sábado, maio 17, 2003

Globalização

Ei, esta globalização é ótima! Thanks Gustavo Eda pela referência da trilha original do "Slayers" (eu até não curtia muito o desenho...) e pela indicação do anárquivo e cheio de (metalinguagem) "Excel Saga".

Não tem nada a ver com este blog, mas é bom ouvir uma música que você queria ouvir há uns seis meses....ok, back to the work.
O bom e velho BigMac

Certamente você já conhece, mas aí vai o link....

THE BIG MAC INDEX
A difícil transição institucional

The really scary part, however, may be yet to come. Thus far violence in Baghdad has been limited to unorganized gangs of looters carrying Kalashnikovs. But Iraqi security experts and other sources in the capital say that, under the nose of the American forces, Iraq's nascent political groups are forming armed militias and storing weapons as they prepare for a potential civil war for control of the country. In fact, The New Republic has learned, several Iraqis say even Hezbollah has formed a branch in Baghdad. Ultimately, if Baghdad's power vacuum is not filled soon, the rise of organized armed factions could turn Iraq's capital into a twenty-first-century version of 1980s Beirut.

UPDATE: Aqui vai uma boa para ouvir online: U.S. Economic Plan For Iraq?

What does the U.S. have in its bag of tricks to help the Iraqi economy?: Documents leaked from the White House last week show an ambitious plan to transform Iraq’s economy into a capitalist one, including selling off state industries, a rewriting of Iraq’s financial legal code, and a revision of how Iraqis conduct business. But most Iraqis don’t know this discussion is even happening. Since Iraq had been ruled by the nominally socialist Ba’ath party since 1968, many don’t have a fond view of capitalism. And, many in Iraq feel the U.S. has been doing a lousy job communicating its plans to the people. This silence leaves Iraqis wondering just what U.S. plans are. Some say the will of Iraqis is clear: they want socialism.
Aired: May 8, 2003
Reporter: Adam Davidson

quinta-feira, maio 15, 2003

Quem cola, a corrupção piora

Duvida? Então leia este estudo aqui. Ele não foi escrito por pedagogos que acham que "Banco Mundial" é o Grande Satã, e nem por professores de Economia brasileiros. Os autores são todos de países onde a tolerância à cola nas faculdades é uma preocupação da sociedade.

Pagando ou não a faculdade, o aluno deveria se lembrar que o contrato com a mesma especifica que o que é ofertado é o ensino. Agora, ensino é algo que é prejudicado pela cola. Logo, quem cola quebra este contrato.

Não só isso, como, segundo os dados preliminares dos autores, a maior tolerância com a cola é positivamente correlacionada com a corrupção.

É fácil falar mal do político. Difícil é não ser como ele, né?

quarta-feira, maio 14, 2003

Quebrando monopólios espaciais com a tecnologia

Ok, uma igreja inflável não faz parte dos meus sonhos.

Mas, admita, é uma boa idéia. Qual a idéia do inventor? Divulgar sua religião de forma mais flexível. Agora, deixe-me viajar um pouco, amigo(a) leitor(a).

Fico imaginando o Brasil, com sua Igreja Católica cheia de burocracias chatas e com um efetivo sistema de monopólios espaciais em casamentos ("ou você casa na paróquia da região X, ou na da região Y"). Imagine o meu amigo André (de Bento Gonçalves) e sua esposa Simone (de Encantado, ambos no RS).

Ano passado eles se casaram, após uma burocracia danada. E se casaram em Encantado, mas com todo um arranjo burocrático entre a sede da Igreja (Porto Alegre) e Encantado. Acho que, resumindo, foi isto.

Imagine se eles tivessem um desejo, um sonho, de se casarem em Gramado, mas com o padre de Encantado. Poderiam?

Com as instituições atuais da Igreja Católica - corrija-me se estiver errado - a resposta é não. Os padres têm efetivo monopólio sobre suas paróquias.

Agora, uma igreja inflável desta, se se dissemina pelo mundo, teria de fazer a indústria da fé (uma definição econômica para uma Igreja, sem desconsiderar seu papel sociológico/psicológico sobre a vida das pessoas, ok?) repensar toda sua administração.

Uau! Como o mundo pode ser interessante!
Oil-for-food

Nesta pequena reportagem tem-se um problema que eu já esperava: ineficiência da ONU. A história, resumida, é a seguinte: existia um programa, chamado oil for food que permitia que o Iraque, antes da guerra (e depois da primeira, em 1990), conseguisse um mínimo de recursos via venda de petróleo monitorada pela burocracia da ONU.

O que advogados parecem estar descobrindo é que Saddam andou burlando o programa. Não é só isso, entretanto. Pelo visto, a própria burocracia da ONU andou investigando isso, mas suas auditorias nunca foram divulgadas.

No mínimo, uma história interessante para se pensar em como políticas públicas podem ser burladas e, pior, ineficientemente investigadas.

Nada que brasileiro não conheça mas...

Lawmakers see abuses in Iraqi oil-for-food programs

p.s. Sim, eu não tive qualquer retorno dos leitores sobre como os EUA poderiam seguir sugestões de DeSoto e outras para criar instituições democráticas para o povo iraquiano (fiz dois posts sobre isso). Mas, insisto no tema: economistas deveriam se preocupar com a construção de instituições, principalmente em situações como esta, independentemente do juízo de valor que se tenha sobre a guerra. Repito: quem está por trás das políticas estudadas são os consumidores iraquianos. Os consumidores, os empreendedores, enfim, esta gente pequena que faz a prosperidade de um país...
DeSoto

Um homem atacado pelos terroristas por defender os pobres e o seu direito à propriedade privada. Sim, falo do Hernando DeSoto, apresentado a mim por esta mina de puzzles e temas interessantes que é o Leonardo Monastério (good friend!).

Sim, ele já foi citado aqui antes. Leia mais sobre ele e seus estudos abaixo.

A World Connected - Hernando de Soto: Targeted by Peruvian Terrorists
Hernando de Soto, an economist and founder of the Institute for Liberty and Democracy (ILD) in Lima, Peru, grew up in Europe and served as managing director of one of Europe's largest engineering firms
Assunto quente

Um assunto que sempre volta às minhas preocupações microeconômicas (quem me conhece há mais tempo sabe disso) é a alocação de órgãos humanos para transplantes e o seu substituto, os xenotransplantes.

Aí embaixo, uma dica de que nem sempre o governo é melhor do que o mercado nesta alocação. Na verdade mesmo não há comparação com o mercado, mas a presunção de que um mercado falho possa ser, automaticamente, substituido pela intervenção estatal parte de um pressuposto errado: a de que esta última não tenha falhas.

Bem, a polêmica vale o post.

CBS News | FDA Takes Heat Over Tissue Transplants | May 14, 2003 14:16:30
The Food and Drug Administration was criticized Wednesday for failing to issue regulations governing hundreds of tissue banks despite at least one death linked to infected tissue and investigations that have found widespread problems.

Sen. Susan Collins, chairwoman of the Senate Governmental Affairs Committee, said she has repeatedly pressed the FDA to issue rules regulating the industry that have been pending for more than six years.

terça-feira, maio 13, 2003

IS-LM

O bom e velho IS-LM, finalmente ganhou um seminário só para ele. Creio que a melhor especificação do IS-LM é a do Carl Walsh e McCallum: a otimizada. Só a tradicional, creio, não é mais seriamente pensada como um bom modelo.

Mas, até que os alunos aprendam que estudar a realidade seriamente gastará muito de seu tempo (e até que os autores de livros-textos incorporem esta versão do IS-LM nos manuais para alunos de graduação)....

IS-LM Conference
2003 HOPE Conference:
“The IS/LM Model: Its Rise, Fall and Strange Persistence” -
Duke University, Durham, North Carolina, April 25–27, 2003
Novas no front musical

Tectonic Change In Music Industry

Steve Jobs, Apple's chief executive, has succeeded in a major coup, forcing tectonic change in an industry notorious for its dinosaur pace and dragon tactics.

Since the late 1990s, the music industry has battled Internet sites that allowed anyone to download and copy virtually any song for free. Entertainment companies sued to shut down such file-sharing services as Napster, but failed to stem the traffic as other sites and technologies replaced it.

Now, there's a legal option that nearly everybody likes.

At 99 cents a download with virtually no restrictions on how and where the songs can be played — including portable devices — Apple's service for Macintosh computer users is proving to be the most promising alternative to free, pirated music.

domingo, maio 11, 2003

Dez regras para ser um mau intelectual e um péssimo economista

Os dez mandamentos do intelectual brasileiro:

1. Não tenha idéias próprias. Comente as alheias.

2. Plagiar pode, mas disfarçadamente.

3. Faça muitas notas de rodapé, em especial citando aqueles de quem quer apoio.

4. Domine apenas um assunto, de preferência um autor ou período específico desse assunto. Aja como se fosse o dono dele, prometa sobre ele uma grande obra definitiva que terá consumido três décadas de pesquisa.

5. Despreze jornalistas. Eles são superficiais, principalmente quando acham que podem escrever sobre diversos temas.

6. Reze no altar de Rousseau. O brasileiro não é ruim, a elite brasileira é que o corrompe há mais de 500 anos.

7. Não diga que Marx ou Freud estão ultrapassados. Diga que está havendo uma "troca de paradigmas".

8. Use palavras longas, em especial substantivos terminados em -dade ("alteridade") ou -ismo ("imanentismo"). Abomine períodos curtos e diretos.

Inicie e termine seu texto sempre com citação entre aspas.

9. Defenda sua turma de todos os ataques. Critique a turma oposta por todos os ângulos. No limite, ofenda.

10. Humor, jamais. Principalmente se for irônico.

Direto de: http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/05/11/cad033.html