terça-feira, fevereiro 22, 2005

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Jornalismo e mídia


Fonte: www.coxandforkum.com

A imprensa "mainstream", no Brasil, é tão forte quanto nos EUA. E também tem suas exceções que (ainda) me reconfortam perante as bobagens que tenho de ler. E haja bobagem. Falo apenas pela minha área, a Economia.

Neste sentido, o aparecimento dos blogs deixou muito jornalistas pop com tremedeira. A primeira tentativa foi desqualificá-los como algo amadorístico e tal. É verdade que, assim como no jornalismo econômico, há muita coisa boa e muita coisa ruim, mas não é correto desqualificar os blogs assim. Há blogs que realmente não acrescentam muita coisa e há os que se destinam a outros públicos. Pode-se mesmo imaginar que o equivalente de "Caras" são os fotologs (de onde um famoso jornal pôde, finalmente, encontrar as fotos do evento máximo dos últimos meses: o uso de um avião da FAB para fins particulares por parte da família do presidente).

A imprensa mainstream brasileira, entretanto, ainda sofre de falta de objetividade. Não que a norte-americana não sofra. Sofre sim. Mas a minha impressão é que os blogs, aqui, ainda não apresentam uma quantidade de massa crítica suficiente para surtir o mesmo efeito que os irmãos dos EUA. Reflexo de nosso menor nível de capital humano? Possivelmente.

E aí eu fico pensando: dar computadores mais baratos e acesso a internet melhora o capital humano ou investir em capital humano melhora o acesso a internet? Minha impressão é que cada movimento te prende num círculo vicioso mas apenas o último te deixa num "bom" círculo vicioso (portanto, um círculo virtuoso). Por que? Porque no último você aprende a distinguir entre a informação objetiva e não-objetiva antes de ter acesso à internet.

Palpites?
Boas novas ?

A economia poderá se desenvolver sem riscos em mais uma área do Oriente Médio? Se depender da vitória de Sharon obtida ontem apenas, ok.

Quanto seria o crescimento de Israel e da Autoridade Palestina num contrafactual sem conflitos?

domingo, fevereiro 20, 2005

Qualquer pesquisa começa com a realidade

Embora muito aluno tenha preguiça ou mesmo boa vontade - mas muita ilusão - qualquer pesquisa começa com a observação da realidade. E não somente pesquisas. Discursos também.

Lei de Sen

Perguntaram ao professor Amartya Sen, prêmio Nobel de Economia de 1998, o que ele achava da situação da Serra Leoa, pequeno país africano mergulhado numa guerra civil. Resposta: “Eu tenho por norma não opinar sobre países cujo território nem sequer sobrevoei, pelo menos uma vez, de dia.”

Se a Lei de Sen vigorasse no Brasil, a choldra seria poupada de ouvir muita bobagem.

(Nos anos 60, depois de perceber que sobrevoava o Brasil há mais de uma hora, o presidente italiano Giuseppe Saragat rasgou seus discursos e disse para os assessores que eles não tinham entendido que terra era aquela.)