terça-feira, dezembro 02, 2003

:-)

A rede da UFRGS me impede de comentar (e/ou há um problema no blogspot).

Entretanto, Leo está correto. Ph.D now!

domingo, novembro 30, 2003

Voto e liberdades

Um dos motivos de arrogância brasileira foi o tal voto eletrônico. Na época eu pude entender bem porque os americanos usam o voto manual: preserva o anonimato e a liberdade dos indivíduos. Quando disse isso, muita gente achou que eu estava exagerando.

Bem, o fato é que um sistema político - academicamente falando - tem problemas (como qualquer leitor de Public Choice sabe). Um deles é este, da liberdade individual.

Mas esta matéria, que inclusive puxa a orelha de muito jornalista nacional, levanta a bola desta discussão, embora acalmando-nos quanto a supostas fraudes.

Entretanto, fica no ar a pergunta: qual a garantia de que nosso voto não será rastreado? Pense nisto com a cabeça voltada para o estudo de mecanismos de decisão, leitor. Você gostaria de ter seu voto rastreado num mundo onde políticos controlam boa parte dos recursos econômicos (cheque a carga tributária para ver o tamanho do Leviatã...)?
A Economia Política do Brasil (Elio Gaspari)

Para quem gosta do debate sobre a suposta natureza pacífica de totalitaristas, a coluna de Gaspari está ótima hoje. Mas, a notícia interessante sobre mercados versus Estado é esta, sobre capital humano. Note como o governo é "igualitário" mas não é meritocrático.

Jornal O Globo - Colunista de O País: "
Vai bem a universidade pública brasileira. Paga R$ 3.592 a um professor com doutorado e dedicação exclusiva (em tese).

O governo federal acaba de abrir concurso para o preenchimento de vagas no quadro da Polícia Rodoviária Federal. Exige nível médio de escolaridade e paga R$ 3.735. "
Economia Política Brasileira (Daniel Piza)

O Estado de S. Paulo - Colunistas - Daniel Piza - Artes naturais: " Por que não me ufano (1) Em maio, quando o governo apostava num crescimento de 2% do PIB, escrevi que este seria o ano do Crescimento Zero, e não o do Fome Zero. Como o crescimento dificilmente será maior que 0,5% (ainda que, escandalosamente, o ministro do Planejamento Guido Mantega - outro para Lula trocar, além dos intervencionistas Carlos Lessa, do BNDES, e Miro Teixeira, das Comunicações - tenha atribuído a previsão do ministério da Fazenda ao 'mau humor' da equipe) e a população brasileira ainda cresce mais de 1% ao ano, então não resta nada a comemorar. Isso sem falar no fato, ignorado pelos tecnocratas de dentro e de fora do governo, de que nem todo crescimento gera emprego e aumento de renda.

Por que não me ufano (2) Há muito tempo escrevi que chamar o governo FHC de neoliberal era um erro, já que o Estado aumentara sua carga sobre a sociedade de 27% para 35% do PIB. E o governo Lula, bem ao estilo FHC III, continua aumentando os impostos e não vai parar por aí. Que o ministro Palocci afirme que o Estado provê educação e saúde de graça para a classe média é uma das piadas do ano."