sábado, maio 07, 2005

Um motivo diferente....

Um bom motivo para não ser cliente do FMI está no artigo abaixo. Note que nada tem a ver com os argumentos usados pelo governo federal em sua recente "comemoração anunciada" com a não-renovação do último acordo com o Fundo.

Confira.

The Poverty of Nations: International Monetary Fund Socialism Run Amok by Ana I. Eiras -- Capitalism Magazine: "The World Bank and the IMF won't come close to realizing the dream of 'a world without poverty' as long as they keep feeding money to countries with repressed economies and weak judicial systems."
Walter Williams, como sempre...

Only in America by Walter Williams -- Capitalism Magazine: "Here's my question for you: What are we to make of people who preach pessimism and doom to people -- telling them that they're poor because others are rich or telling blacks that they'll never make it because of societal racism? What are we to make of politicians, media pundits and college professors who preach the politics of envy -- telling people lies that the rich became rich off the backs of the poor? I grew up poor in a housing project in North Philadelphia, and those weren't the lessons prevalent a half-century ago. My mother used to preach that 'We have a beer pocketbook but champagne tastes.' And my stepfather used to admonish, 'If you want to make it in this world, you have to come early and stay late.'"

quinta-feira, maio 05, 2005

O Estado tem mãe?

Deve ter, ou então não precisaria de tanta receita.... (veja a notícia em: Imposto responde por até 56,99% do preço de presente das mães).
Artigo antigo...mas reeditado

Este artigo eu o escrevi nos intervalos da tese, em 2002. Era a época da UCLA. E foi para os meus amigos federalistas (está na página do IF) e se chama: Federalismo no Brasil - Contribuições à discussão.
Software livre ou safadeza?

Perguntinha do dia: quantos brasileiros você conhece que, além de defenderem verbalmente softwares livres como o firefox (isso até Severino faz...e é capaz de te convencer), gastaram alguma grana comprando artigos da lojinha da Mozilla Foundation para, efetivamente ajudar no desenvolvimento deste software livre?

O espaço nos comentários pode ser usado para uma breve pesquisa. Não vale pirataria de camisas ou outro tipo de procedimento que não se traduza em direta transferência de recursos para a fundação desenvolvedora do Mozilla.

Estou ansioso para ver os resultados desta minha pesquisa sobre a real solidariedade brasileira (e olha que a taxa de câmbio tem ajudado...).

quarta-feira, maio 04, 2005

Guerra não traz crescimento econômico

Todo mundo gosta deste tema. Bem, aí vai um artigo do Robert Higgs sobre o tema.
Acemoglu

Direto do blog da UFPel vem....esta sensacional informação (links originais lá):

Daron Acemoglu ganhou a medalha John Bates Clark. É um prêmio dado para os economistas com menos de 40 anos. É quase um pré-Nobel.

Ele merece! O trabalho "Reversal of Fortune" é uma dos melhores sobre desenvovimento econômico no longuíssimo prazo. Ao menos para mim, virou um clássico instantâneo.
(Tive a sorte de, em 2002, ter um dia de aulas com o sujeito. Muito legal.)


Sem comentários. Quem estuda o tema sabe. É, mesmo, merecida a medalha.
Extra-blog

Tenho de me desculpar com o Olavo de Carvalho pelo menos em um ponto: deixei-me levar pelos meus amigos que diziam que suas análises, quaisquer que fossem, não valiam nada porque ele era....astrólogo.

Pois é.

Astrólogo ou não, eu não acredito em astrologia. Mas ele falava de uma praga que infestou a sociedade norte-americana e que, paradoxalmente, os anti-imperialistas nacionais viviam insistindo em importar dos EUA (mais uma vez, em suas explicações, isto era até mais claro do que diziam meus amigos, independente da astrologia). E olha que ele se preocupava com isto há, pelo menos, uns 6 anos...

Vejam só o episódio da semana. Após uma reforma universitária tida como autoritária (não sou eu quem digo, basta ler as opiniões de autoridades bem distintas sobre o tema) e um "Conselho Federal de Jornalismo" (precisa criticar?), para não falar de outras coisinhas, eis que agora me vêem com esta de "politicamente incorreto". E, pior ainda, cheio de tendenciosidade.

Se João Ubaldo é reacionário, se Reinaldo Azevedo é reacionário, então eu sou astrólogo. Embora haja um texto do João Ubaldo sobre isto em algum jornal, veja este do Reinaldo.

Trechos:

Reparem o que diz a polícia de pensamento petista, por exemplo, sobre o termo “comunista”: “COMUNISTA: contra eles foram inventadas calúnias e insultos, para justificar campanhas de perseguição que resultaram em assassinatos em massa, de caráter genocida, como durante o regime nazista na Alemanha”. Ainda que fosse verdade, isso faria dos “comunistas” vítimas, certo? E, por vítimas que fossem, deveríamos banir a palavra, alcançando, assim, aquele que seria o intento de seus perseguidores? E a redação, hein? Aquele “eles” do texto remete a qual substantivo? Vamos aos conceitos. Como é? “As calúnias contra os comunistas (...) resultaram em assassinatos (...) de caráter genocida”? Comunismo agora é um “geno”, no sentido que a palavra tem no dicionário? Tornou-se etnia, raça ou religião? A redação é atribuída a um certo Antonio Carlos Queiroz, professor da Universidade de Brasília. Ele dá aula, é?

Mas isso ainda não basta. Os comunistas é que cometeram assassinatos em massa! Em número de mortos, a canalha nazista perde feio! E isso não é calúnia. Se o Queiroz quiser, eu lhe forneço bibliografia incontroversa. Considerando-se apenas China, União Soviética e Camboja, “comunismo” pode ser sinônimo de assassinato pelo menos 90 milhões de vezes: 60 milhões de mortos por Mao e amigos, 27 milhões por Stálin e corriola e 3 milhões por Pol Pot e facinorosos aliados. A conta chega facilmente a 120 milhões se incluirmos na lista os países satélites da extinta URSS na Europa, os massacres na África e as maluquices na América Latina. Nenhuma outra ideologia ou ditadura matou tanto, ó Queiroz! Onde foi que seus livros passaram os últimos 50 anos, rapaz? Bem, bem, eu também acho ofensivo chamar alguém de “comunista”, mas os comunistas têm orgulho de sua própria obra. Por que haveríamos de protegê-los de si mesmos? Pena eu tenho é de suas vítimas.

A listinha mostra especial predileção — alô, Freud! – por expressões que remetem a questões sexuais: propõe alternativas para “baitola”, “gilete”, “veado”, “sapatão” e “mulher de vida fácil”. Não diz nada sobre “burro”, “mula”, “besta”, “anta”, “asno”, “orelhudo”, “zebra”, “quadrúpede” ou “vira-lata” para designar os estúpidos. É o que dá fazer uma cartilha para a Secretaria dos Direitos Humanos sem consultar a Sociedade Protetora dos Animais. Nada ofende mais Pipoca Maria Corintiana da Silva, a minha cadela da boa raça que se mistura nas ruas e nos becos, do que ser comparada a certo tipo de gente. Ela só rosna quando invadem o seu pequeno reino, não mais do que os 80 centímetros quadrados de um estofadinho em que dorme, mas onde é soberana. Até um cachorro tem direito de que o deixem em paz.


Para sua saúde mental, realmente faz bem ler todo o texto do Reinaldo (e ele não pode, definitivamente, ser chamado de liberal, reacionário, ou qualquer outro adjetivo que, provavelmente, não consta da tal cartilha).

Mediocridade 3 x 0 Bom senso (e estamos na prorrogação).

Desculpe-me o desabafo, leitor, mas é que dá náuseas ver como as pessoas se divertem com notícias sérias ao mesmo tempo que reclamam de que nada muda. Pior, pensam que delegar poderes a alguém para fazer algo por elas (através do voto) é sinônimo de delegar a indignação. Não é. Mas talvez "um outro mundo seja possível" mesmo. Para os autores da cartilha, pelo visto, ele não prescinde de recomendações estranhas...

terça-feira, maio 03, 2005

Recordando

Alunos podem ser pessoas interessantes principalmente quando um incentivo lhes permite desenvolver seu potencial intelectual. Foi o que fiz em 2004, no 1o período, com dois trabalhos que se encontram em minha página, no canto inferior, à direita.

O objetivo era lhes mostrar o outro lado da moeda, normalmente ignorado em sua formação até a faculdade (André Villela, numa conversa informal, disse-me que os alunos tinham de reaprender história econômica ao chegarem na faculdade...).

Nem sempre eles concordam com os argumentos que proponho no debate, mas minha alegria é que comprovo, sempre, que, bem ou mal, eles se comportam igualzinho ao que sempre ensinamos: r.a.c.i.o.n.a.l.m.e.n.t.e..... :-)

segunda-feira, maio 02, 2005

Quanto mais caro o terror aqui, mais barato ali

E faz sentido. Confira em: CornerSolution: Terrorism and Relative Prices II.
Cristianismo e economia

Todo cristão deve acreditar em Bento XVI ou na Teologia da Libertação? No Brasil, o debate é inexistente. A grande massa de leitores e da mídia acredita, quase piamente, na segunda vertente. Desconhece-se, ignora-se, não se lê nada que, teoricamente, fale da relação entre fé cristã e mercados.

Eu, ainda que bem pouco frequentador de igrejas (acho que o nome é "agnóstico"), gosto desta discussão. Um bom artigo, em inglês, sobre o tema, é este.
Porque o sistema de ensino moderno é ruim?

Taí, este paper deve ser interessante. O link está no blog que acabo de citar e, pelo visto, políticos não gostariam dele. Mas, na ciência, não existe esta de "não gostei porque estou de mau humor".

Olha o trecho aí.

Decision Science News: "Armstrong argues the problem is not just based upon perception. Research has documented the failure of formal education to enable students to become more effective on the job or in other areas of their life. According to Armstrong, we have designed a system that convinces the majority of students that they are not responsible for their own learning. Possible causes of this misplaced responsibility are suggested. Armstrong concludes by proposing actions schools and universities can take."
Outro blog bom

Decision Science News