. Vamos dar a ele um voto de confiança". E deu no que deu. Nem sempre a solução "100 dias de governo é pouco para se avaliar" funciona. E não é a melhor delas. A melhor é ser cético com relação à política. Mesmo quando somos tentados a tomar partido.

Mas esta é apenas a minha opinião pessoal.
Fora Banco Mundial?

Oil-for-food (corrupção na ONU) e, agora, o Banco Mundial? Tá na hora de rever os meus conceitos sobre a burocracia global...

Corrupt use of World Bank funds may exceed $100 billion and while the institution has moved to combat the problem, more must be done, the chairman of the U.S. Senate Foreign Relations Committee said on Thursday.
Se seu inglês está bom...

...este é um bom concurso: A World Connected - Essay Contest.

E note a dica para quem está estudando globalização: esta aqui.
Russas loiras: discriminação no mercado de trabalho?

Aí vai.

Channelnewsasia.com: "'When a Russian man hires a woman as his bodyguard, the first thing he looks at is her physique, and, usually, he will prefer a blonde,' Korchagina says."

terça-feira, maio 25, 2004

Abandonando bebês

Uma curiosidade filosófica de gente que gosta de libertarianismo (como é meu caso) consiste em saber como um indivíduo consistente com esta filosofia age se quiser abandonar um bebê: deve avisar alguém? Ou simplesmente deixá-lo na rua?

Ari, que será papai logo, provavelmente não abandonará seu bebê. Mas pode se divertir pensando no porquê não faria isto, do ponto de vista da teoria dos direitos de propriedade na vertente libertária.

Divirta-se.

Link: http://www.walterblock.com/publications/block-children.pdf
É um problema da corrupção? Ou existe outro motivo?

Desde o governo FHC que se investigava a corrupção no Ministério da Saúde. Esta herança "bendita" não parece ter sensibilizado o governo atual mas, de qualquer forma, as demissões começaram. Pode ser que seja tão arbitrário quanto fechar bingos, pode ser que seja algo correto mas, enfim, o fato é que a imprensa forçou a barra.

Segundo a notícia seguinte: Fraudes da Máfia fazem cair as doações de sangue - Terra - Brasil.

Vamos lá. Eu concordo que pode haver uma queda de doações por causa da corrupção do governo. Mas como fizeram a pesquisa? Perguntaram aos médicos. Somente isto.

Opinião por opinião alguém poderia dizer que é por causa de uma greve de ônibus. Ou porque o carioca (se for no RJ) tem medo de andar de ônibus. Ou porque o trânsito em São Paulo lotou. Ou porque é feriado.

Simplesmente não dá para saber.

Para se estudar uma política pública de forma séria, temos de ir além da opinião dos médicos ou dos palpites de repórteres ávidos por manchetes que os liguem a um grande tema.

Um fato muito mais interessante é poder observar a doação diária de sangue e sua relação com notícias. Veja bem, eu não nego (até acho que concordo com a idéia) o argumento dos palpites coletados pela imprensa. Mas, então, o título da matéria deveria ser: "Médicos atribuem queda da doação de sangue à máfia da saúde".

Irresponsável mesmo é fazer esta propaganda gratuita para o governo que, afinal, está errada e não ajuda se o objetivo for o de aumentar as doações de sangue. Agora, se o objetivo do Portal Terra (ou da TV Globo) é agradecer pela ajuda do BNDES (ou algo assim), bem, nota dez.

Cientistas sociais minimamente comprometidos com os métodos científicos deveriam se preocupar mais com a deseducação que, muitas vezes, a imprensa gera. Se bem que, com o advento dos blogs, este efeito é contrabalançado em parte. Por que "em parte"?

Porque eu não tenho a mesma credibilidade e reputação de um portal Terra (uma pessoa anônima, diga-se de passagem). Também não tenho a rede de informantes que um jornalista consegue (minha agenda tem menos números). Enfim, embora isto seja absolutamente irrelevante, não tenho diploma de jornalista.

Mas eu sei a diferença entre palpite e evidência minimamente comprovadora de hipóteses. E o que eu li não ajuda muito a entender o que causou uma queda na doação de sangue. Um trabalho interessante (se você conhece os trabalhos de Bruno S. Frey, notadamente o livrinho "Not just for the money") seria verificar os determinantes da doação de sangue no Brasil e como os mesmos respondem à corrupção ou a falhas nas políticas públicas.

Pode ser mais específico, mas o jornalista que entrevistasse o sujeito que fizesse este estudo poderia contribuir mais para a sociedade do que o que fez a matéria citada.

Menos um ponto para os jornalistas.
Mais vozes discordantes sobre o acordo PT-PCC

Reinaldo Azevedo merecia mesmo estar na ABL. Não por indicação política, mas por competência. O texto poderia se chamar "Desconstruindo Genoíno" ou "Encaixotando o humanismo", mas o título está ótimo.

Parabéns, Reinaldo.

Primeira Leitura : entenda : Crônica da vida quase privada ou por que quero destruir a China

Trecho (muito bom): Não gostamos do presidente americano porque ele não respeita a autodeterminação dos povos, certo? Mas o que faz o PC chinês no Tibete ou, pior ainda, o que faz o PC chinês dentro da própria China? Não gostamos de Bush porque acreditamos que ele ajuda os americanos a fritar o seu hambúrguer com o sangue dos companheiros do Terceiro Mundo. Mas o que faz o PC chinês, que mantém 80% do seu próprio povo debaixo do chicote, enquanto permite que 20% executem a boa e sobretudo velha exploração capitalista em moldes anteriores a todo e qualquer avanço propiciado no Ocidente pelo próprio capital? Não gostamos de Bush porque entendemos que sua política mata criancinhas de inanição nos países periféricos (nota: quem mata as criancinhas são as elites da periferia; Bush não tem nada com isso). Mas qual é a política de saúde e de assistência à infância e à gestante do PC chinês? Não gostamos de Bush porque achamos que ele não respeita o meio ambiente. Mas e a agressão à natureza praticada pela China, um dos campeões mundiais de emissão de poluentes que, no Ocidente, há muito foram postos sob controle?

A botocúndia logo vai meter uma chancela neste texto: “Coisa de direita!”. Ai, ai... Direitistas de verdade, a direita econômica — que é a que conta, afinal — vêem a China com olhos de admiração irrestrita. E também os esquerdistas. Os primeiros certamente ficam fascinados com um país que parece viver os primeiros dias da revolução industrial, no que respeita aos direitos dos trabalhadores e às noções de cidadania — só que agora sob o porrete do produtivismo e da técnica. Uma legião de centenas de milhões de escravos amarelos produz para a grandeza da “nação”, do “partido” e do “comunismo” (rá, rá, rá), alheios a qualquer noção (que antropólogos de meia-tigela logo chamariam de meramente “ocidentais”) de direitos humanos, de direitos civis, de direitos políticos, de liberdade de expressão e de associação, essas coisas todas que levamos alguns séculos para construir aqui no Ocidente.

A esquerda, ou parte dela, se regozija com o fato de que o “modelo” já teria tirado, nas duas últimas décadas, quase 300 milhões de pessoas da miséria, fazendo-as participar do mercado consumidor. Esse mesmo amigo a que me referi, num debate na televisão com um petista que cantava as glórias da Fazendola de Mao, teve de lembrar ao interlocutor a realidade que parecia detalhe irrelevante: “Mas a China é uma ditadura!”. O outro espantou-se.

Das duas leituras, a da esquerda me fascina mais porque traz aquele apelo humanista a que poucos podemos resistir. E compõe o cerne, mesmo, da razão que explica que se possa detestar tanto uma democracia, como a americana, e se possa ser indiferente a uma ditadura que vitima um quarto da população do mundo, ou, pior, ser seu admirador explícito. Confesso aqui que entendo (mas não aprovo) a alma suja de certos liberais que dão de ombros para o que quer que os comunistas façam com seus escravos.

Essa gente quer grana, produtividade, fazer negócios. A melhor contribuição que podem dar aos direitos humanos é erguer empresas, gerar empregos. São incapazes de produzir um discurso ideológico razoável porque não esperam nada dos homens. São pessimistas contumazes sem nem mesmo sabê-lo. Não custa lembrar que as bases das liberdades individuais e dos valores democráticos foram fundadas quando empresário “empresariava” e político “politicava”. Churchill não devia saber apertar um parafuso. Felizmente!

Já as justificativas da esquerda clamam aos céus por sua hipocrisia. É como se dissessem que o inferno existe para que se possa construir o paraíso; que o mais bem-acabado totalitarismo jamais havido na história é o preço que se paga pela libertação. A direita econômica, se vê a China na esbórnia, dança e brinda em ambiente de lupanar. Já a esquerda transforma a maior ditadura que a humanidade já construiu numa teologia, num culto.
Lula é contra a independência de Taiwan e do Tibet?

É. Posição do Brasil sobre Taiwan e Tibet não foi toma-lá-dá-cá, diz Amorim

segunda-feira, maio 24, 2004

Oil-for-food

Que dificuldade para apurar os fatos! Este caso entrará para a história dos estudos da burocracia, creio, como o mais interessante do início do século XXI.

A hora de rever as instituições globais realmente parece estar chegando. As ineficiências da ONU podem ser sanadas? Como sempre, é uma questão de incentivos.

Probe calls for oil-for-food papers - Iraq - www.theage.com.au: "The head of the United Nations panel investigating the oil-for-food program is fighting to see the documents he needs to find evidence of corruption.

The documents include contracts for the sale of Australian wheat to Iraq worth more than $US1.2 billion ($A1.7 billion), some of which may have gone towards propping up Saddam Hussein's regime.
Para ler nas horas de folga...

Mais um "policy analysis" para minhas horas de folga (se é que elas ainda existem...): Replacing Potemkin Capitalism: Russia's Need for a Free-Market Financial System.

Trecho:
On August 17, 1998, Russia devalued the ruble and stopped payment on its government debt, creating a financial crisis that continues today. Some observers have blamed the financial crisis, and the poor performance of the Russian economy generally, on government policies that they claim are rigidly laissez faire. However, a closer look at the Russian financial system reveals that it remains fundamentally socialist, though it has superficial capitalist features.

Attempts to preserve the value of the ruble and to prop up Russia's ailing banking system are misguided. The ruble is a currency of socialism; the government uses it as a tool for making forced transfers of wealth from the Russian people to inefficient enterprises that are holdovers from the socialist era. Russian banks likewise have been mainly vehicles for subsidizing enterprises.

Russia needs a genuinely capitalist monetary system. The system should have two pillars: the U.S. dollar, Russia's de facto free-enterprise money, and sound banks. Foreign banks should be allowed to compete on equal terms with Russian banks. The central bank should be eliminated, and with it the privileged access of some Russian banks to the resources of the Russian government. Similar reforms have been implemented at least in part in other former socialist countries with good results. In addition to fostering economic growth, the reforms have been politically popular. The U.S. government and international institutions should learn from the experience of those countries and stop supporting Russia's current monetary institutions.
Avanços podem ajudar a curar a paralisia

Segundo esta reportagem da Wired Magazine, experimentos feitos com ratos podem nos ajudar a entender melhor um problema que afeta muitas pessoas: a paralisia gerada por problemas na espinha dorsal.

Pessoalmente espero que isto traga alívio a muitas pessoas o mais rápido possível.
Linux....ilegal?

É o Linux ilegalmente criado? Ou não?

Wired News: Linux: Whose Kernel Is It?: "Linus Torvalds, creator of the Linux open source operating system, has proposed changes to the Linux kernel development process which he and other developers hope will make it easier to answer any questions about the origin and ownership of Linux source code.

The need to carefully document the development process comes in part from recent legal actions by the SCO Group, which claims that SCO-owned programming code taken from the Unix System V was incorporated illegally into Linux. SCO brought a multibillion dollar suit against IBM last year, alleging that IBM violated its Unix licensing agreement with SCO by transferring copyright protected Unix code to the Linux operating system."
É amanhã!



Tá chegando o dia...e, para você pensar mais no assunto, aí vai outro link.

Impostos pesam mais para famílias de baixa renda, revela estudo.

Tá vendo porque amanhã é um dia importante? :D
Al-Qaida: suicidas racionais?

Mais um bom artigo. Em formato PDF,aqui.

Eles são malucos fundamentalistas, mas não burros.
A Economia da Conquista de Roma

Artigo apresentado no encontro da Public Choice Society deste ano. Só pelo tema já vale a pena mencionar. Genial!

The Calculus of Conquests: The Decline and Fall of the Returns to Roman Expansion (em formato PDF)
Franceses são mesmo mais ineficientes?

Uma discussão comum - dada a robustez econométrica - é a de se o código civil francês é menos indutor do crescimento econômico do que o código britânico. Em outras palavras: U(common law) > U(civl law).

Este texto, eu o conheci em 2002, ainda em versão preliminar. Trata-se de um estudo diferente dos painés de dados cross-countries. Ao invés disto, compara-se os detalhes da lei e seu efeito específico em dois países: EUA e França.

Rosenthal tem um inglês impecável, embora seja francês. A profa. Naomi, acho, é americana, e é uma das mais competentes profissionais em História Econômica. Realmente vale a pena.

Legal Regime and Business's Organizational Choice: A Comparison of France and the United States
Sua eleição foi limpa, obrigado. Mas prefiro investir onde não falam mal de mim ou onde não mudam as regras a cada reclamação

Esta é a mensagem central do link a seguir: Primeira Leitura : entenda : Bill Gates encontra o senador Azeredo

As pessoas não aprendem...(ou aprendem mas não querem aceitar): regras claras e fixas não prejudicam a vontade de investir. A minha, a sua, ou mesmo a do Bill Gates.

domingo, maio 23, 2004

Gráficos bacanas

Gráficos bacanas
Eu me odeio

Nem a oferta aguenta mais o telemarketing. A demanda já havia se cansado disto, mas esta, para mim, é nova...

Small Business News - Cold Calling Marketing Calls Exclusion
Não sou FHC, mas...

Não sou FHC e, portanto, não tenho grana para ter meu próprio instituto. Contudo, desde a infância, meus erros de português têm declinado ao longo do tempo. Não que não os cometa, mas, enfim, eles, graças a Deus, andam sumidos.

Costumo usar o método de escrever sobre qualquer coisa para me inspirar em meu trabalho (normalmente funciona). Quando meu noivado terminou, em 2000 (antes de sua triunfal volta em 2003), comecei a usar a Internet como catarse. Nunca conseguiu parar, você vai dizer. Bem, tem razão o(a) leitor(a).

Inicialmente como diversão criei o PPGE Economic Review que fez muita gente rir numa época de estudos tão "hard". Depois foram as Cartas de Porto Alegre. A partir delas, o Claumann me contactou e colaborei com o seu excelente - mas falecido - e-zine 700km. Finalmente, de volta ao Brasil (neste meio tempo eu saí de Porto Alegre e fui até Los Angeles), retomei, com uma leitora de forte veia poética, a Larissa Zanette, o empreendimento catártico com o Itororó (link fixo aí ao lado).

Mas andei olhando minha caixa postal e achei os textos do 700km. Um dia, quem sabe, sigo a sugestão do Jihan e publico tudo. Por enquanto, estou organizando-os e você pode ler todos eles, publicados durante o ano de 2002, aqui. Se gostar, dê um retorno, ok? Se tiver erros de português, pelo amor de Deus, diga-me. Odeio isto.

Bom final de semana.
Uma auto-entrevista (Reciclar é viver - II)

Em 2001 fiz a prova de qualificação do doutorado no PPGE-UFRGS. Na época, inspirado no genial livro de Groucho Marx, "Groucho e eu" (sua auto-biografia por ele mesmo...:D), eu fiz uma auto-entrevista. O pessoal gostou. Eu, na verdade, não achei tão bom e pensei, na época, em me expulsar do país. Entretanto, o governo me comunicou que me cobraria em dobro.

Aí vai o link: O Correlograma.
Nem Bush, nem Kerry: eu (Reciclar é viver - I)


Teste Posted by Hello
Quem são nossos novos aliados, segundo o presidente?

Ucrânia e China, certo?

Vejamos um pouco de cada um.

1. Liberdade econômica

Ucrânia

China

2. Economia, sociedade, Forças Armadas, etc.

Ucrânia

China

3. Liberdade política

Ucrânia e China, dentre outros (consulte as tabelas)

Concluindo: a mudança de opção por novos aliados não é herança maldita. É parte da política do governo atual. Aliás, é uma política que mostra, claramente, o que o partido do presidente (e o próprio) desejam em termos de relações geoestratégicas.

Perceba, leitor, que decisões deste tipo envolvem custos e benefícios os mais diversos possíveis. A China, bem, a China todos nós conhecemos bem como funciona. Já a Ucrânia continua sendo um mistério para mim. Claro, tem aquela história do programa espacial mas, além daquilo, não vejo nada de interessante na ampliação de nossas relações com eles.

O que há de interessante na Ucrânia?
Sexo, sexo e mais sexo

Esta notícia é interessante. Resumindo, o sujeito - um ginecologista de Cingapura - resolveu reescrever o Kama Sutra ou, melhor dizendo, lançar uma nova versão do mesmo. O contexto? O goveno do país quer incentivar os casais a terem filhos.

Com algum bom humor, pode-se dizer que enquanto o Estado quer "colocar aquilo naquilo" sem preliminares, o setor privado quer fazer o mesmo, só que com prazer.

Não me parece uma metáfora tão absurda... :D
Ágora é Hora

Ágora, digo, agora, não tem jeito. Se eu cometer um erro contábil, o Estado cai em cima de mim, com todas as suspeitas. Se você abre uma ONG, você tem de cuidar disto. Ou, claro, pode fazer exatamente como faz Paulo Maluf: não ter medo de ser feliz às custas do dinheiro alheio.

ONG de amigo de Lula é acusada de fraude
A mais desumana chantagem

A Coréia do Norte, ao contrário da Coréia do Sul, é um estado ímpar. O único cujo governo sai por aí sequestrando pessoas de outros países. O assunto não é muito divulgado por aqui, mas leia o link a seguir para saber mais.

PYONGYANG : Japanese Prime Minister Junichiro Koizumi has scored a major breakthrough, on his trip to North Korea.

He has won Pyongyang's agreement to allow eight relatives of Japanese kidnapped decades ago to leave the communist state.

Five of them will be reunited with their parents in Tokyo on Saturday.

There was a warm welcome for Japanese Prime Minister Junichiro Koizumi on his second trip to Pyongyang.


Por que existem estes caras sequestrados? O trecho abaixo ilustra o que aconteceu.

The reunion offers some closure to a bizarre saga that has captivated — and outraged — the Japanese public since Kim acknowledged in his first summit with Koizumi in 2002 that North Korean agents had systematically abducted Japanese in the 1970s and 80s to train their spies in the Japanese language and culture.

O Estado com poder supremo dá nisto. Poder sobre sua vida e, no caso, sobre a vida de gente de outros países...