sábado, maio 08, 2004

Humor

Finalmente reeditado! Um dos livros mais engraçados que já li na minha vida. Trata-se do "O guia do Mochileiro das Galáxias" da trilogia de quatro livros do falecido (genial) Douglas Adams.

Você, leitor deste blog que adora Monthy Python, humor britânico, Seinfeld, ou qualquer filme do Mel Brooks sabe que tem alguma afinidade com este que vos escreve.

Então, não espere! Compre o livro e descubra qual era, realmente, a espécie mais inteligente da Terra: os camundongos, os golfinhos ou os seres humanos?

O livro, que foi relançado há poucos dias no Brasil (leia aqui), começa segundos antes da explosão da Terra - planetinha inútil que será destruído para obras de melhoramento da Via Láctea - e mostra um britânico comum chamado Arthur Dent (Martin Freeman) sendo poupado da catástrofe. Seu salvador é Ford Prefect (Mos Def), um alienígena que passou os últimos 15 anos estudando os hábitos terrestres - disfarçado de ator desempregado - para atualizar o Guia do Mochileiro das Galáxias, publicação interplanetária no melhor estilo "guia de viagens".

Juntos, eles começam a viajar pelo universo, auxiliados pelas espertas dicas do manual e encontram dezenas de tipos divertidos em suas "andanças", como o ex-presidente galáctico Zaphod (Sam Rockwell), sua namorada - a bela cientista Trillion (Zooey Deschanel), e um robô depressivo. Para a sua surpresa, Arthur descobrirá ainda a verdadeira história da Terra e a resposta final à "grande pergunta da Vida, do Universo e Tudo Mais".
A guerrilha chega ao Brasil ou "Se fosse o Hélio Jaguaribe seria discurso oportunista"

Este pessoal do governo é engraçado. Eu achava este Plinio A. Sampaio um cara sério. Veja, leitor, o que o sujeito me fala aí embaixo. Das duas uma: ou ele também é a favor da invasão do Iraque (pelo mesmíssimo motivo) e do Afeganistão e também é a favor do crescimento do poder dos chefes do tráfico no Rio, ou então usa de dois pesos e duas medidas.

E é funcionário da ONU. Mais um motivo para preocupação.

Lamento publicar isto aqui, mas fiquei realmente chocado. Esperaria uma declaração desta do Paulo Paim, mas não do sr. Plinio. Bem, serve para rever os conceitos. Nunca é tarde para isto...

Quando agridem o MST, essas pessoas estão dando um tiro no pé. Se o MST for desmantelado ou ficar numa situação difícil, não tenha dúvida de que esses movimentos todos vão evoluir para posições até aventureiras e isso terminará num guerrilha rural. O MST é quem civiliza a luta, é quem faz a luta ser civil, sem armas e sem violência. Eles não matam ninguém e não ferem ninguém. Se não tiverem êxito, não há dúvida de que outros farão a luta de uma forma perniciosa para o País.

sexta-feira, maio 07, 2004

Quem nunca assistiu?

Não vou falar nada. Vai lá e checa o que o sujeito fez em homenagem ao grande show de comédia dos EUA. Talvez um dos melhores!

Bundyology
Aulas de Estatística para leitores e eleitores

Tem gente que pode aprender muito sobre Estatística tentando descobrir quem mente. Se você realmente quer saber quem o está enganando, como deve proceder num caso como este?

Sugestões e descobertas são bem-vindas nos comentários. Ajude, você também, a "passar o Brasil a limpo".

Um dos anúncios petistas afirma que o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2002) investiu em seu último ano R$ 2,3 bilhões em programas de transferência de renda. Porém, segundo os tucanos, o valor aplicado em 2002 foi de R$ 3,86 bilhões. Já o governo Lula investiu menos em 2003 – cerca de R$ 3,4 bilhões.

Na questão dos juros reais, o estudo aponta outro erro: o PT afirma que a taxa praticada no Brasil é de 9,07%, quando, na verdade, é de 9,97% - taxa menor que os 9,84% do governo anterior. Os comerciais petistas também erram ao comparar os governos Lula e FHC em relação à agricultura familiar. Além de comparar um ano de governo tucano com 15 meses de governo petista, o valor atualizado de crédito concedido ao programa que cuida da área foi superfaturado em R$ 1 bilhão.

Em relação ao custo da cesta básica, o estudo aponta outro número errado: segundo a peça, o valor médio “subiu apenas 2,6%” nos 15 meses de governo Lula. Porém, a alta foi de 5,2%, o dobro do anunciado. A pesquisa aponta ainda que o PT não contribuiu em nada para que o país chegasse aos R$ 73 bilhões exportados em 2003, mas mesmo assim tentam se promover em cima do resultado do governo tucano.


Link: Propaganda do PT usa números errados (com link para o documento em Word na íntegra).
Por que o Oriente Médio não se desenvolveu?

Timur Kuran, um economista que eu, particularmente, gosto de ler, faz boas observações sobre as instituições que detiveram o desenvolvimento de uma das mais prósperas regiões do mundo por volta do ano 1000.

De quebra, você ainda lê textos de gente de primeira como Barry Weingast e, claro, Douglass North.

The Global Prosperity Initiative - Forum Seven Papers
Existe trade-off entre beleza e trabalho?

Exceto pelas supermodels, sim.

Muitos colegas meus - e eu mesmo - em brincadeiras, falávamos da famosa hipérbole (y = a/(x^n)) que existiria entre beleza e trabalho para a mulher. Um minuto a menos na manicure seria igual a um "delta" de minutos a mais para, digamos, estudar economia.

Alguns, contudo levam a sério esta piada. Para eles, o futuro seria sombrio. Mulheres inteligentes se pareceriam com as figurantes que Eisenstein usava em seus filmes para, subliminarmente, falar mal do capitalismo ("viram? antes de Stalin, as mulheres eram feiiiiiiiiiiiiiiiias..."). O futuro seria povoado de mulheres feias (feministas) trabalhando para capitalistas barrigudos (Marx) e, claro, a Terra sofreria do problema de superpopulação (Malthus...embora eu nunca tenha entendido bem como mulheres tão horrendamente feiosas arrumassem tantos filhos...), poluído (ambientalistas fanáticos), enfim, um perfeito cenário Blade Runner.

Bem, enquanto os profetas pregavam para os ouvidos atentos da platéia mundial - brasileiros inclusos - o mercado começou a apresentar oportunidades. Alguém teve a idéia brilhante: por que as manicures não podem procurar suas clientes?

E o mundo dos profetas (aposto que muita gente ganhou dinheiro divulgando profecias como estas ou combinações das mesmas com sutis alterações em alguns adjetivos/substantivos) caiu, pelo menos é o que mostra esta matéria: Busy Japanese women now get beauty service from door-to-door manicurist .

Claro, matar isto e voltar ao cenário dos falsos profetas é fácil: crie uma regulação governamental proibindo manicures de saírem de porta em porta...

quinta-feira, maio 06, 2004

São todos iguais?

i. Waldomiro Diniz
ii. Viagens particulares de Benedita

E, agora, a mudança no comportamento que realmente me espantou.

O PT avisa: estão justificados e deixam de ser consideradas “escândalos” as despesas de R$ 1,26 milhão correspondentes às passagens aéreas pagas pelo Governo para que Ministros de Estado viagem aos seus estados de origem para gozar o fim de semana.

Trata-se de uma mudança radical de atitude dos petistas, que viviam divulgando as viagens – e os preços das passagens e dos custos dos jatinhos da FAB, quando era usados – dos Ministros para viagens particulares aos seus Estados.


Ok, você pode dizer que a informação é fornecida por um partido político. Mas isto faz parte da democracia. Era assim quando o partido situacionista era da oposição. Ops, outro ponto em comum...

quarta-feira, maio 05, 2004

Eu, eu..e mais eu (II)

Publicado no jornal "O Tempo" de Belo Horizonte, hoje, sob outro título (editores de jornal realmente gostam disto...). Aqui vai a cópia que eu tenho no meu HD. Se o editor cortou/mudou algo, bem, aqui está o artigo original com meus erros, omissões e tudo o mais.

Quantos empresários desaparecem por ano no Brasil? [O Tempo, 05.05.2004]


O brasileiro médio se preocupa muito – e com razão – com o desaparecimento de empregos. Por que empregos desaparecem, se é que desaparecem? Um dos motivos é o desaparecimento de empresários. Sem empresário não há empresa e, sem empresa, não há empregado. Quantos empresários deixam de existir, anualmente, no Brasil? Esta não é uma pergunta fácil de ser respondida, mas há várias pistas.

Primeiro, sucessivos políticos eleitos sob a promessa de uma reforma do Estado não cumprem suas promessas. Quando muito, a discussão parece monótona: o governo não quer discutir se gasta mal ou bem, mas pode, para adoçar o eleitor, discutir uma certa mini-reforma tributária. Assim, sem a perspectiva de redução da carga tributária, fica realmente difícil imaginar que empresários otimistas saiam por aí, buscando produzir bens e serviços.

Segundo, o empresário é chamado a ajudar o governo nas horas difíceis (quem leu “Mauá – Empresário do Império”, de Jorge Caldeira, sabe do que se trata), mas é o primeiro culpado de qualquer crise. Sucessivos presidentes culpam a “ganância de empresários” por mazelas as mais diversas, desde a dívida pública até a seca no Nordeste. Vale dizer, se um empreendimento conjunto público-privado lograr sucesso, é porque o governo “guiou” os empresários corretamente. Se der errado, a culpa é da incompetência do empresário. Dois pesos, duas medidas. Sujeito a esta peculiar “ética” por um longo período de tempo, o empresário aprende que, incorretamente, quem produz algo é o Estado, não ele. Aquele que não quiser entrar neste jogo, não deve ser empresário.

Terceiro, no ensino médio e nas faculdades de negócios do Brasil, alguns dos (potenciais) empresários de sucesso aprendem a lógica dos mercados enquanto abrem os jornais e encontram burocratas justificando seu emprego sob o argumento de que mercados não funcionam. Ou os consumidores são desinformados ou os empresários não sabem onde devem ofertar seus produtos (como exemplo, pense o leitor no caso das recentes afirmações do MEC sobre o ensino universitário). Finalmente, há mesmo a crença, por parte de alguns professores universitários, de que os empresários são parte da “classe dominante” e, portanto, devem ser desestimulados desde cedo. Aqui, no período de formação educacional, ocorre a parte mais cruel do genocídio de futuros empresários.

Certamente há mais causas para a destruição de empregos. Um empresário que busque o lucro pode mudar de setor, gerando algum desemprego. Como os novos desempregados enfrentam uma burocracia imensa para abrir empresas, podem continuar achando melhor ficarem desempregados. Eles poderiam insistir, mas não sem se lembrarem de que são os culpados das mazelas do mundo, além de naturalmente estúpidos, necessitando da ajuda dos esclarecidos burocratas governamentais que, após aprovação em concurso público, ganharam uma súbita iluminação mística sobre as perguntas básicas que um empresário deveria responder: o que, como, onde e quando produzir.

Destruir empresários é uma forma cruel de destruir empregos. Afinal, para cada empresário existe, ao menos, um empregado.
Notícia triste

Ia deixar esta para o Gilson, mas os maiores conhecedores do ramo já devem saber:

> Subject: [esmembers] In Memory of Jean-Jacques Laffont
> Date: Tue, 4 May 2004 17:55:38 -0500
>
>
> The Econometric Society announces with deep sorrow the
> death of Jean-Jacques Laffont, a great scholar who
> generously devoted himself to public service.
>
> Jean-Jacques was elected a Fellow in 1978, was elected as
> a Council member from 1982-85 and again from 1985-88. He served as
> President of the Society in 1992, thus contributing to the Society in
> many ways over the years. We will miss him.
>
> Julie P. Gordon
> Executive Director and Secretary
>
> Ariel Rubinstein
> President, 2004
>
>
> Secretary
>
> Ariel Rubinstein
> President, 2004

terça-feira, maio 04, 2004

Órgãos para transplante

Palavras do presidente da ABTO na gestão 2002-3

Como pode nascer o comércio de órgãos com doador vivo? Em cada país existem regras e leis específicas para transplante com doador vivo; alguns permitem o transplante, mesmo com doador não parente, desde que não haja remuneração pelo órgão. Na maioria dos estados americanos esta lei se aplica e hoje, nos Estados Unidos, são realizados mais transplantes renais com doador vivo do que com doador cadáver, sendo mais de 1.000 transplantes com doadores caracterizados como sendo amigos e com grande relação afetiva com o receptor. Na Europa as restrições para o transplante com doador vivo, mesmo amigos ou cônjuges, são maiores sendo, raramente permitida a doação entre pessoas não aparentadas. No Iran, por outro lado, o próprio Estado intermedeia o transplante de órgãos com doador vivo, oferecendo incentivo financeiro ao doador, sendo o rim transplantado no primeiro paciente da fila.
Quando o mercado vence o radicalismo

Quem nunca ouviu falar do "futebol, religião e política não se discutem"? Pois não se discute mesmo, atende-se. No mundo árabe, Qibla é o nome que se dá à direção que os muçulmanos se viram para fazer suas orações. E é também o nome de um refrigerante, Qibla Cola

E o produto está vendendo bem...

Qibla Cola aims to pull business from Coke, Pepsi

Como diz a latinha: "liberate your taste". Tô nesta.

segunda-feira, maio 03, 2004

Reciclando velhas histórias

Isto aqui foi publicado em julho de 2002, no e-zine (o falecido e-zine) 700km, do Claumann. Vou mudar apenas os links que não existem mais.

::: G a r r a f i n h a s . a o . M a r [700km, #78, 22 de julho de 2002]

MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA, HISTÓRIA NAVAL E SHARON STONE
Cláudio D. Shikida

Segunda-feira estava cansado e decidi sair do meu cubículo, na biblioteca, e pegar o What Prices Fame do Tyler Cowen. Há dois anos eu queria ler este livro. Bem, desci ao terceiro andar e saí do elevador quando, como sempre, olhei para os lados. Não, nada da Sharon Stone estar na seção de "Guerra" da biblioteca. Era o "Navies and Nations - warships, navies and state building in Europe and America, 1500-1860" de um professor sueco - descobri o gênero lendo os agradecimentos. Primeira lição: sempre olhe pros lados na biblioteca. Segunda lição: leia sempre os agradecimentos.

Olhei para os dois volumes azuis, com cara de edição barata, da universidade, e eles olharam para mim. Era minha chance: menage-a-trois sueco! Não tive dúvidas e, para meu azar, comecei a folhear o índice. Comecei a gostar. Lentamente eu folheava, lentamente crescia meu interesse pelos dois volumes. Acelerei a passagem de páginas para ver se tinha tabelas (lembre-se o leitor da minha tara com números e tabelas). Várias. Comecei a achar que estava no meu dia de sorte. Antes que o leitor pense que estou insinuando o ato sexual neste parágrafo, eu vou dizer: estou sim. Terceira lição: um cara que pega um livro destes na estante só pode estar pensando em bobagem.

Mas o que é bacana neste livro é que ele me permite desbancar mais um mito que as pessoas têm na cabeça. Todo mundo acha que a Marinha é algo que só pode ser fornecido pelo Estado, pois - aí vamos nós com a teoria econômica de novo - a "defesa" é um bem indivisível. O quê? Que é isso? Bem, eu já expliquei, numa das garrafinhas anteriores o que é um bem público.

Uma das características é que não dá para diferenciar o quanto cada um consome de bem público. O exemplo de sala de aula para o aluno inteligente é: "Meu filho, imagine! Não dá pra dizer quanto você consome de defesa nacional. Não dá, assim, para diferenciar seu consumo de defesa nacional do meu! Viu? Tem que ser fornecido, não terá um empresário que poderá identificar o quanto você e eu queremos consumir deste bem. Conclusão: tem de ter o Estado fornecendo estes bens".

O exemplo está correto. Contudo, a evidência histórica mostra que não é bem assim. O Estado surge quando um grupo de interesses consegue se impor como monopolizador do uso da coerção (ou da violência). Esta é a tese de Douglass North, Mancur Olson e, de certa forma, também de Yoram Barzel, economistas bem interessantes de se ler. Lição número quatro: vale a pena pedir pro meu pai continuar pagando meu curso de inglês. E não é só pelas garotas!

Para mostrar a você, leitor, porque a história não corrobora esta teoria, vale a citação direta do texto, em inglês, disponível no link abaixo:

http://www.700km.com.br/citacao.html [na época, Claumann, nosso editor, fez esta página porque não chegamos num consenso sobre se eu deveria ou não traduzir o trecho. Não sei se ainda existe o link. Nota de 03.05.2004]

Para quem não lê em inglês, eu resumo: antes do Estado moderno existiam maneiras privadas de se defender de ataques marítimos. Era possível identificar os consumidores e cada um pagava pela segurança privada. A invasão citada é similar à revolução da pólvora que Glete cita em outra parte de seu texto e que permitiu maior poder de fogo para os navios. Em ambos os casos, as vítimas passam a ser resultados de uma ação mais aleatória: nenhum bombardeio será preciso e nem a força invasora vai bater de porta em porta para saber se o morador pagou pela defesa privada ou não.

Estas mudanças facilitaram a vida de alguns nobres que queriam se impor aos seus pares e que visavam o poder sobre toda a região. Facilitou-lhes a monopolização do uso da violência. Lição número cinco: Cara, não basta acreditar, tem de duvidar. E, não basta duvidar, tem de pesquisar. Lição número seis: tecnologia é perigosa também.

Viu só leitor(a)? E aí você vai me perguntar: Por que os economistas deixaram isso de lado por tanto tempo? Bem, a teoria econômica passou muito tempo respondendo às demandas da sociedade. Quando havia ciclos econômicos, alguns procuraram mostrar que planejar era bom. Quando havia inflação, alguns quiseram ver como acabar com a inflação. Por fora, alguns malucos continuavam seus trabalhos (se alguém pagasse por isso, ok) em outras áreas. Quando a teoria precisou dos dados, inventaram a econometria. Quando a história econômica precisou dos dados, veio a cliometria. Quando alguém viu que precisava explicar as instituições sobre as quais o mercado funciona, viemos nós. Digo, os caras que eu citei.

E eu estou aqui, pacífico e sereno, estudando a Economia do Conflito e da Violência, simplesmente porque um dia, impressionei-me e gostei de um livro chamado "The Machinery of Freedom", do filho do Milton Friedman, o David Friedman. O ponto que não consegui aceitar no livro - e que quero estudar muito ainda - era como um sistema privado de leis poderia existir (sim, a Islândia do colunista Blanc aqui do 700km). Anarquia, sistema privado de leis e violência. Moral da história (e lição número sete): Não foi à toa que olhei para o lado segunda-feira.

Ah, claro, a Sharon Stone foi só para chamar a sua atenção... :-)

Uma página preliminar sobre o assunto:
http://www.geocities.com/microeconomia.geo/Dark_Side_of_Economics.html
Um excelente e didático verbete sobre "Defesa"

Você, aluno, com mais de dezoito anos, pretenso economista, deveria ler isto. Principalmente se está estudando externalidades, bens públicos e...claro, se passou na prova de inglês do vestibular da sua faculdade.

Vale realmente a pena.

Defense, by Benjamin Zycher: The Concise Encyclopedia of Economics: Library of Economics and Liberty
Eu, eu e mais eu

Meus amigos do IL-RS me colocaram, novamente, em seu informativo. O texto que está lá é o primeiro de uma série que estou desenvolvendo (estou no terceiro). O nome deste é: "A Economia do Conflito vai às favelas de Lulu no Estado de Lula e Rosinha".

Por que isto, Cláudio? Bem, explico-me. Há as pesquisas e há as idéias iniciais que geram as pesquisas. E, em alguns casos, há as revisões da literatura que levam às pesquisas. E me dá um certo prazer pessoal fazer pequenas notas para disseminação para que outras pessoas possam aprender algo junto comigo. (Claro que faço as notas até o ponto em que o benefício marginal de fazê-las é igual ao custo marginal...).

Não há uma periodicidade fixa e, como já disse, estou na terceira delas. E o pessoal do IL-RS gostou da primeira. Se quiser ler, vá ao link acima e lembre-se: o arquivo está em formato PDF. Conceitos simples são utilizados. Na verdade, peguei um modelo teórico desenvolvido por outros caras e expliquei-o para o leitor mais ou menos leigo usando um exemplo recente.

Divirta-se.
Por que tanto ódio neste coraçãozinho...

Assim dizia Maurício Mocelin (a gente o chamava de Maurício Chapolim) da turma do mestrado do meu ano de doutorado no PPGE-UFRGS.

E, bem, a impessoalidade do mercado às vezes gera uma reação hostil entre as pessoas. Claro, nem todas. Eu, por exemplo, gosto muito dos mercados :) .

EconLog, Hostility Toward Economics: Library of Economics and Liberty
Economia dos Esportes

Eu, Ari e o Leo (três dos quatro webmasters deste blog) estamos com um trabalho sobre o assunto. Mas a área é vasta. E a última coluna de leitura não tão difícil é esta aí. Com vocês: Allen R. Sanderson, The Puzzling Economics of Sports: Library of Economics and Liberty
Democracia: Indicadores para a América Latina

Quer fazer o download? Então procure na página do PNUD-ONU. Se não errei, um link possível é este.

Estes são dados interessantes...
Quando um burocrata norueguês tem muita grana para controlar....

...ele não faz muito diferente dos colegas brasileiros, americanos ou japoneses.

Incentivos. Eis aí a palavra-chave. Clique no trecho abaixo para saber mais a respeito.

Switzerland is investigating possible money-laundering in connection with Norwegian oil giant Statoil, a spokeswoman for federal prosecutors confirmed.

The inquiry, which was opened "a while ago", is focused on one person and should soon be concluded, Andrea Sadecky said Sunday in reaction to an article in German language newspaper SonntagsBlick.

The weekly alleged that the Norwegian oil giant, which is 81.7 percent owned by the Norwegian state, paid 6.75 million Swiss francs (4.36 million euros, 5.21 million dollars) to a consultancy for developing its business in Iran and 2.5 million francs went through an account at Credit Suisse in Geneva.

domingo, maio 02, 2004

Oil-for-news

Não vejo a hora de ter os nomes desta lista. Depois que o MR-8 apareceu (e confirmou) que recebeu ajuda de Saddam, a ligação que qualquer curioso faria seria com os jornalistas simpáticos ao MR-8.

Mas, provavelmente, os nomes serão de gente graúda da Rússia e França. Aguardando ansiosamente...

New Zealand News - World - Claim that Baghdad has list of oil-for-food cash bribes: "'We have a list of cash paid to journalists, personalities, groups and parties,' Talabani told a news conference after conferring with UN Secretary-General Kofi Annan over an Iraqi interim government."
A maravilhosa segurança pública

Eles dizem que nos garantem a segurança. Eles nos prometem que se tiverem o exclusivo direito ao porte de armas, viveremos melhor, mas eles também não são lá muito honestos.....:D

Hacker preso aplicava golpes com ajuda de agentes - Nacional ::: últimas notícias ::: www.estadao.com.br

E querem que eu não seja pessimista? Ah....
Lugares ruins para se trabalhar

1. Iraque
2. Cuba (claro...)
3. Zimbabwe (Zimbabue)
4. Turcomenistão
5. Bangladesh
6. China (o modelo chinês? Tô fora...)
7. Eritreia
8. Haiti (não diga...)
9. Cisjordânia e Faixa de Gaza
10. Rússia

Iraque, Cuba e Zimbabue: os piores lugares para o jornalista
Violência no Rio....com dados

Assunto preferido de gente como Leo ou Gilson, enganam-se os que acham que eu não ligo. Eu morei quatro anos no RJ (uma vez, três anos e, algum tempo depois, mais um ano). Só que eu nunca fui muito atento a estas coisas. Era pirralho na época.

De qualquer forma, o "O Globo" de hoje presta dois serviços aos leitores. Primeiro, a notícia linkada. Segundo, na notícia, o link para a pesquisa sobre violência, que estará disponível, segundo eles, na terça-feira, online. Melhor que a Radiobrás que falou de um político brasileiro da ONU, que citou números, que você não consegue achar em lugar algum (eu tentei por muito tempo e relatei isto nos comments de um post aí embaixo).

Espero ver números agora. O link, lembrem-se, terça...., é: http://www.cesec.ucam.edu.br . Obrigado Universidade privada Cândido Mendes...
Você sabe que virou freguês quando...

Você vai a um bar no qual - freqüentemente - almoça uma feijoada (sábados, claro, que ninguém é de ferro), falha umas semanas e, quando volta, o dono do bar te vê, cumprimenta e bate no ombro.

Caramba!

Aos belorizontinos (e aos turistas), recomendo:

Mercado Central (1929-2004): e olha que eu havia me esquecido do feriado, mas estava com saudades da feijoada do Bar do Jorge...(por algum motivo (herético!!!), o bar não consta do site oficial, mas, entrando pela rua Curitiba, siga até a esquina com a av. Augusto de Lima e siga. Logo, logo você acha.
Tarantino hits me again (momento mini-lazer)

Vi, ontem, o volume 1 de Kill Bill.

Não tem nada a ver com este blog, mas se você gosta de Tarantino, John Woo, Sam Peckinpah (eu nunca acerto o nome do velho diretor de "Cruz de Ferro"), não pode perder este.

Mas eu perdi o último John Woo (nem sabia que tinha filme novo na roda...). Bem, de qualquer forma, Tarantino vale cada centavo do ingresso, mais cappuccino com chantily mais os dois táxis e, claro, o macarrão Bifum no marmitex (viva o Restaurante Macau!) em casa....assistindo outro clássico do cinema B no Retrô: "Quando os mundos colidem". Pena que não cheguei mais cedo, mas não se pode ter tudo, certo?
Faça o que eu digo, não faça o que eu faço

Um dos maiores humoristas do mundo, Fidel Castro, após usar a desculpa da luta contra o terror para reprimir jornalistas, agora me vem com esta...e olha que a Baía dos Porcos foi no século passado...

Só rindo.

Castro urges Bush not to use force as response to terror
Mais Gaspari: Delúbio e a Economia Política dos Votos (ou "se fosse a mulher do Maluf seria nepotismo")

Os três grandes partidos nacionais, PT, PSDB e PFL, são capazes de tudo, menos de mostrar suas contas aos eleitores antes de lhes tomar os votos. Todos recusam-se a determinar que a contabilidade de seus candidatos seja posta em tempo real na internet. Uma proposta do deputado Chico Alencar, apresentada à direção do PT, foi frontalmente rebatida pelo comissário-tesoureiro Delúbio Soares. Ele classificou a idéia de "ingenuidade". No PSDB, o deputado Luis Carlos Hauly acaba de apresentar uma proposta semelhante à executiva do partido. No PFL, nem isso.

Agora, a pergunta que eu me faço é: eu me lembro bem do PC Farias. Mas nunca ouvi falar do tal Delúbio. Quem é Delúbio? Quando eu fico em dúvida sobre algo, como todo mundo (que é esperto), eu procuro me informar. Só de sacanagem (he he he), eu achei um link na página do PFL citando justamente o tema. E aí descobri que Delúbio "...além de tesoureiro também controla, através da mulher, a vice-presidência do PT".

Ou seja, a família tá toda lá.

Assim, é mais que natural que com um poder destes nas mãos o sujeito se recuse a abrir as contas. E o presidente não disse, surpreendentemente, nada sobre a tal proposta de transparência das contas.

A cada dia que passa vejo que a Public Choice é perfeita para a análise de comportamento de políticos. Podem tentar me enrolar com este papo de "ética" ou de "que nem todos são racionais como vocês, economistas, pensam". Podem falar - até mais do que o presidente fala sobre este tema (o que não é difícil) - mas eu não caio mais nesta. Eu observo os atos. E a realidade se encaixa bem no estereótipo do homo economicus.

Quer queiramos....ou não.
Gol versus BNDES do governo Lula

Eis aí uma das raras vezes em que vejo o Elio Gaspari elogiar a equipe econômica (leia-se: "os caras que nunca foram do partido de Lula e que entendem de Economia no Ministério da Fazenda").

E ele está certo.

Clique no trecho (mas o link muda domingo que vem) para ler toda a coluna do Gaspari.

A Gol surgiu numa época em que as dificuldades financeiras da Varig levaram o governo y otros amigos más a namorar a idéia de uma fusão compulsória com a TAM (com direito a noite de núpcias na suíte imperial do BNDES, com dote de R$ 1,2 bilhão). O ministro da Defesa, José Viegas, chegou a anunciar um plano de reforma dos céus. Passava pelo salvamento dos maganos da Varig (que demitiram 1.400 trabalhadores) e, é óbvio, por um aumento nas tarifas. Onde? Nas linhas de São Paulo, Rio e Belo Horizonte. Criou-se um sistema de vôos compartilhados, pelo qual as duas empresas partilharam os consumidores e a patuléia ganhou atrasos e tarifas combinadas.

Foi nessa hora que entrou em ação um pedaço da ekipekonômica. Detonaram a reorganização cartorial e a reserva da Varig na suíte do BNDES. A briga ficou tão feia que técnicos do banco foram desaconselhados a comparecer a um debate no IPEA. Falou-se até em pedidos de demissão coletivos, mas isso cheirou a lorota.
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