sexta-feira, agosto 15, 2003

Que economista disse isto?

"'It's a game of small numbers and every opportunity needs to be maximized,' "

Aí vai: nenhum. É mais uma reportagem sobre a doação de órgãos nos EUA, o meu assunto favorito quando se trata de ficar feliz com a menor escassez de certos bens econômicos como os órgãos humanos. E a frase foi dita por uma funcionária encarregada desta bela e delicada tarefa.

Pode chocar alguns usar o termo "econômico", mas de fato, eles o são. E, claro, pode-se sempre perguntar porque um "consenso presumido" não choca pela agressão ao direito do indivíduo...

Bem, no final, o melhor é que menos gente morra por falta de órgãos. Minha recomendação? Invistam na tecnologia. Se há algum padrão "moral" no homem - algo duvidoso - é certo que ele não avança na mesma velocidade da tecnologia. Daí o dilema: vamos esperar todos virarem santos para podermos resolver o problema do receptor do órgão, ou vamos investir na tecnologia enquanto continuamos sendo moralmente falhos?

A minha resposta você já leu.

quinta-feira, agosto 14, 2003

Estamos melhores hoje?


Fonte: Heidelberg Institute

Ah, e notem este estudo...

terça-feira, agosto 12, 2003

Doação de órgãos: será que a tecnologia nos salvará?

Há anos meu lado humano do economista acadêmico (não, não é piada) me levou a estudar doação de órgãos para transplantes. Numa das leituras, descobri os xenotransplantes, mas nunca desejei tanto que os mesmos fossem rapidamente desenvolvidos como quando li esta notícia.

Obviamente, há uma bela descrição - bela, mas triste - sobre os incentivos e os conflitos de interesses na política de alocação de órgãos dos EUA. Nunca precisei de receber órgãos, recuso-me a ser obrigado a doar (mas sou voluntário com prazer), e, por algum motivo, este tema sempre me persegue. É um fascinante - e preocupante - problema de alocação no qual o objetivo de maximização de utilidade nunca foi tão importante: salvar, mesmo, vidas.

De qualquer forma, no mundo da pesquisa científica, para dizer a verdade, descobrimos que fantasmas nos perseguem sempre: o dos temas aos quais nunca demos um prosseguimento sistematizado em forma de pesquisa. Mas, um dia, eu escrevo sobre isto.
Política econômica aplicada

A piada que eu faria sobre esta interessante e inteligente análise de Landsburg é: o custo social da externalidade do fumo é menor, em um estabelecimento, se você proíbe (quem diria!) a presença de GL's people. Por que? Porque eles fumam 70% mais do que o resto da população.

Isto sim, é um ponto polêmico. Imagine um religiosamente correto (AKA politicamente correto) numa situação destas...:-)

segunda-feira, agosto 11, 2003

A fórmula do amor versus A paixão pela economia

Então você é economista. Ou pelo menos pretende ser em alguns anos. Ok, talvez você esteja no mestrado ou no doutorado e ache que ser economista é algo doloroso, mas que vale a pena. Então você reealmente gosta de Economia. Bom para você? Bem, cada qual com suas preferências.

No post abaixo, meu colega Ari fala da fórmula do amor. O amor e a economia andam juntos? Alguns resolvem este complicado problema teórico (haja enrolação, heim Cláudio?) através da generalização do problema (mas não necessariamente da solução). Resultado: economistas casam com economistas.

Isto tem uma vantagem porque sua esposa jamais ficará se queixando do fato de você não prestar atenção no que ela está falando enquanto você resolve aquele "trivial" exercício do manual de Microeconomia que seu professor (sádico) do mestrado/doutorado adota.

Por outro lado, se economistas casam-se com economistas, as vantagens comparativas devem estar operando em outra dimensão. E é por isso que a casa do Ari é tão bem decorada.

Mas, falando de paixão. Eu creio que economistas que não erraram de profissão curtem economia. E, na falta de coisas melhores para fazer, ficam fazendo economia everywhere ou vendo economia everywhere.

Agora, é everywhere mesmo! Alguns chamam isso de imperialismo econômico. Mas o imperialismo mesmo é quando você começa a estudar coisas que chocam os outros. Embora filósofos façam isto sem o menor constrangimento ou reprovação social (lembre-se que eles matam Deus, em média, a cada 100 anos de produção filosófica), os economistas ainda causam certa sensação entre os colegas quando tratam disso. O nome deste tipo de pesquisa, informalmente, é Wackonomics.

Serei eu um wackonomist? Eu não saberia responder. Mas eu sei que se tem algo de sábio no que algum economista fala, isso tem a ver com o que li uma vez num dos livros do Mankiw: a felicidade consiste em você fazer o que gosta e ser remunerado por isto.

domingo, agosto 10, 2003

O poder da matemática!

Notícia quentíssima:Matemático descobre a fórmula ("fórmula algébrica do amor") do casamento feliz. Isso deve ser a solução para a maioria dos grandes problemas da humanidade. Interessado? Procure aqui

Quem preferir o ponto de vista econômico sobre o assunto um bom início é o Capítulo 21 do Price Theory: An Intermediate Text by David D. Friedman disponível neste link.
Dados...

Dados sobre preços de commodities para os interessados : IMF Primary Commodity Prices
Umberto Eco e o desemprego

Umberto Eco faz uma análise simples, mas precisa, de um exemplo de como o avanço tecnológico pode gerar pressões "ludistas" (não, não é minha cunhada Ludmila...:-) ).

Aí vai.

ALGUNS MORTOS A MENOS
Geografia importa?

Quem mora em país sem saída para o mar e nos trópicos, pode ter um baita problema de desenvolvimento econômico? Jeffrey Sachs sempre disse que sim.

Um resumo do seu argumento está no link abaixo.

Geografia ajuda a explicar miséria da África - Terra - Desigualdades Sociais